Cinturão pode ser usado para acelerar chegada de água ao Castanhão
Em meio às incertezas pela saída da
empreiteira Mendes Júnior da obra, o Ceará busca alternativas para fazer
fluir com rapidez o percurso das águas da transposição do rio São
Francisco
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Thaís Brito
cotidiano@opovo.com.br
FABIO LIMA
Ainda segundo o secretário, equipes da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) fazem estudos de viabilidade para esta operação na região do Cariri.
Outra alternativa está mais longe de acontecer, sendo obra acessória à transposição e ainda sem licitação. O projeto é de um canal de 35 quilômetros retirando água do rio Piranhas, na Paraíba. O equipamento ligaria o município de São José de Piranhas ao rio Salgado. “É importante que os deputados que apoiam o governo interino ajudem a pressionar”, sugere Teixeira.
Transposição
Anunciada na última semana, a saída da empreiteira Mendes Júnior das obras de transposição deixa insegurança quanto à entrega da transposição, estimada para dezembro. “A preocupação é grande porque, se não houver solução rápida, haverá atraso substancial na entrada de água no Ceará”, comenta o secretário. A Mendes Júnior foi contratada para fazer intervenções em um dos trechos do Eixo Norte, entre Cabrobó (Pernambuco) e Jati (Ceará). O trecho tem duas estações de bombeamento a concluir, além de canais e túneis.
A emergência do abastecimento de água para o Estado e para Fortaleza foi apresentada pelo governador Camilo Santana (PT) no último dia 4 em três reuniões em Brasília: com o presidente interino Michel Temer (PMDB), o Ministério da Integração e o Tribunal de Contas da União, que busca conduzir a transição das empreiteiras para continuação das obras. Segundo Teixeira, a postura é de acompanhar as ações do Governo Federal e sensibilizar para a resolução do problema.
Saiba mais
Também à espera da transposição, o Cinturão das Águas foi pensado para distribuir a água do São Francisco pelo oeste do Ceará. O primeiro trecho liga Jati a Cariús. Se concluído, permite liberação de água do rio Cariús ao açude Orós.
O Castanhão é estratégico para abastecer a RMF. Está com 8,2% do volume. Na próxima quarta, 20, haverá votação entre comitês de bacias para definir o uso do Orós como alternativa.
Envolvida na Lava Jato, a Mendes Júnior foi declarada inidônea pela Controladoria Geral da União, o que a impede de firmar novos contratos com a administração pública.
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