FELIZ DIA DAS MÃES PARA TODAS AS MÃES DO MUNDO, FELIZ DIA DAS MÃES PARA A MINHA MÃE.
MAIS UM CONTO DO CONTO DA VIDA
MAIS UM CONTO DO CONTO DA VIDA
Zezinho beirava os 10 anos de idade, dormia com mais 05 irmãos e 03 primos num quarto nos fundos de um casarão no interior do Nordeste, aboletados como sardinha na lata, os meninos se sentiam seguros, cada um na sua rede, umas armadas retilineamente de um armador para armador, CHUMBADOS FRENTE A FRENTE, outras enviesadas como pernas de henes e hemes, cada armador servia de apoio para os punhos de duas redes.
Nesta cidade as casas tradicionais são compridas e estreitas, geralmente 05 metros de frente e 30 a 40 metros de fundo, a parede de uma serve como parede para a outra, são literalmente coladas, a frente é constituída de uma porta e duas janelas, todas de madeira, o telhado fica muito alto e não possui forros, um tronco de madeira geralmente retirado de um coqueiro , atravessado de fora a fora , encravado no cume das gigantescas paredes laterais das duas casas vizinhas, atua como cumeeira proporcionando o caimento das águas e a climatização do espaço , os caibros de madeira a deslizarem do meio para trás e do meio para frente, em paralelos de 15 cm num caimento de 35 graus, as telhas de barro vermelho a ocuparem estes espaços carreiam as chuvas para dois parapeitos, um na frente e outro nos fundos da esguia casa, por onde descem por dois tubos feitos de barro cozido , as biqueiras eram frequentes .
Uma sala na frente, um longo corredor do lado, 02 a 03 quartos geminados, comunicados entre si por estreitas portas, mobiliados com camas patentes e gordos guarda roupas de madeira, todos com uma porta para o corredor, o primeiro é o do casal e a cama é de casal, não é uma cama patente, de diferente possui um grande cofre de aço e de cimento, muito pesado, onde se colocam documentos e dinheiro, só o pai sabe o seu segredo, na casa do Zezinho a mãe também sabia, possui na frente um registro que, para abrir roda-se de um lado para o outro, a sua porta é grossa e pesada. Depois dos quartos vem mais uma sala onde se encontra o rádio, as cadeiras de balanços , a mesa social com 04 cadeiras forradas, a cômoda onde se guarda as roupas , os livros das crianças e dos adolescentes, cada um com a sua imensa gaveta, ali se armazena a farda da escola, duas calças curtas, duas camisas , dois shorts e um par de meias , é tudo que cada um possui , ligado a esta sala, vem a de jantar, bem maior, mobiliada com uma mesa longilínea e rústica, 04 a 06 cadeiras , a quartinha, os copos de alumínios , um para cada componente e o velho filtro de barro, que dia e noite não deixa de pingar água do compartimento superior para o inferior, num eterno processo de filtração, coligado vem a cozinha , uma sala menor, uma mesa quadrada, apenas duas cadeiras, um fogão a lenha, dois grandes potes, uma cristaleira onde se guardas os pratos, os copos de visita, geralmente de vidro, as xícaras chiques com os desenhados pires e os talheres, mais colheres do que garfos, do lado do fogão um porta panelas, este parecido com uma grande torre de televisão, ferro pintado , cor de alumínio, base larga que vai se afunilando à medida que sobe, vários grampos onde os utensílios são pendurados, só os bem de vida possuíam esta mobília, os demais colocavam os seus trens no chão ou em pregos batidos nas paredes, depois vem a dispensa, onde se guardam os mantimentos , geralmente em sacos de 60 quilogramas, são alimentos simples, o feijão, o arroz, a farinha e o açúcar; o café, o sal, o óleo e os temperos secos em latas de alumínios, chamados de: conjunto de mantimentos, a última moda, uma lata grande em baixo e à proporção que vai subindo outras menores vão sendo colocadas, a menor fica no topo, geralmente é a lata do café, o produto mais nobre e o mais caro, o Zezinho sempre foi fã desta lata, o Zezinho sempre foi vidrado num café, é o melhor remédio para a famosa dor de cabeça, a mãe do Zezinho foi a maior tomadeira de café que viveu na terra, era uma cafélotra, colocava até uma colher de manteiga na sua xícara, tinha o raciocínio rápido , uma memória precisa e universal, a mãe do Zezinho era uma heroína, foi e continua sendo, ela nunca morrerá.
