sexta-feira, 16 de junho de 2017

SUICÍDIO- UMA SOLUÇÃO EQUIVOCADA



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Devido o grande número de suicídio , o país e o mundo lançará a maior campanha internacional contra este ato , cabe ao mundo participar desta luta.

Iderval Reginaldo Tenório

Dados alarmantes – 
 De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 800 mil pessoas se suicidam por ano em todo o mundo. No Brasil são quase 12 mil casos por ano. Para a ABP e o CFM, falta uma política de atenção, com infraestrutura e recursos humanos suficientes, para ajudar quem sobre com stress, depressão e esquizofrenia, transtornos que podem levar ao desejo suicida.

O Brasil é o quarto país latino-americano com o maior crescimento no número de suicídios entre 2000 e 2012, segundo relatório divulgado na última semana pela OMS. Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes – alta de 17,8% entre mulheres e 8,2% entre os homens. Chama a atenção o fato de o número de mulheres que tiraram a própria vida ter crescido mais (17, 80%) do que o número de homens (8,20%) no período de 12 anos. A mortalidade de pessoas com idade entre 70 anos ou mais é maior, de acordo com a pesquisa.

O presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva, chama a atenção para a subnotificação dos casos, pois, segundo ele, grande parte das tentativas de suicídio não chega aos registros oficiais por não existir notificação compulsória. “Ainda faltam políticas públicas voltadas especialmente para o grupo, entre elas ambulatórios especializados e um serviço telefônico gratuito e nacional que funcione 24 horas. Além desses serviços, a OMS acrescenta medidas como reduzir acesso a armas de fogo, pesticidas e medicamentos, principais métodos usados na prática”, disse.

Em 2006, o Ministério da Saúde publicou uma portaria com as diretrizes do que seria uma estratégia nacional de prevenção ao suicídio. Entre as medidas estavam previstas campanhas para informar e sensibilizar a sociedade de que o suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido. Segundo as entidades médicas, no entanto, até agora a política não saiu do papel. Ao contrário disso, segundo último levantamento elaborado pelo CFM sobre leitos no Brasil, só em psiquiatria foram desativados quase 7.500 leitos em todo o país entre janeiro de 2010 e julho do ano passado.

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