O Brasil, a sua bancada e o seu
destino
O País está pegando fogo e entrando
em recessão político financeira.
Depois de 12 anos no poder, dos quais
os 04 primeiros foram produtivos, importantes e
necessários para toda a nação, o governo atual entrou numa zona nebulosa e de instabilidade
, provavelmente se encontra perdido.
Com o intuito de trazer para a vida
cidadã e retirar do fosso a população da base da pirâmide social, muitos foram
os programas adotados, alguns já existiam de governos anteriores e outros foram
criados, estes programas inicialmente tinham uma finalidade que era a
distribuição da renda nacional com a população mais necessitada, fazer o
capital girar alimentando a economia como um todo, uma medida lógica e
primordial para o bem do país.
Para justificar e obter a chancela da
classe que alimenta o país nos diversos
setores, muitas contrapartidas
prometidas e traçadas deveriam ser atreladas aos vários programas, a alfabetização em massa, o enriquecimento e a melhora
no ensino fundamental universal, a profissionalização e a capacitação dos
beneficiados, a obrigatoriedade escolar para os filhos , o não incentivo à
gravidez dos que já possuem filhos, a inibição do auxilio enxoval e outras
medidas que ajudassem a retirar do limbo social os beneficiados provisórios , dando
condições de ganharem a vida com o suor do próprio rosto.
O tiro saiu pela culatra, o governo
se emaranhou, por vontade própria ou pela
obrigatoriedade política de sustentação manteve os programas mesmo sem
freios, sem caixa e sem lastro financeiro. Nos últimos 08 anos o país vem
consumindo o seu corpo, vem comendo a sua própria carne, vem queimando as suas
riquezas e detonando as suas commodities , uma vez que só se distribui
numerários quem produz, quem possui
renda, quem possui superávit e quem tem
sobras , não é a situação atual do Brasil que
nos últimos anos vê o seu PIB
cair vertiginosamente.
O governo brasileiro nesta década
sofreu imposição do G8 e do BRICS, esqueceu ou foi obrigado abandonar o setor
que produz riquezas, o setor industrial. Com a morte da indústria nacional o
país deixou de produzir bens com agregação de valores, deixou de exportar,
deixou de gerar e possuir rendas. A
indústria brasileira que em 2003 participava com 26% do PIB, hoje participa com
o pífio 11%, o mesmo mapa de 1954 quando era um país puramente rural, este
desenho mostra a desativação clara de sua indústria que realmente gera emprego
com sustentabilidade, pois, os empregos no comercio e nos serviços são
voláteis, precarizados e transitórios.
O Governo para manter os programas tem
nas commodities, na classe média liberal, nos comerciantes e nas pequenas
indústrias os seus mantenedores, acontece que estes segmentos estão saturados e
novas sangrias os levarão à bancarrota , não suportam mais ser sugados pelas
ventosas oficiais, o governo está perdido, sabe que as suas fontes de
sustentação estão exaustas, tem convicção que deve enxugar em mais de 50% todos
os programas sociais, por outro lado não
sabe ou não tem coragem para agir, uma vez que esta medida significaria para a
situação um suicídio político, o país está morrendo e para sobreviver terá que
tomar medidas drásticas e enérgicas.
A cúpula da economia aponta para as
seguintes decisões, elevação dos preços dos produtos controlados e indexados (água,
luz, telefone, combustíveis, aluguéis, escolas), terá que mexer nos tributos e ou criar novos impostos, por obrigatoriedade
deverá taxar alguns isentos, taxar produtos importados, dificultar a saída de
divisas devido o turismo suicida do brasileiro no exterior, freará o salário desemprego e
a licença maternidade, diminuirá a indústria política dos concurseiros, mexerá nas promessas
utópicas e em muitas outras.
O governo deverá incentivar a pequena
e média indústria em todo o território
nacional, é mandatório azeitar a pequena agricultura e os pequenos pecuaristas que se encontram
mortos, o país pouco produz, basta lembrar , que no nordeste brasileiro com os programas em
massa, até ovos , galinhas e legumes os
camponeses compram nas cidades , produtos este provenientes de outras regiões, é
a desertificação do nordeste, grande parte sobrevive do crédito de carbono e não pode cultivar a sua terra constituída de carrascos e de capoeiras, outro dia um me disse que não precisava plantar, a sua renda provinha da venda do vento .
O panorama para os próximos 04
anos será de arrocho, muito arrocho para
todos, caso contrário o país fechará as suas portas. As torneiras das despesas
deverão ser controladas, os brasileiros de todos os níveis da pirâmide social terão que conhecer e praticar a famosa
responsabilidade econômico-financeira, com a elevação da taxa Selic para 12%, com o índice de crescimento do PIB zero ou negativo e inflação projetada para 6,5% o paternalismo sem regra deverá desaparecer,
uma vez que os gestores não sabem e não tem de onde tirar, os seus mantenedores
hoje são arquejantes, isto é, os pilares
de sustentação estão em dificuldades, os liberais, os comerciantes , os
industriais e as commodities.
Governo brasileiro diga ao povo que o
país não vai bem, parte da população está anestesiada, obnubilada e o Brasil
precisará de todos, todos de mãos dadas têm que lutar para recuperar este gigante,
todos têm que lutar por sua recuperação, é o que pensa um simples brasileiros
que cotidianamente luta e trabalha pelo Brasil e para adquirir o pão de cada dia.
Iderval Reginaldo Tenório
Nenhum comentário:
Postar um comentário