domingo, 30 de novembro de 2014

TRATAMENTO PARA MÉDICOS DEPENDENTES QUÍMICOS- JORNAL DO CREMESP- O MEDICO TAMBÉM ADOECE

O MÉDICO TAMBÉM ADOECE
JORNAL DO CREMESP
Rede de apoio já atendeu 160 médicos dependentes químicos
Em novembro de 2004, a Rede Estadual de Apoio a Médicos Dependentes Químicos irá completar 30 meses de funcionamento. Criada em maio de 2002 pelo Cremesp,  em parceria com a Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), já atendeu 160 médicos usuários de álcool, drogas ou com problemas psiquiátricos.

Desses, 80% usam drogas ou álcool e os demais têm transtornos psíquicos, problemas psicológicos e disfunções relacionadas ao exercício da profissão. A substância mais usada é o álcool, por 90 pacientes médicos. Em seguida, vêm os tranqüilizantes e as substâncias à base de ópio, como a morfina. Foram identificados 15 casos de depressão e dois de transtorno bipolar. Os médicos atendidos pela rede têm  respondido bem aos tratamentos, com 70% a 80% de sucesso, índice  três vezes maior que a média da população.

De acordo com Hammer Alves, psiquiatra da Uniad/Unifesp e um dos coordenadores da Rede, o estresse da profissão, devido à carga horária elevada e múltiplos empregos, é um dos motivos mais citados pelos médicos como gerador da dependência química.
Como funciona a RedeO contato inicial deve ser feito  com a Central de Apoio por telefone (11) 5575-1708 e 5576- 4341, celular (11) 9616-8926 ou e-mail  apoiomedico@psiquiatria.epm.br  Após este procedimento, o médico passa por avaliação, sendo encaminhado para o tratamento, que pode ser realizado por um dos colegas médicos que compõem a rede, formada por vários psiquiatras que atuam no Estado de São Paulo, que passam a ser os responsáveis pelo caso, pelo encaminhamento à psicoterapia, manejo psicofarmacológico, orientação aos familiares e outras providências necessárias.
Rede nacional terá início em 2005
Em fevereiro de 2005, a experiência do Cremesp/Uniad será estendida a
outros Estados. O Conselho Federal de Medicina (CFM) vai implantar, em diversas capitais, o Programa de Atenção à Saúde e Qualidade de Vida do Médico.

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