RaYmundo Sodré e os
Girassóis de Van Gogh
Ao abrir a minha página eletrônica deparei com um belo
convite: SHOW DE RAYMUNDO SODRÉ, local Livraria Cultural Pérola Negra, horário 19h00min , assinam Geruza Guedes e Raimundo
Sodré.
Não pensei duas vezes , sedimentei no cérebro e no momento certo tomei
o rumo do evento, rua coalhada de
veículos, público plural na idade, seleto, curioso, comprometido com boas
idéias , no centro um dos monstros da cultura musical mundial deste país, o grande
e inimitável Raimundo Sodré, poliglota, diretor, compositor, cantor, musicista,
arranjador, coreógrafo e dançarino, o Sodré é um dos mais completos artistas
do Brasil, quiçá deste planeta, no palco com a sua viola e possante voz é um show.
Com o seu afinado violão, com a
sua encorpada e inconfundível voz, com a
majestosa presença de palco abriu as portas para uma grande viagem.
Levantando as bandeiras do Brasil
e da Bahia, homenageou a Mama África, mergulhou no universo do Van Gogh e os
seus girassóis, desbravou os cata-ventos
da Holanda, relembrou o movimento Revolucionário Francês do século XVIII
com o laico (Liberté, Egalité, Fraternité) dos campos, das vilas e das metrópoles francesas
, Raimundo foi longe, fez uma viagem
pelo mundo e pelo respeito ao ser humano .
De braços dados com o imortal
Jorge Portugal, uma das relíquias ecléticas da Bahia e do Roberto Mendes outra grande expressão cultural desta nação, mostrou
que o maior patrimônio da humanidade é a liberdade ao cantar Dói Dói , dividindo com o publico a sua
revoada pelo velho mundo por mais de uma década, e a Guerreira Rainha da soberania, do Roberto e do Jorge:
”Esse mundo é meu,
esse mundo é meu , esse mundo é de quem chegar.
Esse mundo é de quem
lutar, nesse mundo de Deus”,
Roberto Mendes e
Jorge Portugal
De posse da mala , da viola e do
imaginário foi até a beira do Rio Paraguaçu no município de Antonio Cardoso ,
interior da Bahia , lá abraçado ao grande Bule-Bule, um dos mais valiosos patrimônios cultural brasileiro e uma das mais brilhosas pérolas da Bahia da atualidade emplacou o verdadeiro amor numa bela e empolgante Chula .
O Antonio Ribeiro da Conceição , o Bule Bule, o violeiro , o repentista , o filho da lavadeira, da catadeira de camarão, da passadeira de roupas engrandece a cultura em todos os seus vieses, o menino canta, toca, dança, fala, escreve, atua e humildemente capina para milhares de jovens que tem sede de perpetuação da cultura popular dos nossos povos. Com o Bule entoou a Chula Não Brinque Comigo.
O Antonio Ribeiro da Conceição , o Bule Bule, o violeiro , o repentista , o filho da lavadeira, da catadeira de camarão, da passadeira de roupas engrandece a cultura em todos os seus vieses, o menino canta, toca, dança, fala, escreve, atua e humildemente capina para milhares de jovens que tem sede de perpetuação da cultura popular dos nossos povos. Com o Bule entoou a Chula Não Brinque Comigo.
“Eu não quero mais,
eu não quero mais, eu não quero mais arengar com você , eu não quero mais”
Bule Bule
Sem descanso toma o rumo de
Juazeiro da Bahia , para as ricas águas do Rio São Francisco e lá no mesmo
cenário bucólico ribeirinho, no mesmo palco campestre junto ao inimitável e
importante João Sereno e Kaká Bahia
acordou e debulhou o amor com BRINCAR DE
QUERER
“Venha brincar de
querer meu amor, venha brincar de querer meu querer, o amor me pegou de açoite
aqui no meio da noite, minha estrela é você”
João Sereno e kaká
Bahia
O Raimundo foi sublime e saudoso
ao soltar a garganta e cantar , O FERRO
DE PASSAR ROUPA, uma obra prima dos amigos Gilton e do Vilela.
