Você sabe o que é Naming Rights ou Direito de Nome em português
Naming Rights ou Direito de Nome em
português, se trata da prática entre empresas que compram ou alugam o
nome de algum estabelecimento, que pode ser de diversos setores tais
como de espetáculos culturais, eventos esportivos, etc.
Esses
estabelecimentos são então batizados com o nome da própria empresa ou de
algum produto relacionado a ela. Esta prática teve origem nos Estados
Unidos na década de 1920, quando o estádio do Chicago Cubs, time de
basebol, foi batizado de Wringley Field, uma marca de chicletes.
Um grande impacto se deu quando a dona
da empresa Budweiser comprou os direitos de Sportsman’s Park, a casa de
St. Louis Cardinals, mudando seu nome para Budweiser Stadium. Na época, o
presidente da liga de basebol não aceitou a mudança e o nome foi mudado
para Busch Stadium. A partir daí, lançou-se um novo produto, a Busch
Bavarian Beer. O fim da história foi que o estádio em questão fechou,
mas as duas casas que os Cardinals abriram mantiveram o nome.
Esta prática está disseminada atualmente
nos Estados Unidos entre os clubes das principais ligas esportivas do
basquete, basebol, hóquei e futebol americano. Os valores são altos: NY
Mets negociou com o Citigroup a nomenclatura de seu estádio por 400
milhões de dólares ao longo de 20 anos, aproximadamente 50% do custo
total do espaço. Outras empresas que investem nesta linha são a Fedex,
Gillette e American Airlines.
No Brasil vemos essas mudanças
principalmente em casas de espetáculo e cinemas. O pioneiro foi o
Credicard Hall (atualmente Citibank Hall), em 1999. A casa de
espetáculos que leva este nome no Rio de Janeiro já passou por diversas
modificações de nome mas, ainda hoje, o seu nome original - Metropolitan
- habita a memória dos mais antigos.
A resistência do nome antigo é uma
barreira a ser ultrapassada pelos brasileiros, principalmente na área
dos esportes, elemento catalisador de muitas emoções e participação
popular. Com a construção de novos espaços para a Copa de 2014 e para os
Jogos Olímpicos de 2016, o setor permanece aquecido. Porém o “batismo
popular” dos estádios com nomes que carregam uma gama de lembranças e
significados gloriosos para os torcedores, fazem com que as empresas de
comunicação também resistam a estas mudanças.
No Rio, há uma polêmica em torno da
concessão do Botafogo para a Record, já que outras emissoras do país
poderão tentar boicotar o novo nome. Em São Paulo, a Ambev é uma das
três empresas que estuda o Naming Rights da Arena Corinthians para ter
propriedade sobre o nome do estádio em Itaquera durante 20 anos. De
acordo com o site exame.com, o grupo WTorre responsável pela construção e
remodelação do estádio Palmeiras, atual Allianz Parque, acordou com a
seguradora Allianz o Naming Rights de 20 anos por R$ 300 milhões. O novo
estádio do Palmeiras, que além dos jogos é palco para shows de grande
porte, definiu como estratégia para os próximos anos investir na área de
entretenimento.
Para compensar o investimento, os
administradores dos espaços optam pela multifuncionalidade,
transformando estádios em arenas, por exemplo, permitindo que shows e
eventos de grande porte, além dos jogos.
O local deve ter uma utilização
intensa, caso contrário não haverá retorno. Nos Estados Unidos, por
exemplo, esta transação geralmente é vinculada a espaços multiuso, que
agregam outros tipos de eventos além das competições. Para nós
avaliadores, a mensuração do valor implica detectar corretamente os
impulsionadores de valor do empreendimento e aplicar as técnicas
adequadas relacionadas aos ativos intangíveis detectados.
Fonte: Apsis
Nenhum comentário:
Postar um comentário