Jacob Zuma renuncia como presidente da África do Sul
Zuma, debilitado por um escândalo de desvio de recursos públicos, anunciou em um discurso televisionado à nação
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14 fev 2018, 20h41 - Publicado em 14 fev 2018, 19h14
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Zuma, debilitado por um escândalo de desvio de recursos públicos, anunciou em um discurso televisionado à nação, que havia tomado “a decisão de se demitir como presidente da República com efeito imediato, embora esteja em desacordo com a direção da minha organização”.
“Devo aceitar que meu partido e meus compatriotas querem que vá embora”, disse Zuma.
Com o país aguardando que Zuma definisse seu futuro, a Polícia realizou uma batida na quarta-feira pela manhã na casa em Johanesburgo da polêmica família Gupta, no centro dos escândalos que afetam o presidente.
A operação foi feita no âmbito das investigações sobre o suposto tráfico de influências e desvio de recursos públicos de um grupo de empresários muito próximos do presidente Zuma.
Depois de várias semanas de frustradas negociações com Zuma, que mergulharam o país em uma importante crise política, a direção do ANC decidiu na terça-feira exigir que deixe o poder o quanto antes.
O Comitê Executivo do partido governista (NEC) “decidiu (…) tirar o companheiro Jacob Zuma”, anunciou o secretário-geral do partido Ace Magashule, horas depois de uma longa reunião que refletiu as divisões dentro do ANC.
Cyril Ramaphosa, que assumiu em dezembro a liderança do ANC, busca a saída de Zuma, afetado por vários casos de corrupção, com o objetivo de evitar uma catástrofe eleitoral nas eleições gerais de 2019.
A princípio, o presidente sul-africano não tem nenhuma obrigação constitucional de respeitar a decisão do NEC.
“É muito injusto”
Jacob Zuma havia permanecido em silêncio por vários dias.Na quarta-feira, declarou à TV pública: “é muito injusto que este tema seja trazido permanentemente”.
“O que fiz? Ninguém pode me dar razões”, acrescentou em alusão ao pedido de renúncia do NEC de seu partido.
Na noite de segunda-feira se manteve em sua postura negado a se demitir, quando Cyril Ramaphosa foi pessoalmente à sua residência, em Pretória, pedir que renunciasse como a saída mais digna.
A oposição, que reivindicou a dissolução do Parlamento e eleições antecipadas, considerou o episódio de segunda-feira de Ramaphosa como uma prova de fragilidade do líder máximo do ANC.
“O fato é que Jacob Zuma continua sendo presidente e tem o poder”, lamentou o chefe da opositora Aliança Democrática (DA), Mmusi Maimane. “A única forma de afastá-lo é votando no Parlamento uma moção de censura”, insistiu.
O ANC é o partido que esteve no poder da África do Sul desde o fim do apartheid em 1994. Mas nos últimos anos perdeu popularidade ao se ver salpicado por vários escândalos de corrupção, enquanto o país sofre com uma desaceleração econômica.
Ex-presidente Lula se encontra com presidente sul-africano Jacob Zuma
16/11/2012 17:50
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Para baixar imagens em alta resolução, visite o Picasa do Instituto Lula.
O ex-presidente Lula reforçou um convite para que Zuma participe do encontro “Novos enfoques unificados para acabar com a fome”, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da União Africana. Esse encontro, que acontecerá nos dias 30 de junho e 1º de julho do ano que vem em Adis Abeba, na Etiópia, conta com o apoio do Insituto Lula e discutirá o combate à fome e à miséria nos países africanos. Estão sendo convidados para a reunião chefes de Estado e de Governo africanos, estudiosos, especialistas, comunidades econômicas e organismos multilaterais que atuam na África, empresas, investidores e as principais ONGs e fundações dedicadas à ajuda humanitária no continente.
Durante uma conversa amigável, Lula lembrou ainda que a África do Sul colecionou experiências importantes para trocar com o Brasil durante a organização da última Copa do Mundo.
A colaboração com o continente africano é um dos eixos de trabalho do Instituto Lula.
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