A DIPLOMACIA NOS IRRACIONAIS
Macaco defende a sua prole
Acordei com uma pancada na cabeça, levei a mão ao rosto , um
galo na testa e um fruto verde no chão , olhei para cima , avistei dois Sagüins a me observar, da fronde da grande mangueira carregada de
brotos frutíferos os dois animais
queriam uma resposta , quem sequestrara o seu filhote e qual a explicação de me encontrar deitado na
sombra de um dos seus castelos?
Era cinco horas da tarde, no ocaso, a luz do crepúsculo , era o sol que iniciava o seu mergulho no além mar, algumas crianças
perambulavam na sombra da grande árvore, num
tumultuado burburinho todas opinavam o que fazer com uma pequena e estranha criatura que encontraram , um animal de cabeça
grande, olhos arredondados, pele felpuda , calda longa , garras afiadas e que mostrava sinal de
vida.
Um dos adolescentes, quase adulto, colocou a pequena vida na palma da mão, era
um filhote de Sagüim que caíra no solo devido as estripulias
pertinentes às crianças de todas as
raças de animais.
Inseguro e sob a tutela dos humanos, disparou grunhidos de temor e chiados de medo , pedia socorro, um dos Sagüins que me observava
sumiu mata adentro após receber ordens do mais velho, de repente , em menos de um minuto, um exército surgiu de todos os lados , o Sagüim
Alfa estrategicamente orientava os menores, foram se aproximando em grupo de
quatro nos quatros quadrantes da frondosa e
imperial árvore frutífera, apesar dos seus portes, as suas manobras, as atitudes, os olhares e os gritos
dos guerreiros foram suficientes para mandar a primordial mensagem:
“Estamos aqui , para resgatarmos um membro
importante da família, estamos declarando um pacto de paz ou um grito de
guerra, o grito de vida ou morte, salvo , seja resolvido o impasse, o resgate do seqüestrado
sem o pagamento do valor exigido, não tem dinheiro que pague uma vida, o preço
é vida por vida.”
Esta foi a grande mensagem.
O Sagüim maior num assobio ensurdecedor deu o ultimo sinal
para a sua tropa e o ultimo recado para os
delinqüentes infratores, enviou as suas ordens e se aproximou do burburinho
humano. Fui até as crianças, olhei cara a cara para o Sagüim chefe , mostrei o lenço branco da paz, levantei os braços
num sinal de trégua, abaixei-os compassadamente, estiquei o braço direito para
lhe cumprimentar, apertei a minha mão direita sobre a mão esquerda , comprimindo
uma na outra num sinal de afago , balancei num gesto de paz e de concordância, o
comandante parou, balançou a cabeça, mirou o bando e os outros ficaram a lhe
observar, houve um silencio celestial; neste momento ordenei aveludadamente que
o filhote fosse colocado no tronco da centenária mangueira, nos afastamos por
mais de cinco metros do local .
Num mágico salto, veloz como um relâmpago, o velho Sagüim foi ao solo, colocou o filhote
no pescoço, cheirou, fez um afago, olhou para nós num cumprimento de respeito e agradecimento, soltou
um alto assobio , todo o bando sumiu em disparada aos pulos e aos gritos mata adentro em completa algazarra de
alegria, era o berro da vitória,
numa clara demonstração de diplomacia de causar inveja aos humanos, que cada
dia mostra que a força, a truculência e o massacre tem sido o modus operandi para o resgate da pseudo
cidadania e para o domínio das raças, pregando que, primeiro bate para depois perguntar, este é o termo
principal da cartilha humana.
A força em vez do diálogo, ainda é a maior arma desta
civilização humana na conquista da hegemonia global.
Salvador, 02 de Março de 2015
Iderval Reginaldo Tenório
O
sagui é o macaco de menor porte existente na Natureza; é também denominado mico e integra a família Callitrichidae. O termo em português provém da língua tupi. Ele tem o rabo comprido, sua cabeça é extensa e ampla; as unhas apresentam o formato de garras, embora o polegar tenha uma configuração distinta e não se separe dos demais. Este animal é portador de 32 dentes: oito incisivos, quatro caninos, doze pré-molares e oito molares.
Foto: Miguelrangeljr (Own work) [CC-BY-SA-3.0], via Wikimedia Commons
São criaturas estritamente selvagens, portanto não devem ser mantidas como animais de estimação. Os maiores atingem uma média de 20 centímetros e o menor mede cerca de 11 centímetros, e é conhecido como Sagui leãozinho. Eles habitam, normalmente, as matas da América Central e
do Sul. Das 35 espécies identificadas, 25 vivem em território brasileiro.
Estes animais são geralmente encontrados em grupos, abrigados em arbustos, pois são dotados de unhas aguçadas e de incomum desenvoltura, recursos que lhes permitem subir em árvores sem qualquer problema. Já o rabo, desproporcional em relação ao seu tronco, não lhes confere a habilidade de outros primatas para suspendê-los nos ramos; eles exercem somente a função de equilibrá-los.
Bichos deveras habilidosos e arteiros, eles se sustentam sobre quatro patas, pulam com incrível destreza, soltam guinchos e assobios discernidos a grandes distâncias, preservam costumes exercitados à luz do dia e têm o hábito de ir à terra somente para caçar insetos e procurar água.
Seus pelos podem ser pretos, castanhos, brancos, dourados e prateados. Eles adoram ter sua pelagem alisada por meio de escovas dentais não usadas, pois se entrosam muito bem com os humanos, ocultando-se em seus cabelos e andando através de seus ombros. Mas é importante não se deixar iludir por seu jeito aparentemente tranqüilo, pois são instáveis e podem, repentinamente, cravar os dentes em alguém sem nenhum motivo concreto.
O sagui tem uma vida social semelhante à das formigas, pois ele se organiza em coletividades lideradas por um casal. Estes animais são fiéis aos seus parceiros e lutam pelo comando do bando por meio de lutas acirradas. Machos e fêmeas têm funções distintas; eles defendem o grupo e elas se alimentam primeiro que seus pares.
São os pais que ensinam seus filhos a realizar as refeições, exercendo também o exemplo nas tarefas de acasalamento, caça e tratamento das crias. Quando estão presos, estes bichos necessitam primeiramente observar como seus proprietários comem, para depois reproduzir o seu comportamento.
Livres, eles se alimentam de insetos, répteis, mamíferos minúsculos, aves, lesmas, ovos, determinados vegetais, frutas e a goma dos arbustos. No cativeiro eles preferem bolinhas de carne produzidas com apenas 1 cm, em dias revezados.
Em liberdade eles preservam a vida por pelo menos 10 anos; na prisão eles têm uma existência mais prolongada, que pode durar até 18 anos. Aos 3 anos eles já atingem o necessário amadurecimento sexual. O acasalamento ocorre quando o par está sozinho em um habitat tranqüilo, desprovido de seres humanos. A fêmea pode se reproduzir novamente dois dias depois de dar à luz, gerando novos filhotes a cada 6 meses.
Fontes:
http://iguinho.ig.com.br/canalnatureza/sagui.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sagui
www.youtube.com/watch?v=1KskJDDW93k
18 de out de 2008 - Vídeo enviado por gabrielmendesskate
Um clipe com fotos da ditadura militar e outras manifestações populares, o que foi esquecido ultimamente...
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