O casarão termina com um grande quintal, composto de uma ala aberta onde se encontra uma cacimba com os seus 40 metros de profundidade , com metro e meio de boca, a água salobra que não serve para beber, atravessado de uma parede a outra uma tora de madeira, uma roldana ou carretel de ferro para puxar suspenso por cordas os baldes com água , depois vem outro quarto sem mobília, nas duas paredes em paralelo 04 armadores de cada lado, as duas mais longas não tinham armadores e sim ganchos para pendurar sacolas, sacos, roupas, bornais,,capangas, bolsas , peneiras, panelas, tranças de alhos e outros utensílios, é o quarto onde as crianças, os adolescentes e as visitas dormem, na frente deste quarto fazendo continuação com a cozinha e a dispensa outro grande corredor e no seu fim dois pequenos cômodos, a primeira chamada de privada onde se encontra o sanitário, sem sanitário e a outra o banheiro, geralmente sem chuveiro , uma lata, uma grande bacia e um caneco, como porta tolhas um grande prego na porta pelo lado de dentro, como fechadura um grande ferrolho de ferro.
Uma sala na frente, um longo corredor do lado, 02 a 03 quartos geminados, comunicados entre si por estreitas portas, mobiliados com camas patentes e gordos guarda roupas de madeira, todos com uma porta para o corredor, o primeiro é o do casal e a cama é de casal, não é uma cama patente, de diferente possui um grande cofre de aço e de cimento, muito pesado, onde se colocam documentos e dinheiro, só o pai sabe o seu segredo, na casa do Zezinho a mãe também sabia, possui na frente um registro que, para abrir roda-se de um lado para o outro, a sua porta é grossa e pesada. Depois dos quartos vem mais uma sala onde se encontra o rádio, as cadeiras de balanços , a mesa social com 04 cadeiras forradas, a cômoda onde se guarda as roupas , os livros das crianças e dos adolescentes, cada um com a sua imensa gaveta, ali se armazena a farda da escola, duas calças curtas, duas camisas , dois shorts e um par de meias , é tudo que cada um possui , ligado a esta sala, vem a de jantar, bem maior, mobiliada com uma mesa longilínea e rústica, 04 a 06 cadeiras , a quartinha, os copos de alumínios , um para cada componente e o velho filtro de barro, que dia e noite não deixa de pingar água do compartimento superior para o inferior, num eterno processo de filtração, coligado vem a cozinha , uma sala menor, uma mesa quadrada, apenas duas cadeiras, um fogão a lenha, dois grandes potes, uma cristaleira onde se guardas os pratos, os copos de visita, geralmente de vidro, as xícaras chiques com os desenhados pires e os talheres, mais colheres do que garfos, do lado do fogão um porta panelas, este parecido com uma grande torre de televisão, ferro pintado , cor de alumínio, base larga que vai se afunilando à medida que sobe, vários grampos onde os utensílios são pendurados, só os bem de vida possuíam esta mobília, os demais colocavam os seus trens no chão ou em pregos batidos nas paredes, depois vem a dispensa, onde se guardam os mantimentos , geralmente em sacos de 60 quilogramas, são alimentos simples, o feijão, o arroz, a farinha e o açúcar; o café, o sal, o óleo e os temperos secos em latas de alumínios, chamados de: conjunto de mantimentos, a última moda, uma lata grande em baixo e à proporção que vai subindo outras menores vão sendo colocadas, a menor fica no topo, geralmente é a lata do café, o produto mais nobre e o mais caro, o Zezinho sempre foi fã desta lata, o Zezinho sempre foi vidrado num café, é o melhor remédio para a famosa dor de cabeça, a mãe do Zezinho foi a maior tomadeira de café que viveu na terra, era uma cafélotra, colocava até uma colher de manteiga na sua xícara, tinha o raciocínio rápido , uma memória precisa e universal, a mãe do Zezinho era uma heroína, foi e continua sendo, ela nunca morrerá.
