Escritor juazeirense vence premiação internacional de literatura e deve representar o Brasil
Em parceria com Sidney Rocha, representante brasileiro da edição 2020, que também é juazeirense, a Secretaria de Cultura de Juazeiro do Norte apontou alguns autores caririenses para a curadoria do festival. Como afirma Avelina Ferraz, curadora do FFIL, “o nome do escritor brasileiro vem no sentido da escolha do juri e dos consultores do Prêmio Guerra Junqueiro. Os critérios são iguais para todos os países da lusofonia. Ou seja, o segmento da vida e da obra de Guerra Junqueiro. Um poeta revolucionário, humanista, com fortes proporções de intervenção social, mas também, ao mesmo tempo, um poeta lírico e filosófico”.
De acordo com Vandinho Pereira, secretário de Cultura, é uma imensa alegria ter um representante da cidade na premiação. “É algo bastante alegrador, especialmente quando observamos o momento atual, em que as verbas para cultura são cada vez mais escassas. O feito de Abraão nos estimula a lutar para que a cultura e a literatura da nossa região sejam cada mais conhecidas e valorizadas, do Brasil ao mundo”.
O juazeirense receberá o prêmio durante a programação da Semana Literária, organizada pela Secult, em parceria com a Biblioteca Pública Municipal Possidônio da Silva Bem.
Sobre o escritor
Abraão Batista é um dos maiores cordelistas brasileiros. Além de poeta, xilógrafo, gravador, escultor, ceramista e professor aposentado. Iniciou em 1968. Publicou seu primeiro livro, O Menino Monstro, em 1970, e publicou mais de 300 cordéis.
Filho de uma apreciadora de Cordel, Abraão teve a mãe com inspiração. O ofício do cordel passou de geração em geração e o filho, Hamurábi Batista, e a neta, Jarid Arraes, também estão rimando.
O autor aprendeu a fazer escultura e como fazer xilogravura vendo Noza, um dos maiores mestres de artesanato juazeirense, trabalhar. Abraão foi o primeiro a escrever sobre Seu Lunga, “o homem mais zangado do mundo”, como escreveu o cordelista.
ABRAÃO BATISTA
ABRAÃO Bezerra BATISTA nasceu aos 4 de abril e 1935, em Juazeiro do Norte - Ceará. Perdeu o seu pai, Abdias Bezerra Baliste (de Natal-RN)
aos 7 anos de idade. A sua mãe, Maria José da Conceição, pernambucana da zona da mata (Barra do Chata- Agrestina) conseguiu proporcionar estudos para os seus seis filhos (quatro homens e duas mulheres). O primeiro grau cursou em Juazeiro do Norte e o segundo grau no Liceu do Ceará, em Fortaleza (capital).
Na Universidade Federal do Ceará concluiu o curso de Farmacêutico Bioquímico. Como farmacêutico exerceu o magistério público e particular - como professor de Física e desenho geométrico e projetivo.
Posteriormente foi professor de Ecologia e Biofísica na Universidade Regional do Cariri (URCA).
Foi na sua infância que as letras e artes apresentaram os seus primeiros brotos. Ora desenhando nas horas das aulas enfadonhas; oras fazendo
"negos" de barro para brincar com o seu grande amigo Jesu Sisnando. Com o tempo as suas tendências nas artes plásticas foram se acentuando. Hoje, Abraão Batista extravasa os seus pensamentos, ora no cordel, ora na xilogravura, ora na pintura e escultura. Um teclado que mostra muito bem, o cosmo deste brasileiro nordestino.
BATISTA, Abraão. A anatomia do frevo. Xilogravuras de Abraão Batista. Juazeira do Norte, CE: Edição do Autor, 2006. 120 p. ilus. p&b 16x26 cm. Impresso na Gráfica Nobre. Col. A.M. Edição alternativa.
DE JOÃO SILVA NA VOZ DE LUIZ GONZAGA E DO BENITO DE PAULA-
VIVA MEU PADIM.
Viva Meu Padim - YouTube
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