quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

A MULHER , O CARNAVAL E O BRASIL



A MULHER , O CARNAVAL E O BRASIL


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O Carnaval

De longe e muito longe não é hoje o carnaval como o de antigamente, quando naquela época era o carnaval uma manifestação popular dos populares, uma manifestação espontânea e pueril  dos não populares , uma festa de responsabilidade administrativa dos gestores e dos organizadores, o carnaval era dos amantes, dos sonhadores, das crianças, dos velhos, dos palhaços, dos tristes, dos alegres, dos homens, das mulheres, do sol , da lua , dos índios, dos transviados, dos cabeludos e dos inocentes.

Hoje o carnaval é uma vitrine para os políticos lançarem e sedimentarem os seus nomes para cargos  eletivos futuros com o erário publico, é o carnaval a maior peça publicitária para o mal, onde escancara e incentiva o consumo do álcool  em todas as idades  ,e em todos os recantos da nação . 

Os mentores expõem as suas peças publicitárias em todos os portais visíveis, nas telas das televisões,  nas paginas dos jornais, nas ruas e nos nichos receptores dos foliões de posses, os aeroportos e os hotéis  numa verdadeira enxurrada de desinformação, destruindo todos os ensinamentos postos pelos pais e pelos professores durante o ano que antecede a momesca festa por puro interesse de poder  político, econômico  e de dominação de castas.

 Agora o mais grave é a exposição demasiada da mulher a transformado numa mercadoria, principalmente as mais bem dotadas  de corpo, bumbuM, coxas, cintura  , seios artificiais  , as   plásticas  esculturais e  as mulheres  midiáticas , estas com os seus nus precisam de  eternas sessões de manutenção, para as quais existem os mantenedores,  são maquiadas e transformadas em estrelas inatingíveis  com a finalidade de se  replicarem em milhares de adolescentes imaturas em todas as classes sociais, principalmente nas camadas mais  baixas, utilizadas como mercadorias depois de ensopadas de álcool etílico e das frenéticas músicas enxertadas  de  coreografias obscenas, são geralmente matérias de consumo.

É este carnaval onde os homens se manifestam, se vestem de mulheres e num crescente vão caricaturando  os seus desejos , suas  vontades e os seus gestos, é neste carnaval que mergulhados no som, na multidão e na liberdade os seres humanos manifestam  as suas preferências  sexuais, os homens e as mulheres se beijam, se entrelaçam, se expõem e  se revelam ao público como a comunicar as suas preferência  embutidas até aquela data, é no carnaval onde se descobrem as  suas diretrizes,  que desinibidas  circulam pelo mundo de cada um.

O carnaval passou a ser a gaiola dos loucos, dos inibidos, dos enrustidos, dos políticos, dos grandes que sabem  armar arapucas para aprisionarem  um  povo inofensivo e inocente. 

 O carnaval deixou de ser a maior festa popular criada para extravasar as mágoas, a solidão, o sofrimento e o sentimento de desigualdade social, passando a ser um poderoso instrumento de criador de famosos, de ricos, de mandantes políticos  e de musas(os)  de areia , de gelo ou de fumaça que servem de formas para o fabrico de uma juventude frágil, superficial e mais distante da realidade do torrão em que vive.

O carnaval precisa voltar a ser carnaval , não precisa ser arcaico, melancólico, saudoso e nem depressivo.

 O carnaval precisa e deve voltar a ser apenas um carnaval. 

Alegria, alegria , alegria , jamais uma fabrica de loucos,  privatizado e excludente.

Viva o Carnaval  , viva a maior festa popular deste país e vamos valorizar a mulher brasileira.

Iderval Reginaldo Tenório


Ednardo- Longarinas [Berro- 1976] - YouTube


 

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