O casarão termina com um grande quintal, composto de uma ala aberta onde se encontra uma cacimba com os seus 40 metros de profundidade , com metro e meio de boca, a água salobra que não serve para beber, atravessado de uma parede a outra uma tora de madeira, uma roldana ou carretel de ferro para puxar suspenso por cordas os baldes com água , depois vem outro quarto sem mobília, nas duas paredes em paralelo 04 armadores de cada lado, as duas mais longas não tinham armadores e sim ganchos para pendurar sacolas, sacos, roupas, bornais,,capangas, bolsas , peneiras, panelas, tranças de alhos e outros utensílios, é o quarto onde as crianças, os adolescentes e as visitas dormem, na frente deste quarto fazendo continuação com a cozinha e a dispensa outro grande corredor e no seu fim dois pequenos cômodos, a primeira chamada de privada onde se encontra o sanitário, sem sanitário e a outra o banheiro, geralmente sem chuveiro , uma lata, uma grande bacia e um caneco, como porta tolhas um grande prego na porta pelo lado de dentro, como fechadura um grande ferrolho de ferro.
Era madrugada do ano de 1964, Zezinho dormia com a sua fornalha de irmãos e de primos, de repente sentiu um toque na porta do velho quarto, desceu sorrateiramente da sua rede e foi até a porta, alguém mexia com um ferro por fora e tentara abrir o velho ferrolho do cômodo do Zezinho, o ferro vagarosamente saia do buraco da aduela da porta, o Zezinho voltava ao ponto original, os demais irmãos dormiam silenciosamente, o sangue do menino foi esquentando, o coração acelerou e o calculadamente encheu os pulmões e gritou com as suas forças, “mamãe tem um ladrão aqui no nosso quarto” , “seu ladrão não me mate que eu quero ser doutor”, os demais acordaram e começou a gritar, a matriarca como um relâmpago saiu pela porta do quintal , com o seu tauros trinta e dois em punho, atirando para todos os lados, pra cima, pra baixo, pro chão e para o velho muro.
Sanado o susto, acordados os vizinhos, cada criança tomou meio copo d’água com açúcar e foram dormir, no outro dia , logo ao amanhecer , a prova do crime, um pedaço de arame e uma ponta de faca no chão junto à porta do velho quarto, as marcas das alpercatas do gatuno no branco muro , além de dois furos na sua parede, 04 cascas de bala de revolver calibre 32 e muitas gargalhadas, a matriarca foi rápida na defesa das suas crias, foi primordial no gatilho, aprendera a manusear este utensilio logo ao se casar, para se defender das onças que eram frequentes na mata virgem em que foi morar.
Sanado o susto, acordados os vizinhos, cada criança tomou meio copo d’água com açúcar e foram dormir, no outro dia , logo ao amanhecer , a prova do crime, um pedaço de arame e uma ponta de faca no chão junto à porta do velho quarto, as marcas das alpercatas do gatuno no branco muro , além de dois furos na sua parede, 04 cascas de bala de revolver calibre 32 e muitas gargalhadas, a matriarca foi rápida na defesa das suas crias, foi primordial no gatilho, aprendera a manusear este utensilio logo ao se casar, para se defender das onças que eram frequentes na mata virgem em que foi morar.
Zezinho assim se pronuncia:
” Obrigado mamãe, feliz dias das mães, digo sem ter medo de errar, ninguém neste mundo teve a mãe que os seus filhos tiveram, só os seus filhos sabem o valor ético, moral e humano que a senhora teve e tem para eles para o resto de suas vidas”.
Vaticinados pelo casal futurista e de vanguarda , os irmãos, os filhos, os sobrinhos , os afilhados, os netos, os bisnetos e os seus amigos tomaram consciência pelas letras e hoje vivem da lavra dos seus intelectos, a força motora dos seus músculos deixaram de ser as alavancas do ganha pão, dizia o belo casal:
" NO FUTURO VIVERÃO BEM OS QUE DOMINAREM AS LETRAS, A CANETA E O PAPEL , O HOMEM SE RESUME AO CÉREBRO, SÓ A ESCOLA SALVARÁ O POBRE"
Feliz dia das mães.
Iderval Reginaldo Tenório
2015
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MAMÃE ESTOU TÃO FELIZ AGNALDO TIMÓTEO - YouTube
www.youtube.com/watch?v=RO1RMjYJytw
12 de fev de 2010 - Vídeo enviado por vangodias
MAMÃE ESTOU TÃO FELIZ AGNALDO TIMÓTEO. vangodias. Subscribe
2 comentários:
Uma mãe protege seus filhos como uma leoa protege seus filhotes.
Belo conto! Mãe se transforma no que for preciso para proteger sua prole!
Beijo carinhoso!
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