Nos últimos anos tem sido freqüente a morte de jovens
femininas brasileiras no exterior, geralmente são jovens de médias e baixas
rendas, jovens bonitas, sonhadoras e que viajam à procura de uma vida melhor , de dias mais
coloridos. Viajam com ou sem os conhecimentos e consentimentos dos pais, viajam por convencimentos de estranhos
ou por quererem demonstrar autonomia, liberdade ou espírito de aventura.
Dois são os tipos de jovens que viajam e deixam o Brasil, o
primeiro são jovens estudadas, bem criadas e corretamente educadas, viajam
com segurança, com paradeiro certo e com finalidades conhecidas, vão à procura de
alimentar o cérebro, vão à procura de mais conhecimentos, escolas técnicas ou
superiores, um pós graduação ou até
mesmo para assumirem determinados postos nos seus respectivos empregos, estes
jovens fazem parte da elite intelectual, da elite encefálica mundial.
O segundo grupo, é
constituído de jovens à procura de dias melhores, geralmente são convidadas por
terceiros, por olheiros nacionais ou internacionais à procura de beldades, são convidadas por serem
extrovertidas, soltas, libertas, renda familiar aquém da renda dos desejos, bonitas,
esculturais e que alimentam o famigerado sonho de consumo. Como o nível
intelectual e familiar são baixos, viajam com o álibi de serem modelos, lá passam a morar em grupos nas zonas comerciais em
declínios ou e albergues numa verdadeira coletividade animalesca, como granjas ou depósitos de seres humanos.
Como não falam árabe, alemão, holandês, inglês, espanhol,
mandarim ou italiano e nem possuem profissão, mesmo que possuíssem, não
poderiam trabalhar devido as
intermináveis exigências documentais,
ingressam no mercado como trabalhadoras braçais ou até mesmo nos
serviços que exploram os atributos da estrutura corporal , muitas vezes
desviando para o mercado do sexo. Estas jovens vivem sonhos dantescos, vidas de
escravidão e muitas sobrevivem emparedadas na prostituição.
É uma tarefa difícil de se resolver, o país não absorve a mão
de obra que surge aos borbotões, não prioriza a educação ocupando o encéfalo
destes inocentes que pensam que sabe de tudo, o país não freia as publicidades
criminosas que enriquecem os tubarões e que tem a finalidade de descontruir a família , os bons princípios e a racionalidade, para construir mentes viradas para a ilusão e para o alto
consumo mesmo sem as mínimas condições das suas capacidades financeiras.
As jovens cada dia mais bonitas, o sonho de consumo cada dia
mais distante para uma classe social excluída,
de uma faixa de renda incapaz de sustentá-lo
com o trabalho lícito . Estas jovens partem para a luta em busca de uma vida
mais rendosa, mais rica e que alimente a fome do consumo enraizado , sedimentado e
encastoado nas suas mentes, enveredam em caminhos eivados de suspeitas, de
riscos e de inseguranças .
Estas jovens deixam
os seios familiares, o convívio com os seus pares no pais de origem e vão à
procura de novos horizontes como iscas ou presas baratas, e como todas as iscas,
serão jogadas ao mar para serem consumidas pelos peixes ou como indefesas presas serão jogadas nas selvas de pedras para serem
devoradas pelos insaciáveis predadores.
Jovens brasileiras, procurem viver dentro do seu país, só abandonem a família por uma boa causa, caso contrário , os
frutos só serão sofrimentos e decepções, muitas vezes a própria vida.
A liberdade de um povo é diretamente proporcional ao exercício da cidadania, lutem, briguem, se
juntem e exijam dos dirigentes melhores condições, melhores escolas e busquem
os seus horizontes na segurança do seio familiar . Não sejam alvos fáceis para
o além mar, uma vez iscas ou presas, serão jogadas ao consumo sem nenhuma perspectiva
de vida e consumidas pelos famigerados e irresponsáveis agentes internacionais,
muitos camuflados de garimpadores de talentos.
À luta por uma Brasil melhor, o país precisa de sua
juventude.
Iderval Reginaldo
Tenório
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