A SOCIÁVEL CADELA XIKITA
Xikita |
XIKITA
Xikita era muito esperta e assanhada, chegara ao apartamento
1001 ainda bebê, seis meses depois já se considerava a dona, a princesa, a toda poderosa, uma
grande e exigente rainha.
Não se fazia nada sem a permissão da Xikita, cada um da casa,
do maior ao menor, tinha o seu lugar no sofá
e ao mesmo tempo todos eram literalmente propriedades da bela rainha, a cadela era espaçosa.
Televisão ligada, olhos na tela e ouvidos nos auto
falantes, olha o latido da cadela, olha o animal correndo e se dirigindo para a
pequena varanda. Saltitante e energizada , com a calda acelerada e os olhos brilhantes voava
para os braços do Jorjão. Disfarçadamente abocanhava as pernas do Jorginho, os
braços da Vanessa e ao mesmo tempo corria
com a manta que forrava o chão que servia de colchão, ninguém mais assistia
televisão, era Xikita o foco das atenções a recepcionar o Jorjão que chegara do trabalho.
Patrões no trabalho, crianças na escola, secretária na
cozinha, adeus pé de sofá, de mesa, de cama, forros e almofadas. Xikita não
dava uma pausa, não aceitava negociação. Latir, correr, roer, morder e rasgar era o seu entretenimento, a majestade não dava
trégua, o seu reinado era pleno.
Doze e trinta corria até a porta, levantava a calda. Ofegante e atenciosa ficava à espera, saltava oa primeiro que chegasse. Mordia
os sapatos, a sacola e não se contentava enquanto não era afagada, abraçada e
acariciada. Não se dava por satisfeita, repetia o ato muitas e muitas vezes, esbaldava-se com a chegada da matriarca.
Xikita só faltava morrer de alegria ao receber cada um dos seus súditos.
A Cocker Spaniel não perdoava, para a cadela a noite era toda sua, a noite era a sua recompensa,
neste período todos em casa e à vontade, neste período todos estavam ao seu dispor, afinal de contas era a rainha, a princesa, a
dona do lar, todos viviam sob a batuta do seu reinado, vivia no absolutismo.
Hoje o Jorjão continua o Jorjão, o Jorginho agora o Dr. Jorge, a Vanessinha uma
renomada jurista, e agora é a matriarca,
merecidamente, o centro das atenções.
A Xikita configura saudades, lembranças, socialização, risadas,
choros e a certeza que valeu a pena a convivência passageira com a inocência, a alegria, a criancice, a bondade, a amizade e a simplicidade de
um mundo sem amarras, sem sofisticações
e irracional
da inesquecível XIKITA.
Muitas
são as famílias, que para a socialização, necessitam destas pequenas e descompromissadas Xikitas.
Iderval
Reginaldo Tenório
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Um comentário:
Bela história. Kkkkkk
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