O LIVRO E O HOMEM
Desde que me entendo por gente,
escuto até dos letrados , que livro é um produto caro, sendo inclusive
o álibi, para o grande desinteresse pelo hábito da leitura , nunca
aceitei esta pífia
conclusão.
Pergunto a todos que vêem com esta insustentável explicação,
qual é a média de preços do produto livro. Antes que me respondam, emendo logo
outras perguntas e já com óbvias
respostas: Pergunto, quanto custa uma pizza para duas pessoas?, quanto se paga por uma
corrida de táxi de sua casa para o trabalho, para a escola ou para o aeroporto de
sua cidade, qual o preço de um almoço
num médio restaurante a quilo, que são freqüentados por todos os
trabalhadores das médias e grandes
cidades? Qual o valor de um mero ingresso de um show de um artista de médio
porte? , porque, se for abordado os das grandes estrelas, não precisa nem perguntar. Qual o
valor de um corte de cabelo em qualquer
salão de beleza, sem falar nos outros itens destes estabelecimentos. Não
toco no assunto consumos nos
Shopping, pois,seria uma humilhação à
inteligência.
Deixo sempre o interlocutor tonto
e boquiaberto com tantas perguntas e as óbvias respostas, explano que , o valor
do mais barato dos produtos elencados,
equivale ao valor de um livro e com os valores dos mais caros, seriam adquiridos
mais de um . Faço ainda a seguinte observação, quando são
impressos em papéis menos nobres e encadernados com brochuras mais simples,
ficam quase de graça, custam
menos do que uma pobre refeição num
comida rápida.
Fico indignado inclusive, com
alguns letrados e até com autores, que
contaminados pelo desânimo , pela total falta de apoio e dos descasos por
parte dos gestores da cultura que embutem na cabela da população que o livro
é muito caro.
Continuando o meu discurso,
utilizo o seguinte argumento para o convencimento do baixo valor de um
compêndio literário escrito. Informo que, se um livro for comprado fazer fogo,
enrolar sabão ou pregos numa feira livre, é um produto caro, pois existe papel mais
em conta, agora , o livro, o objeto possuidor de uma identidade, de um
responsável, o livro que tem um pai, um criador, é um elemento que tem vida e
como os humanos, também tem alma, tem personalidade , caráter e ética.
Então quando se adquire uma obra literária,
jamais esta obra tem um valor pecuniário, o preço na prateleira é um valor
simbólico , uma vez que, naquele produto de celulose de pouco valor, existem
muitos anos de pesquisas e de estudos,
existem a participação de diversas cabeças, diversas mãos, muitas noites em
claro , quilômetros de andanças e incalculáveis doses de emoção.
Termino falando que, do ponto de
vista literário, o livro não é um mero
produto, o livro é a alma do autor, o livro é a vida do assunto descrito, o
livro é um ser vivo que nunca morrerá, ressuscita todas as vezes que é aberto
para leitura, o livro faz parte da vida do leitor e com ela se confunde, se
mistura e nela é incorporado.
O livro é uma das mais importantes
partes deste ilimitado universo, o livro não é um simples produto . O valor
pago por cada volume é um valor
simbólico e comemorativo, é o passaporte para o nascimento de mais uma
obra, de mais um livro, é o incentivo aos magos e abnegados escritores.
As
palavras , principalmente quando escritas são as alimentadoras mor do
intelecto humano,são combustívei para o cérebro, como o pão é o
alimentador energético do corpo.
Numa visita ao um grande Centro Comercial,
os valores do consumo de uma boa xícara
de café, de uma água mineral e de duas
bolas de sorvetes, equivalem ao valor simbólico de um livro.
À Reflexão:
O livro meus amigos,
é como a vida, não tem preço. O livro como a água, é o difundidor e diluidor
universal , é um ser indispensável, é o melhor presente que deve um jovem
receber.
Vá de ônibus, dispense o táxi e lá adquira um
livro .
E boa leitura.
Iderval Reginaldo Tenório
O Blog é Cultural
Mario Zan - Chalana
um dos m
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