sábado, 29 de novembro de 2014

UM DOS MAIORES NOMES DO CEARÁ, EM




 
UM DOS MAIORES NOMES DO CEARÁ, EM
FASE DE BEATIFICAÇÃO. GRANDE ADVOGADO QUE DEIXA TUDO PARA SEGUIR OS ENSINAMENTODE DEUS.

Antônio Maria Ibiapina (Sobral, 5 de agosto de 1806Solânea, 19 de fevereiro de 1883) foi um padre católico brasileiro. [1]

Homem culto, filho de Francisco Miguel Pereira e Teresa Maria, formou-se em Direito, tendo ocupado cargos na magistratura e na Câmara dos Deputados. Decepcionado, abandonou a vida civil para seguir o catolicismo. Aos 47 anos, iniciou uma obra missionária, percorrendo a região Nordeste em missões evangelizadoras, erguendo inúmeras casas de caridade, igrejas, capelas, cemitérios, cacimbas d'água, açudes. Ensinou técnicas agrícolas aos sertanejos, atuação que inspirou no Nordeste o Padre Cícero e Antônio Conselheiro, e defendeu os direitos dos trabalhadores rurais.

O zelo apostólico do Padre José Antônio Pereira Ibiapina, no percurso do século XIX, no interior do Nordeste brasileiro, deixou marcas significativas, não apenas na organização posterior da Igreja, mas, sobretudo, na vida das pequenas comunidades desta região. [1]

Nertan Macedo, jornalista-pesquisador sério da história sertaneja cearense, afirma que Conselheiro, possivelmente teve oportunidade de participar das pregações do Padre ibiapina na região de Ipu, Ceará, quando ali morou e que certamente teve forte influência deste deste missionário. Para reforçar sua tese afirma que o tratamento de "meu Pai" e a saudação "Louvado seja N. S. Jesus Cristo" adotada por Conselheiro e seus seguidores, foram copiadas da prática ibiapiniana.

Parece não haver dúvidas de que já naqueles tempos idos, Ibiapina adotava práticas precursoras da opção pelos pobres feita pela pela Igreja Católica a partir do Concílio Vaticano II, que posteriormente, viriamm a dar origem à contemporânea Teologia da Libertação. Essa idéia é defendida por Pinto Júnior SJ, em brilhante artigo publicado no periódico Perspectiva Teológica ano XXXIV, nº 93.

Ainda nesse artigo, o autor defende a tese de que o Conselheiro e Padre Cícero foram influenciados pelo estilo de vida de Ibiapina e que de alguma forma adotaram seu modo de pregar e agir e que, também como Ibiapina, sofreram pressões da Igreja Católica por seus modos, até certo ponto independentes, de pregarem e vivenciarem a religiosidade cristã.

 

 

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