sexta-feira, 7 de maio de 2021

Escritor juazeirense vence premiação internacional de literatura e deve representar o Brasil

 

 Escritor juazeirense vence premiação internacional de literatura e deve representar o Brasil

Escritor juazeirense vence premiação internacional de literatura e deve representar o Brasil

Foto: Romero Junior
O escritor juazeirense Abraão Bezerra Batista venceu o Prêmio Literário Guerra Junqueiro, do Festival Internacional de Literatura de Freixo de Espada à Cinta (FFIL), em Portugal, e deve representar o Brasil na premiação. O FFIL é um evento de referência cultural para a literatura em língua portuguesa, que este ano reunirá nove países da união lusófona e de língua oficial portuguesa.

Em parceria com Sidney Rocha, representante brasileiro da edição 2020, que também é juazeirense, a Secretaria de Cultura de Juazeiro do Norte apontou alguns autores caririenses para a curadoria do festival. Como afirma Avelina Ferraz, curadora do FFIL, “o nome do escritor brasileiro vem no sentido da escolha do juri e dos consultores do Prêmio Guerra Junqueiro. Os critérios são iguais para todos os países da lusofonia. Ou seja, o segmento da vida e da obra de Guerra Junqueiro. Um poeta revolucionário, humanista, com fortes proporções de intervenção social, mas também, ao mesmo tempo, um poeta lírico e filosófico”.

De acordo com Vandinho Pereira, secretário de Cultura, é uma imensa alegria ter um representante da cidade na premiação. “É algo bastante alegrador, especialmente quando observamos o momento atual, em que as verbas para cultura são cada vez mais escassas. O feito de Abraão nos estimula a lutar para que a cultura e a literatura da nossa região sejam cada mais conhecidas e valorizadas, do Brasil ao mundo”.

O juazeirense receberá o prêmio durante a programação da Semana Literária, organizada pela Secult, em parceria com a Biblioteca Pública Municipal Possidônio da Silva Bem.

Sobre o escritor

Abraão Batista é um dos maiores cordelistas brasileiros. Além de poeta, xilógrafo, gravador, escultor, ceramista e professor aposentado. Iniciou em 1968. Publicou seu primeiro livro, O Menino Monstro, em 1970, e publicou mais de 300 cordéis.

Filho de uma apreciadora de Cordel, Abraão teve a mãe com inspiração. O ofício do cordel passou de geração em geração e o filho, Hamurábi Batista, e a neta, Jarid Arraes, também estão rimando.

O autor aprendeu a fazer escultura e como fazer xilogravura vendo Noza, um dos maiores mestres de artesanato juazeirense, trabalhar. Abraão foi o primeiro a escrever sobre Seu Lunga, “o homem mais zangado do mundo”, como escreveu o cordelista.

 

ABRAÃO BATISTA


ABRAÃO Bezerra BATISTA nasceu aos 4 de abril e 1935, em Juazeiro do Norte - Ceará. Perdeu o seu pai, Abdias Bezerra Baliste (de Natal-RN)

aos 7 anos de idade. A sua mãe, Maria José da Conceição, pernambucana da zona da mata (Barra do Chata- Agrestina) conseguiu proporcionar estudos para os seus seis filhos (quatro homens e duas mulheres). O primeiro grau cursou em Juazeiro do Norte e o segundo grau no Liceu do Ceará, em Fortaleza (capital).

 Na Universidade Federal do Ceará concluiu o curso de Farmacêutico Bioquímico. Como farmacêutico exerceu o magistério público e particular  - como professor de Física e desenho geométrico e projetivo. 

Posteriormente foi professor de Ecologia e Biofísica na Universidade Regional do Cariri  (URCA). 

Foi na sua infância que as letras e artes apresentaram os seus primeiros brotos. Ora desenhando nas horas das aulas enfadonhas; oras fazendo

"negos" de barro para brincar com o seu grande amigo Jesu Sisnando. Com o tempo as suas tendências nas artes plásticas foram se acentuando. Hoje, Abraão Batista extravasa os seus pensamentos, ora no cordel, ora na xilogravura, ora na pintura e escultura. Um teclado que mostra muito bem, o cosmo deste brasileiro nordestino.

 

 

BATISTA, AbraãoA anatomia do frevo.  Xilogravuras de Abraão Batista.  Juazeira do Norte, CE: Edição do Autor, 2006.  120 p.  ilus. p&b  16x26 cm.   Impresso na Gráfica Nobre. Col. A.M.  Edição alternativa.

 

 DE JOÃO SILVA NA VOZ DE LUIZ GONZAGA E DO BENITO DE PAULA-  

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