Zezinho era um serrano de 12 anos, acordou mais cedo , abriu a porta dos fundos e encontrou a gata ceguinha deitada com dois sebitos mortos à tiracolo, ambos amarelos com pintas pretas, eram dois buguelos de um pássaro chamado Caga-Sebo.
A Ceguinha era uma velha gata que Dona Totonha criava, uma gata cinza, que quando nova, só faltava voar , às vezes voava, pois pular três a quatro metros de uma árvore para um telhado, não deixava de ser uma planação, o animal ficou cego depois de um acidente com um defensivo espinho de mandacaru.
A Ceguinha não gostava de ratos, o seu esporte era erradicá-los , porém não tinha estômago para os mesmos, depois do sacrifício os abandonava, parece que as ratazanas orientavam as suas proles, onde a ceguinha miava os ratos não apareciam.
Caga-sebo é um pequeno pássaro de papo amarelo e dorso com pintas pretas, voa baixo, voa pouco e de galho em galho, provavelmente depois de depenado não chegue a cinco gramas, é só cabeça, penas e dois finos gravetos que servem de pernas, o seu ninho é construído nas pontas das galhas pendentes, são geralmente compridos tipo bucha vegetal de lavar pratos com um buraco no meio, é uma obra de arte , uma obra da natureza, uma obra da engenharia animal. Para pegá-los, provavelmente a gata voou ou os buguelos no primeiro treino fora de casa cansaram e caíram nas garras da guerreira felina.
Era simples, cega, pequena, nordestina, xôxa, acanhada, miado baixo, mas era uma felina, tinha lá o seu respeito, era temida por muitos, era uma fera. O detalhe é que havia parido a mais de dois anos, foi a sua última cria e jamais aceitou que o seu rebento bigodudo virasse adulto, o seu filho , um gato de mais de dois quilogramas que se chamava Mimoso, o moderno e antenado filhote ficava sempre à espera, a regra era a mesma, trazer todos os dias uma prenda para o preguiçoso grandalhão.
O Mimoso era gordo, delicado, pelo fino, preguiçoso, amofinado, miado macio, gostava de uma cadeira fofa, apreciava leite, carne mole, cortada, banho de sabonete Gessy , quando caia o sol e chegava a noite recolhia-se a uma cadeira debaixo da mesa e só abria os olhos ao amanhecer, o mimoso era um príncipe, era um dependente, um fruto do ócio, talvez perdido pelo exagerado zelo e cuidado da gata Ceguinha, mimoso era um desocupado, um oportunista , era um bonitão, um filho da mamãe, mimoso no frigir dos ovos era um desplanaviado.
Zezinho abriu a porta, a gata miou duas a três vezes, o mimoso levantou a cabeça, pulou sorrateiramente da cadeira, esticou os membros se espreguiçando, num sinal de superioridade elevou a coluna vertebral como um dromedário, e na sorrelfa, vagarosamente foi ao encontro da mãe, lambeu os moribundos sebitos, triturou-os nos afiados dentes laterais com movimentos repetidos da cabeça, depois lambeu a boca, as patas, a mãe e ficou sentado à espera do seu bocado de leite sempre servido após as sete horas na cozinha da dona Totonha.
Zezinho abriu as portas e as janelas da casa, a brisa serrana milagrosamente descontaminou o velho casarão, entrou mansamente em todos os aposentos trocando e renovando o ar da noite dormida pelos pecadores humanos, o sol com os seus raios esterilizou o ambiente interno homogeneizando com o externo e o chilrear da passarada orquestralmente despertou mais uma manhã com a mais pura e limpa melodia .
Nascia mais um dia de saúde nos confins abandonados do sofrido sertão nordestino, só Zezinho e Deus presenciaram aquela materna cena sertaneja, isto faz parte da vida e a vida continua, são muitos os Mimosos por este mundo afora, são muitos.
Iderval Reginaldo Tenório
A idade dos gatos nunca deve ser comparada com a dos cães. Os gatos amadurecem bem mais cedo: uma gata já tem cio aos 6 meses. Com um ano de vida, o crescimento ósseo do gato se encerra. É quando o gato já se tornou um adulto maduro.
O processo de envelhecimento dos gatos é bem mais sutil que nos cães. Os gatos vivem em média mais que os cães e a expectativa de vida média dos felinos aumentou nos últimos anos devido aos maiores cuidados com a saúde e nutrição por parte de seus donos.
A cambacica (Coereba
flaveola, Linnaeus, 1758)[1] é
um pássaro da
família dos Coerebidae, sendo a única espécie do
gênero Coereba. Tem larga distribuição nas Américas e também
é conhecida popularmente no Brasil pelos nomes de sebinho, sebito,
caga-sebo e mariquita.[2] [3] Em
inglês é mais conhecida como bananaquit e em espanhol entre seus vários nomes
estão reinita, mielera, pinchaflor, santa marta, cazadorcita e picaflor.[4] [5] Desde
1970 é a ave oficial dasIlhas
Virgens Americanas e está presente em seu brasão.[6]
A Associação Americana de Veterinários Especialistas em Felinos - AAFP (American Association of Feline Practiotioners) realizou um levantamento que propõe a seguinte classificação etária durante a vida dos gatos quando comparada com a vida dos humanos:
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