Avaliação positiva do governo Dilma volta a cair após meses de estabilidade
Segundo levantamento realizado pelo Ibope, parcela dos brasileiros que consideram gestão federal boa ou ótima passou de 43% em dezembro para 39% neste mês; quedas mais acentuadas foram verificadas nas regiões Norte e Centro-Oeste do País
21 de fevereiro de 2014 | 17h 43
Daniel Bramatti e José Roberto de Toledo -  Estadão Dados 
São Paulo - (atualizado às 21h45) A taxa de aprovação ao governo  Dilma Rousseff teve neste mês a primeira queda desde as manifestações de junho  do ano passado. Segundo pesquisa Ibope/Estado, a parcela de brasileiros que  considera a administração do País boa ou ótima diminuiu de 43% para 39% entre o  início de dezembro e a metade de fevereiro.
Com esse refluxo, a avaliação positiva do governo voltou aos níveis  observados entre agosto e novembro, quando oscilou entre 37% e 39%. Antes disso,  a taxa havia sofrido um tombo, passando de 55% em pesquisa Ibope do início de  junho para 31% em julho. Entre esses dois levantamentos ocorreu a massificação  dos protestos de rua nas principais cidades do País.
Na época, João Santana, marqueteiro da campanha que elegeu Dilma, previu que  o governo recuperaria sua popularidade em quatro meses. A profecia foi  desmentida por pesquisa feita em outubro, que revelou uma avaliação positiva de  38%, 17 pontos porcentuais abaixo da registrada antes dos protestos.
Além de avaliar o governo como um todo, o Ibope pesquisou também a opinião  dos brasileiros sobre o desempenho pessoal de Dilma na Presidência. Sua conduta  é aprovada por 55% e desaprovada por 41%. Em dezembro, a taxa de aprovação era  de 56% – ou seja, nesse caso, houve apenas uma oscilação negativa, dentro da  margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos porcentuais para mais ou para  menos.
Em termos geográficos, a avaliação positiva do governo apenas oscilou  negativamente, também dentro da margem de erro, nas regiões Nordeste (52% para  51%) e Sul (46% para 44%). A queda mais significativa, de 13 pontos porcentuais,  ocorreu no Norte/Centro Oeste (de 45% para 32%). No Sudeste, a taxa foi de 38%  para 33%.
Na divisão do eleitorado por escolaridade, a queda na aprovação se concentrou  na faixa com curso superior (de 35% para 26%). No outro extremo, entre os que  estudaram até a 4.ª série, a variação foi de 54% para 50%.
Idade. A pesquisa revela ainda que, quanto mais jovens os  eleitores, mais eles são críticos em relação ao governo. Entre aqueles com menos  de 25 anos, a aprovação à gestão da presidente é de apenas 35%. Entre os que têm  55 anos ou mais, a taxa chega a 45%.
O governo é mais bem avaliado nos municípios menores. A aprovação é de 52%  nas cidades de até 20 mil habitantes e de 36% nas que abrigam mais de 100 mil  moradores. Nas capitais, palco principal das manifestações do ano passado,  apenas 35% veem o governo como ótimo ou bom. No interior, a taxa sobe para  42%.
Após os protestos de junho, a recuperação de Dilma foi mais acentuada em  cidades do interior do País. A presidente aumentou o número de viagens e de  entrevistas para rádios com alcance local, como forma de "segurar" esse  eleitorado. Outra iniciativa tomada nesse sentido foi a distribuição de milhares  de máquinas retroescavadeiras e tratores para prefeitos. 
 
 
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