terça-feira, 8 de abril de 2014

Ebola já matou 111 pessoas na África, alerta a OMS

Ebola já matou 111 pessoas na África, alerta a OMS

  • Surto pode demorar mais de três meses até ser contido; países fecham fronteiras com aumento de casos relatados
O Globo
 

Sanitarista senegalês se prepara para atender pacientes contaminados
Foto: AFP
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Sanitarista senegalês se prepara para atender pacientes contaminados AFP
RIO - O vírus Ebola já matou 111 pessoas na Guiné e dez na Libéria, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Trata-se, de acordo com o órgão, de “um dos surtos de Ebola mais desafiadores que já vimos” e pode levar meses para contê-lo.
O contágio do vírus Ebola ocorre com fluidos corporais (sangue, urina, suor, lágrimas e saliva, por exemplo) de doentes. Ele mata entre 25% e 90% de suas vítimas.
Muitos países da África Ocidental têm fronteiras pouco controladas, o que permite que pessoas contaminadas levem a doença para outros locais.
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O Sul da Guiné é o epicentro do surto. O primeiro caso na região foi relatado no mês passado. Em outros episódios, o Ebola se manifestou em áreas muito menores.
- Estaremos engajados na luta contra este surto pelos próximos três ou quatro meses, até estarmos confortáveis para dizer que as coisas estão sob controle - explicou Keija Fukuda, diretora geral assistente da OMS, em uma entrevista coletiva em Genebra.
Segundo a OMS, 157 casos suspeitos foram registrados em Guiné, incluindo 20 na capital, Conakry. Sessenta e sete dos casos foram confirmados como Ebola.
Na vizinha Libérica, dos 21 casos foram registrados, cinco correspondiam ao vírus.
Em Mali existe a suspeita de nove ocorrências, mas pelo menos dois não seriam de Ebola, de acordo com os diagnósticos. O país anunciou na semana passada que aumentaria o controle de suas fronteiras.
A Arábia Saudita suspendeu vistos para peregrinos muçulmanos de Guiné e Libéria, em um sinal da crescente inquietação sobre o surto.
Este é o primeiro surto da doença em Guiné. Nas outras ocasiões, ela ocorreu na República Democrática do Congo e em Uganda.
Após incubação de até 21 dias, as vítimas desenvolvem febre alta, dor de cabeça e dores musculares; em seguida, vômito e diarreia e, em alguns casos, sangramento pela boca, nariz, olhos e ouvidos. Na maioria dos casos, ocorre colapso geral dos órgãos, hemorragia e choque, levando à morte.

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