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Hugo Chávez Frias nasceu em Sabaneta, no Estado venezuelano de Barinas, em 28 de julho de 1954. Era o segundo de seis filhos de uma pobre família, encabeçada por um professor de colégio, Hugo de los Reyes Chávez, e sua mulher, Elena Frías. Aos 17 anos, em 1971, entrou para a Academia de Ciências Militares da Venezuela, na qual se formou em 1975, ao 21 anos.
Formado, o jovem Chávez iniciou carreira dentro do Exército, na qual acumulou recomendações e chegou ao posto de Lugar-Tenente. Junto aos colegas, ficou famoso por discursos, nos quais começava a desenvolver críticas ao governo venezuelano, então baseado numa fórmula rígida de bipartidarismo . Foi no Exército que começou a cultivar o conceito do bolivarianismo, quando formou um grupo secreto, denominado Movimiento Bolivariano Revolucionario 200 (MBR).
Em 1989, Caracas foi o cenário de violentos protestos contra medidas neoliberais tomadas pelo governo do presidente Carlos Andres Perez com o objetivo de solucionar a crise econômica vivida pela Venezuela. Foi neste cenário que, em 1992, Chávez e outros militares tentaram um golpe de Estado. Numa manhã de fevereiro, cinco esquadrões de soldados tomaram partes de Caracas, incluindo o palácio presidencial Miraflores, mas falharam em manter o controle da cidade.O golpe acabou neutralizado, e Chávez, preso. Antes do cárcere, Chávez foi entrevistado por jornalistas. Falando ao povo, começou a criar simpatia entre a população mais pobre da Venezuela. Em novembro do mesmo ano, simpatizantes da causa de Chávez tentam um novo golpe de Estado em um ataque aéreo contra o complexo presidencial do presidente. O ataque, que contou com o apoio de Chávez, acabou impedido pelas forças armadas leais a Perez.
O presidente, no entanto, não resistiu a um escândalo de corrupção que acabou o derrubando, em 1993. Rafael Caldera, vencedor das eleições de 1994, perdoou Chávez, concedendo-lhe anistia. O tenente saiu da prisão e, deixando a carreira militar de lado, entrou para a política. Em 1997, Chávez transformou o até então clandestino MBR em partido político, criando o Movimento da Quinta República.
Em 1998, já conhecido e contando com amplo apoio popular, Chávez concorreu e venceu as eleições presidenciais, com expressivos 56% dos votos no primeiro turno. Em 1999, em uma de suas primeiras ações, dissolveu o Congresso e convocou uma Assembleia Nacional Constituinte. Ele propôs e conseguiu implementar uma nova constituição, na qual mudava o nome do país para República Bolivariana da Venezuela, e abria espaço para uma série de projetos populares, facilitados pela ferramenta jurídica da Lei Habilitante. Uma das medidas mais marcantes foi a Lei de Hidrocarbonetos, que colocava em 51% a participação estatal no setor petrolífero.
A alteração da Constituição exigia que novas eleições fossem realizadas para a formação de um novo governo. Em 2000, Chávez e seus aliados foram eleitos sem dificuldades (o presidente inclusive superou o desempenho de 1998, abocanhando 60% dos votos).
Em 2002, dez anos depois das tentativas de golpe contra Pérez, foi a vez de Chávez enfrentar uma revolta. Em 11 de abril de 2002, manifestantes protestaram contra a demissão da direção da Empresa Nacional de Petróleo. O protesto ganhou corpo, e os manifestantes tomaram o palácio presidencial. Após confrontos entre as forças do governo e de oposição, Chávez renunciou. Seu afastamento gerou uma série de revoltas por todo o país, pedindo seu retorno. O tenente retomou a presidência dois dias depois, em 13 de abril.
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