Dando continuidade ao mundo cultural
deste Brasil de meu Deus, posto a vida e parte do que fez o poeta.,arranjador,compositor,cantor,músico
e eclético Moraes Moreira. Sem sobra de
dúvidas um dos maiores nomes da Musica da Bahia e que projetou os novos baianos no cenário mundial. Moraes Moreira sempre atual, sempre antenado com a cinesia musical, culto e sabedor
antecipado dos anseios de um público exigente. Foi assim em Pombo Correio,Sintonia ,Preta Preta Pretinha ,Lá Vem o Brasil e mais centenas de sucessos, sucessos seus ou na sua voz em parceria com Carlinho,Caetano
,Pepeu,Capinan,Gil,Baby,Luiz Galvão,Chico Buarque,Edu Lobo, Fausto Nilo e
outros monstros Brasileiros. Moraes
Moreira é gente nossa, é brasileiro e
com muito orgulho.
Iderval Reginaldo Tenório
Quero a sua opinião.
Moraes Moreira
Foto: Mário Luiz Thompson
Antônio Carlos
Moreira Pires nasceu em Ituaçú BA em 08 de Julho de 1947. Criado no sertão da
Bahia, desde cedo tocava sanfona, que mais tarde substituiu pelo violão e pela
guitarra. Em 1966 mudou-se para Salvador BA e entrou em contato com o rock and
roll, e também com as criações de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico
Buarque, Edu Lobo. Arranjou emprego num banco, e em noitadas de violão na
própria pensão onde morava, conheceu Paulinho Boca de Cantor e Luís Galvão, com
os quais criaria o grupo Os Novos Baianos, que estreou em 1968.
Em 1975 deixou o
grupo para seguir carreira individual. A partir dessa época, foi um dos
responsáveis pela afirmação e pelo crescimento do Carnaval de rua em Salvador.
Em 1976 fez grande sucesso no Carnaval baiano, como cantor do Trio Elétrico de
Dodô e Osmar. Lançou em 1978 Pombo correio, que se tornou
grande êxito carnavalesco nacional. A partir de 1983, passou a desenvolver o
Projeto Brasil, uma série de shows pelas capitais do pais, com
repertório carnavalesco, frevos e marchas como Grito de guerra e Festa
do interior. Nessa época, decepcionado com a organização do Carnaval
de Salvador (excesso de turistas, perda de autenticidade em favor do espetáculo
etc.), começou a orientar seu trabalho de compositor e intérprete para um
caminho mais acústico e com mais integração entre o erudito e o popular. Dessa
nova vertente saíram dois discos: O Brasil tem concerto e Morais
Moreira acústico. Em 1991 lançou o disco Cidadão, com
destaque para Leda, parceria com Paulo Leminski. Lançou em
1993 o disco Terreiro do mundo, destacando-se Agradeça
ao Pelo (com Neguinho do Samba).
Comemorou 50 anos de
idade em 1997, com o CD Estados, que incluiu o sucesso Sinal
de vida.Lançou também pela Virgin o CD 50 Carnavais, com
sete inéditas e cinco regravações de antigos sucessos. Entre suas principais
composições estão: Que papo e esse e Cidadão (com
Capinam), Arco- íris (com Sivuca e Glorinha Gadelha), Rádio
Cidadão (com Fred Gois), Estado de graça (com
Armandinho), Meninas de Minas Gerais (com Tony Costa e
Guilherme Maia), Os carapintadas e Festa do interior (com
Abel Silva), Forro do ABC (com João Santana),Monumento vivo (com
Davi Morais, seu filho, gravada por Daniela Mercury), Acabou chorare,
Preta pretinha, É ferro na boneca, De Vera,
Colégio de Aplicação e Felicidade no ar (estas seis
com Luís Galvão). Entre outros, seus principais interpretes são: Gal Costa, que
transformou Festa do interior na musica mais tocada de 1982,
Maria Bethânia, Simone, Fagner, Ney Matogrosso, Zizi Possi, Elba Ramalho,
Marisa Monte e Daniela Mercury.
Moraes Moreira
nasceu em Ituaçu, cidade do sertão baiano. Ainda criança, já era despertado
pelo som das bandas de música, pelas madrugadas que antecediam a festa da
Padroeira. Eram as alvoradas. Tubas, trompas, trompetes, clarinetes e plautins
no toque da caixa, lindos dobrados rompendo o silêncio, entrando em seu sonho.
Fogos de artifício explodiam no ar. Logo ele corria para a rua, e atrás da
banda andava e admirava todos aqueles instrumentos e seus sons maravilhosos. A
Lira e a Jandira, duas bandas que completavam a alegria da cidade. À medida que
foi crescendo, cresceu também o interesse pela música. Ganhou da irmã uma
sanfona de doze baixos, seu primeiro instrumento, e em pouco tempo de
aprendizado, já animava festas de São João, batizados e casamentos. Fidélis, o
melhor sanfoneiro da região, foi seu professor. Nessa época, se encontrava
preso, cumprindo pena por crime cometido na Gruta da Mangabeira. Moraes ia
visitá-lo em sua cela, enquanto ele o ensinava um pouco dos conhecimentos de
sanfoneiro. Com 16 anos de idade, concluiu o ginasial em Ituaçu. Para continuar
os estudos, foi para Caculé, cidade vizinha onde havia o curso científico.
Chegando lá, logo ficou conhecendo dois bons violonistas que lhes ensinaram os
primeiros acordes. Mestre Dadula era um deles, do qual ele ouviu duas frases
que jamais esqueceu: “Violão não tem fim” e “Afinar é mais difícil que tocar”.
O outro era Arnunice, colega de colégio com quem aprendeu muita coisa. Tocavam
juntos em festivais, bailes e serenatas. Três anos em Calulé, terminou o curso
científico e adquiriu, nesse espaço de tempo, um conhecimento razoável de
violão. Partiu para Salvador, onde deveria prestar exame de vestibular para
Medicina. Sentiu, nesse momento, que já estava bem mais pra música. Ingressou
no Seminário de Música da Universidade Federal da Bahia e mesmo não encontrando
vaga para estudar violão, topou fazer o curso de percussão, pois seu objetivo
era conhecer pessoas e penetrar no meio musical de Salvador. Foi aí que
encontrou Tom Zé, grande compositor baiano, que ensinava violão no Seminário, e
com ele estudou cifras e composição. Este foi seu primeiro contato com a
música; até então Moraes só tocava de ouvido. De lá para cá, são mais de 30
anos de estrada, entre Novos Baianos e carreira solo. Isso sem falar nas
músicas gravadas por grandes artistas da MPB. O violão tem sido seu companheiro
inseparável, o parceiro de sempr
Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira
Art Editora e PubliFolha |
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