Bahia
Corpo de médico desaparecido é achado na Via Parafuso
O corpo foi achado perto do veículo do médico, encontrado queimado no último dia 11
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O
corpo do médico Luiz Carlos Correia Oliveira, 62 anos, foi encontrado
no último dia 14 em um matagal da Via Parafuso, em Simões Filho, na
Região Metropolitana de Salvador. Um exame do Departamento de Polícia
Técnica (DPT) na arcada dentária confirmou nesta terça-feira (25) que se
trata realmente do médico, desaparecido desde 2 de outubro. O corpo
estava em estado adiantado de esqueletização, que é mais avançado que o
de decomposição.
O Departamento de Antropologia Forense
ainda está fazendo outros laudos para revelar a causa da morte do
médico. De acordo com o diretor do Instituto Médico Legal (IML), o
perito médico Mário Câmara, a identificação via arcada dentária é tão
segura quanto a de DNA ou pelas digitais.
O corpo foi achado perto do veículo do
médico, encontrado queimado. Desde o dia 14, estava no IML aguardando a
conclusão dos exames.
O caso é investigado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Procurado pelo CORREIO, Thomás Correia,
filho de Luiz Carlos, preferiu não falar sobre a morte do pai no
momento. Ele afirmou que a família ainda não tem detalhes sobre quando
será o sepultamento do corpo.
Gil Freire, diretor do Sindicato dos
Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), lamentou a morte. "Logo no início
do desaparecimento, fomos procurados pelos colegas de turma dele, que
pediram que o sindicato tentasse ajudar a esclarecer ou confortar a
família. Fizemos um ato ecumênico para a família e nos colocamos à
disposição para ajudar com assessoria jurídica, criminalística, que
poderia acompanhar as investigações. Fizemos contatos com colegas
legistas, também no sentido de tentar facilitar a identificação de
qualquer corpo que chegasse de desconhecido", diz. "É lamentar a morte
de um colega". Segundo Freire, "seguimos à disposição da família".
Luiz Carlos era auditor do trabalho. Amigos
e colegas de trabalho fizeram um ato no último dia 19 em frente à
Superintendência Regional do Trabalho, no centro da cidade, cobrando
agilidade nas investigações.
DesaparecimentoO
médico foi visto pela última vez saindo do condomínio onde morava, no
bairro de Piatã, em seu carro, um Polo prata (OKS-8999) durante a noite e
não voltou mais.
Segundo o sobrinho do médico, que preferiu o
anonimato, um dos filhos dele foi quem percebeu que ele havia
desaparecido. “Ele não apareceu mais. O filho que percebeu que ele não
voltava mais para casa. Não conseguiram mais contato pelo celular na
segunda-feira”, disse.
O médico morava sozinho e não costumava
sair sem dar notícias, de acordo com relato do sobrinho. “Ele era
rotineiro, não tinha o costume de não dar notícias quando saía”, disse.
Sem informações sobre o paradeiro de Luiz Carlos, a família começou a
procurá-lo em hospitais, delegacia e até no Instituto Médico Legal Nina
Rodrigues, mas não o encontraram.
Na terça-feira (4), eles foram até à
Delegacia de Proteção à Pessoa para registrar o desaparecimento. “Não
tem justificativa para o desaparecimento”, afirmou o sobrinho.
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