sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

CRIANÇAS , IDOSOS E OS MAUS-TRATOS.

 

Brasil registra diariamente 233 agressões a crianç... | VEJA

Direitos Humanos das crianças e adolescentes - Ideia Criativa
ortal da Cidade União da Vitória
Família denuncia maus tratos em lar de idosos de São Mateus do Sul

Ultimamente vivencia-se imagens na internet com maus-tratos a crianças de todas as idades, cabe  a todos  proteger os mais novos, principalmente crianças e recém nascidos, o mesmo  modo deve ser dedicado aos idosos.   Circula na internet diversos vídeos com estes conteúdos.



O abuso das crianças, ou seja, a violência sob todas as formas, pode causar graves prejuízos em seu desenvolvimento, com repercussões de longo prazo. 
 
É essencial entender  não só como pais, mas como sociedade para preveni-lo, detectá-lo e em última análise, eliminá-lo em todas suas formas.


Maus-tratos na infância são um problema importante de saúde pública, que afeta  as crianças e a sociedade como um todo. 
 
Para muitas pessoas, maus-tratos são sinônimos de abuso físico ou sexual, mas estes representam apenas 24% e 3% dos casos, respectivamente. 
 
As formas mais comuns de maus-tratos são a negligência (30% dos incidentes), a exposição à violência doméstica (28%) e o abuso emocional (15%). 
 
Estudos realizados entre 1998 e 2003 mostram que a incidência de maus-tratos na infância aumentou em 125% , de 9,64 para 21,71 casos documentados para cada mil crianças. Esse aumento pode ser atribuído à melhoria dos procedimentos de registro e investigação.
 
Ocorreram mudanças na forma pela qual os casos são documentados, irmãos vitimizados agora podem ser identificados mais facilmente; e há maior consciência sobre o abuso emocional e a exposição à violência doméstica.
 
De modo geral, os maus-tratos na infância podem ser agrupados em quatro categorias principais: abuso físico, abuso sexual, abuso emocional (incluindo a exposição à violência doméstica) e negligência. 

Em alguns casos, os efeitos dos maus-tratos são observados de imediato. 
 
Entre os bebês, vitimados pela Síndrome do Bebê Sacudido (SBS), registram-se entre 7% e 30% de casos de morte, 30% a 50%  deficits cognitivos ou neurológicos graves, tais como distúrbios de comportamento, atraso de desenvolvimento, deficits visuais e motores. 

No entanto, o impacto dos maus-tratos nem sempre é tão evidente. Transtornos ou traumas no início da vida podem resultar em uma variedade de problemas no futuro:  depressão, agressividade, abuso de drogas, problemas de saúde e infelicidade, mesmo estagnados os maus-tratos.
 
Quando adultos, as vítimas de maus-tratos têm altas taxas de ansiedade e de transtornos de estresse pós-traumático, e são mais propensas a se envolverem em comportamentos criminosos. 
 
Maus-tratos na infância podem resultar em apegos inseguros com os cuidadores, que são transferidos para relações futuras. 
 
Crianças que presenciam violência doméstica correm risco de problemas psicológicos, emocionais, comportamentais, sociais e acadêmicos. Apresentam problemas semelhantes aos de crianças que são vítimas de abuso físico. Filhos de famílias que praticam abusos estão expostos a formas desajustadas de comunicação e de comportamento emocional, e recebem modelos deficientes de autorregulação adaptativa.

Os mecanismos precisos que associam a experiência de maus-tratos ao desenvolvimento desses problemas são, em sua maior parte, desconhecidos. É possível que as crianças sejam mais sensíveis a certas emoções – por exemplo, raiva – em comparação com outras emoções importantes para seu comportamento social; ou é possível que o estresse elevado afete o processo pelo qual aprendem a regular suas emoções. 
 
A pesquisa sobre os efeitos de maus-tratos enfrenta diversos desafios. Não há consenso entre os pesquisadores sobre a melhor forma de definir e medir maus-tratos. Também é difícil fazer distinção entre os efeitos de diferentes formas de maus-tratos, que muitas vezes vitima uma mesma criança; e entre os efeitos de maus-tratos e os efeitos associados à pobreza ou a outros fatores relacionados ao ambiente e a eventos da vida. Predisposições genéticas podem ajudar a explicar por que algumas crianças são mais resilientes do que outras a maus-tratos na infância. 
 
A intervenção tem o potencial de ajudar crianças e pais. A identificação precoce de crianças em risco de Síndrome do Bebê Sacudido pode reduzir os custos individuais, médicos e sociais associados a essa forma de abuso. Os profissionais da área da saúde podem desempenhar um papel-chave na avaliação das condições domésticas e para ajudar os pais a identificarem situações de risco, como o choro excessivo. Intervenções para crianças expostas à violência doméstica visam a ajudá-las a lidar com os estressores associados e a reduzir problemas nos cuidados parentais.
 
Embora tenham sido observados impactos positivos, é preciso notar que não podemos extrapolar esses resultados para todas as situações. Urge cuidado, vigilância, educação e a presença do Esatdo erm todas as demandas de maus-tratos.
 
Iderval Reginaldo Tenório
 


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