27 cubanos abandonaram o Mais Médicos, 89 estão desaparecidos do trabalho
Campanhas de Dilma Rousseff e de Alexandre Padilha estão ameaçadas com problemas do Mais Médicos.
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Essa história de escravidão em pleno
século XXI não está agradando em nada os médicos cubanos que chegaram
recentemente ao Brasil. O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira
que 27 médicos cubanos abandonaram o Mais Médicos, programa federal que será bandeira de campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Desse total, o governo afirmou ter
sido notificado nesta semana de três novas ausências – na semana
passada, eram 22 desistências –, além dos já conhecidos casos de Ramona
Rodriguez e Ortelio Jaime Guerra. Esses cinco casos são diferentes dos
22 contabilizados até então, porque eles não retornaram para Cuba.
Atualmente, o Ministério da Saúde
não tem um protocolo para definir prazos nem regras sobre o afastamento
dos participantes do programa Mais Médicos. Diante da debandada, o ministro Arthur Chioro disse que nesta quinta-feira serão publicadas no Diário Oficial da União as
normas para definir o processo de desligamento. O governo
pretende fixar um limite de dez a quinze dias para o município onde os
médicos atuam informar a saída dos profissionais. Também nesta quinta
será divulgada a lista de 89 profissionais considerados faltosos. Caso
eles não retornem aos postos, a pasta iniciará o processo de
desligamento com a convocação de substitutos.
O ministro da Saúde afirmou ainda
que o governo endurecerá as punições para os municípios que descumprirem
as obrigações com o programa, como o repasse de verbas. Será
estabelecido um prazo de cinco dias para que as cidades apresentem
justificativas para os problemas, além de um limite de quinze dias para a
correção. Caso as irregularidades não sejam solucionadas, os municípios
podem ser descadastrados do Mais Médicos. “Não podemos
imaginar que um programa com esse sucesso possa ter problemas porque um
município não consegue cumprir as suas responsabilidades”, disse
Chioro.
Chioro negou que a saída de médicos preocupe o governo. “Para nós, o que preocupa é recompor o programa Mais Médicos
e garantir a cada brasileiro o direito a ter uma equipe completa.
Comparando-se a experiências internacionais, esse número ainda é
insignificante”, disse Chioro. (Com informações da Veja)
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