terça-feira, 25 de julho de 2017

Dengue, zika e chikungunya

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Dengue, zika e chikungunya:

Dengue, zika e chikungunya: os três vírus circulam ao mesmo tempo pelo Brasil, colocando em risco a saúde da população. O que essas doenças têm em comum? O mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti.
O verão, período com maior concentração de chuvas e sol, é a estação do ano em que os mosquitos encontram as condições ideais para se multiplicarem mais rápido, aumentando o risco de proliferação. Durante esse período, o ciclo de reprodução do mosquito é de apenas seis dias. Enquanto no inverno, chega a durar 12 dias.
O alerta é para redobrar os cuidados com os detalhes. Uma vez que, a melhor forma para evitar as doenças é combater o mosquito, através da eliminação dos criadouros nas casas, trabalho e áreas públicas. E essa é uma tarefa de todos!
Saiba mais: Situação e enfrentamento da dengue, chikungunya e zika - Dados do Ministério da Saúde
Para entender mais sobre a dengue, zika e chikungunya, confira a entrevista com a Dra. Ivana Belmonte, chefe do Centro de Vigilância Ambiental da Secretaria Estadual da Saúde do Paraná.

Quais são as principais doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti?

Nós temos hoje, circulando no Brasil: dengue, zika, chikungunya. Mas, o mosquito Aedes aegypti também pode transmitir febre amarela urbana e alguns casos Mayaro foram detectados, que também é uma nova arbovirose.

Em relação aos sintomas, quais são as principais diferenças entre dengue, chikungunya e zika?

Chikungunya tem uma dor mais intensa do que a dengue e o zika vírus e, além da febre alta, traz uma dor articular muito grande.  O zika vírus traz um exantema, aquelas manchas vermelhas pelo corpo, que parecem com uma rubéola ou sarampo, que provocam coceira. Já a dengue traz uma febre alta. Existem também, as náuseas e os vômitos quando alguns desses casos se agravam, principalmente os de dengue. Então, nós orientamos a população para buscar ajuda médica o mais rápido possível, se tiver qualquer um desses sintomas: dor de cabeça, dor no corpo, dor muscular, dor nas articulações, vermelhidão no corpo, mal-estar, ânsia e/ou vômitos.

Até pouco tempo, falava-se que esse mosquito preferia água limpa para depositar seus ovos. Agora, sabe-se também que pode ser na água suja. Como é isso?

Ele gosta de água parada. Prefere água limpa, com certeza. Mas, se não tiver, ele vai depositar os ovos na água que encontrar. Lembrando que ele precisa de uma superfície para depositar os ovos. Por isso que o lixo jogado serve como essa superfície fixa. E, havendo acúmulo de água, vai haver a proliferação do vetor.

Quais são os riscos do vetor para as grávidas e recém-nascidos?

É importante que a gestante faça, principalmente, a prevenção através da eliminação de qualquer criadouro que ela possa ter na sua residência. Depois, ela vai ter que fazer a sua proteção individual. Primeiramente, o uso de roupas de mangas longas e calças compridas, de preferência de cores claras, já que as cores escuras atraem insetos. Nas partes do corpo que ficarem expostas, é preciso utilizar os repelentes recomendados pelo Ministério da Saúde e pelo seu médico.

Por que o Brasil está perdendo esta guerra contra o Aedes aegypti?

Primeiro, por conta da nossa postura como cidadão, de não verificarmos a nossa residência semanalmente, o nosso entorno, os locais onde trabalhamos, vivemos e passamos. Não só fazer denúncias. Precisamos pensar no que nós podemos fazer para mudar essa situação

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