terça-feira, 1 de abril de 2014

Planalto já pensa em plano B e vai tentar 'blindar' CPI da Petrobras


Planalto já pensa em plano B e vai tentar 'blindar' CPI da Petrobras
 

BRASÍLIA - O Palácio do Planalto manteve nesta segunda-feira a pressão para que os senadores da base aliada retirassem suas assinaturas, mas já preparava um “plano B” para enfrentar a CPI da Petrobras. Instalada a Comissão, o que deve ocorrer nesta terça-feira no Senado, a estratégia é promover uma “blindagem”, colocando em mãos de aliados postos-chave como presidência e relatoria, que ficariam com o PT e o PMDB. nesta segunda-feira, os aliados estavam divididos sobre os riscos políticos de ampliar o objeto da CPI, incluindo outros assuntos, como as denúncias de cartel no metrô de São Paulo.
O governo não está seguro da estratégia de ampliar o escopo da CPI e vai consultar hoje o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) sobre a viabilidade jurídica, além da conveniência política.




O assunto foi discutido, nesta segunda-feira à noite, por duas horas, em reunião do novo ministro da articulação política, Ricardo Berzoini, que assume nesta terça-feira, com líderes do governo e do PT na Câmara e no Senado. Também participaram do encontro a ministra da articulação política, Ideli Salvatti, e o senador Gim Argello (PTB-DF).
Renan prometeu fazer leitura nesta terça-feira
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), chamado para a reunião no Planalto, disse que o governo vai trabalhar até o fim pela retirada de assinaturas, que hoje somam 29.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que quem deve decidir se a CPI da Petrobras deve investigar fraudes no metrô de São Paulo é o Congresso Nacional. Segundo ele, em relação a Petrobras o governo federal cumpre seu papel por meios das investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), prometeu ler nesta terça-feira, no Plenário da Casa, o requerimento pedindo a abertura da CPI da Petrobras.
No esforço de retirada das assinaturas, o Planalto acionou o comando dos partidos dos senadores rebeldes. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, recebeu a missão de convencer o senador Sérgio Petecão (PSD-AC), a desistir. O senador Clésio Andrade (PMDB-MG) reafirmou ao GLOBO que não retira sua assinatura.



oglobo.

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