Encantou a platéia quando em parceria com o Carlos Vilela e com o maior arrebatador de prêmios da Radio Educadora da Bahia, o Gilton de La Cella , o Raimundo fez o publico chorar de alegria com o velho ferro de passar roupa que minha mamãe usava, fez uma regressão no tempo e toda a platéia se sentiu na sala de passar roupa da sua matriarca, os presentes num passe de mágica caíram na saudosa infância e os olhos marejaram, os olhos marejaram, alguns copiosamente.
Encantou a platéia quando em parceria com o Carlos Vilela e com o maior arrebatador de prêmios da Radio Educadora da Bahia, o Gilton de La Cella , o Raimundo fez o publico chorar de alegria com o velho ferro de passar roupa que minha mamãe usava, fez uma regressão no tempo e toda a platéia se sentiu na sala de passar roupa da sua matriarca, os presentes num passe de mágica caíram na saudosa infância e os olhos marejaram, os olhos marejaram, alguns copiosamente.
Sem esquecer a sua bela Ipirá, na
beira do Rio Peixe, fruto das lutas dos índios regionais pelas terra do Homem
do Camisão e do seu Santo Amaro da Purificação, cortado por um dos maiores transportadores de
riquezas brasileiras dos velhos tempos , o Rio Subaé o mestre foi longe, foi magistral e neste momento ressuscitou
EDITH DO PRATO com o grande Jorge Pereira
“Se eu pudesse nesse mundo, eu iria procurar , fazer
um trato com a morte pra Edith não levar. O prato está vazio , sem maniçoba e
sem som, mas cheio de saudade da faca
que dava o tom, cantando o recôncavo, Vovó.” Raimundo e Jorge Pereira
Encenou a pergunta POR QUÊ , com Puluca Pires , na busca da resposta que jamais encontrará, por quê não valorizou o meio e o meio ambiente, de quem é a culpa por estas atrocidades para com a terra, com as águas e com a vida, de quem? Raymundo e Puluca , de quem é a culpa.
“Na bica de Caboronga, fio d’água
a escorrer. Ao longo do rio Peixe água suja de se ver, Tanque Velho, Tanque
Novo , de Santana e de beber, de tanta água secar já secou meu coração. Chora chora Ipirá, lamenta meu Camisão”.
Raimundo e Puluca Pires
Com esta grande e inesquecível
obra , GIRASSÓIS DE VAN GOGH , o Sodré mostrou que sabe balançar a mente e o corpo
dos povos, dos intelectuais às grandes massas, não só com A MASSA, a massa da
mandioca mãe e sim com um rosário de canções, letras , sentimentos, cidadania e melodias que jamais cairão no esquecimento ,
tal qual A MASSA alforriada no país do Maracanãzinho em 1980 , que viajou pelo mundo e hoje se encontra gravada perpetuamente no inconsciente
coletivo da nação.
O Raimundo (Pereira) Sodré, o filho
do mestre Anacleto Pereira Sodré , maquinista da leste e da artesã de bilro e crochê Laura Rosa Brandão, é um dos maiores imortais dos imortais do cancioneiro
do Brasil.
Mestre Sodré, aquele abraço e
música pra frente, a Bahia , o povo e o Brasil precisa de sua privilegiada mente.
Iderval ReginaldoTenório
SABOREIEM ESTA PÉROLA-
COM OS MEUS AMIGOS
BULE BULE E O RAIMUNDO SODRÉ.
Dvd Bule Bule e Raimundo Sodré - Não Brinque Comigo
https://www.youtube.com/watch?v=f8-_MR8_HG4
12 de fev de 2012 - Vídeo enviado por Bule Bule
Bule Bule e Raimundo Sodré - Não Brinque Comigo.
A MASSA RAIMUNDO SODRÉ - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=jLJxpegJTQo
21 de mar de 2010 - Vídeo enviado por vangodias
É uma canção para a massa refletir, não só no passado, .... a massa cada vez mais alienada e manipulada ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário