terça-feira, 25 de outubro de 2016

Corpo de médico desaparecido é achado na Via Parafuso

Bahia

Corpo de médico desaparecido é achado na Via Parafuso

O corpo foi achado perto do veículo do médico, encontrado queimado no último dia 11
Da Redação (redacao@correio4horas.com.br)
Atualizado em 25/10/2016 20:26:58


Dr. Luiz Carlos Correia Oliveira está desaparecido desde o último domingo (2) (Foto: Acervo Pessoal/Liam Correia Inkpin)
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O corpo do médico Luiz Carlos Correia Oliveira, 62 anos, foi encontrado no último dia 14 em um matagal da Via Parafuso, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Um exame do Departamento de Polícia Técnica (DPT) na arcada dentária confirmou nesta terça-feira (25) que se trata realmente do médico, desaparecido desde 2 de outubro. O corpo estava em estado adiantado de esqueletização, que é mais avançado que o de decomposição.  

O Departamento de Antropologia Forense ainda está fazendo outros laudos para revelar a causa da morte do médico. De acordo com o diretor do Instituto Médico Legal (IML), o perito médico Mário Câmara, a identificação via arcada dentária é tão segura quanto a de DNA ou pelas digitais.
O corpo foi achado perto do veículo do médico, encontrado queimado. Desde o dia 14, estava no IML aguardando a conclusão dos exames. 

O caso é investigado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Procurado pelo CORREIO, Thomás Correia, filho de Luiz Carlos, preferiu não falar sobre a morte do pai no momento. Ele afirmou que a família ainda não tem detalhes sobre quando será o sepultamento do corpo. 
Gil Freire, diretor do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), lamentou a morte. "Logo no início do desaparecimento, fomos procurados pelos colegas de turma dele, que pediram que o sindicato tentasse ajudar a esclarecer ou confortar a família. Fizemos um ato ecumênico para a família e nos colocamos à disposição para ajudar com assessoria jurídica, criminalística, que poderia acompanhar as investigações. Fizemos contatos com colegas legistas, também no sentido de tentar facilitar a identificação de qualquer corpo que chegasse de desconhecido", diz. "É lamentar a morte de um colega". Segundo Freire, "seguimos à disposição da família".  

Luiz Carlos era auditor do trabalho. Amigos e colegas de trabalho fizeram um ato no último dia 19 em frente à Superintendência Regional do Trabalho, no centro da cidade, cobrando agilidade nas investigações. 

DesaparecimentoO médico foi visto pela última vez saindo do condomínio onde morava, no bairro de Piatã, em seu carro, um Polo prata (OKS-8999) durante a noite e não voltou mais. 

Segundo o sobrinho do médico, que preferiu o anonimato, um dos filhos dele foi quem percebeu que ele havia desaparecido. “Ele não apareceu mais. O filho que percebeu que ele não voltava mais para casa. Não conseguiram mais contato pelo celular na segunda-feira”, disse.
O médico morava sozinho e não costumava sair sem dar notícias, de acordo com relato do sobrinho. “Ele era rotineiro, não tinha o costume de não dar notícias quando saía”, disse. Sem informações sobre o paradeiro de Luiz Carlos, a família começou a procurá-lo em hospitais, delegacia e até no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, mas não o encontraram. 

Na terça-feira (4), eles foram até à Delegacia de Proteção à Pessoa para registrar o desaparecimento. “Não tem justificativa para o desaparecimento”, afirmou o sobrinho.

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