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Juazeiro do Norte - Luiz Gonzaga - Viva meu padim com incerts
O DIA DA EMANCIPAÇÃO POLITICA DO JUAZEIRO DO NORTE
O
dia 30 de agosto de 1910 foi proclamado o Dia da Libertação do
Juazeiro. Neste dia os fundadores do Jornal O Rebate, Dr Floro
Bartolomeu e o Padre Alencar Peixoto conseguiram com chave de ouro abrir
para o povo a luta pela libertação do povoado, a finalidade era que Juazeiro fosse declarado município e se desligasse do Crato.
Do dia 29 para o dia 30 de agosto de 1910 o povoado foi despertado com salvas de tiros e bombas, mais de 15 mil pessoas se aglomeram na Rua Grande e ouviram os discursos inflamados do
Padre Alencar Peixoto e do Dr Floro Bartolomeu, depois partiram para a
casa do Padre Cícero que tinha que abrir as portas para o povo e também
discursar, foi o maior movimento já visto no povoado pedindo a sua
emancipação.
O
Coronel Antonio Luiz Pequeno, prefeito do Crato, conseguia cozinhar o
movimento que crescia diuturnamente, enviou um batalhão para acabar
com o movimento à força, prometendo até a execução sumária, os soldados
recuaram diante da grandeza e da importância do levante, o Padre
esboçou até sair do município para não presenciar tamanha atrocidade
contra o seu povo, o Coroenel fez propostas, enviou representantes,
negociou as dívidas dos comerciantes (os Impostos) e prometia a
libertação, grandes foram as lutas diplomáticas, os coronéis da região
(Barbalha, Missão Velha, Milagres) declararam apoio a Juazeiro. Muitas
foram as passeatas e as manifestações públicas, O Rebate não dormia e
cotidianamente publicava artigos chamando o povo e mostrando que
Juazeiro não poderia ser mais agregado ao Crato, o movimento crescia e
não teria mais volta, o fulcro era a vontade de um povo que só queria a
libertação, a autonomia municipal.
A
Impressa da capital era contra o levante, contra o movimento paredista
do Juazeiro e no dia 20 de Julho de 1911 o JORNAL UNITÁRIO de Fortaleza
publicava um artigo assinado pelo jornalista João Brígido desdenhando do movimento, dizia que Juazeiro nascera para ser VILEZA, jamais chegaria a Município, calou-se dois dias depois, quando a Lei 1028 de 22 de Julho de 1911 foi votada e aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado do Ceará oficializando a criação de
mais um município, dando a sonhada independência ao povo do Padre
Cícero. A festa foi de noite adentro até o amanhecer do dia 23.
Foram
reservados para o novo município, 224 quilômetros quadrados no coração
do cariri, a divisa com Barbalha limitada pela Lagoa Seca, com São Pedro ( hoje Caririaçu) limitada pelo Riacho dos Carneiros, com o Crato pelo Riacho São José e com Missão Velha o Rio
Carás. Do embrião Tabuleiro Grande nascia o mais próspero município do
interior do Ceará, sob a batuta do padre Cícero Romão Batista,
capitaneada por dois condutores pra lá de inflamados, o Dr Floro e o
Padre Peixoto e uma população pujante , sedenta, altiva , cansada de
sofrer e de enviar divisas financeiras para o município sede, o Crato do
Coronel Antonio Luiz Pequeno.
O Presidente do estado do Ceará o Dr Antônio Pinto Nogueira Accioly, casado com a filha do Dr Tomás Pompeu de Sousa Brasil, o Senador Pompeu, de quem herdou seu legado político, logo designou o Padre
Cícero como o chefe do partido local, o arrebatando para a politica
partidária, o Padre passou a ser chefe politico do município e da
região, introduzindo a cidade em quase todos os acontecimentos
históricos do Brasil, Juazeiro passou a ser um foco visível para a
nação e tema obrigatório em todos as rodas políticas.
Foi solicitado a escolher o primeiro prefeito do novo municipio, quatro foram os nomes a perseguir o cargo.
1-Dr Floro Bartolomeu médico , amigo do Padre , fundador do Jornal O Rebate e ferrenho brigador.
2- o Padre Alencar Peixoto, padre de pavio curto, também fundador do O Rebate, ferrenho ativista, amigo do Padre Cícero e o mais interessado em ser prefeito.
3- o comerciante José André, homem influente e rico do município, um dos negociadores do pacto de paz com os gestores do Crato.
4- o major Joaquim Bezerra, grande latifundiário e de posição do povoado, descendente do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro proprietário da Fazenda Tabuleiro Grande em cujas terras nascera o pequeno povoado .
2- o Padre Alencar Peixoto, padre de pavio curto, também fundador do O Rebate, ferrenho ativista, amigo do Padre Cícero e o mais interessado em ser prefeito.
3- o comerciante José André, homem influente e rico do município, um dos negociadores do pacto de paz com os gestores do Crato.
4- o major Joaquim Bezerra, grande latifundiário e de posição do povoado, descendente do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro proprietário da Fazenda Tabuleiro Grande em cujas terras nascera o pequeno povoado .
O Padre fez uma analise e estudou cada pretendente, pelo perfil do Alencar Peixoto o excluiu, era também a vontade do Dr Accioly explicitada a posteriori por telegrama, com
esta atitude ganhou um dos maiores inimigos, o Padre Peixoto, que saiu
atirando para todos os lados, dizia que tinha a promessa de ser o
escolhido.
O outro foi o Dr Floro, este foi avacalhado publicamente pelo Padre Alencar Peixoto, não tinha condições por diversos motivos, inclusive por ser um forasteiro recem chegado ao povoado, era um medico baiano que chegara ao municipio em 1907, sem caráter e sem nenhuma expressão na região do cariri, o Padre Cícero compreendeu o recado, também o descartou.
Ficaram o comercante(José André) e o latifundiário(o major Joaquim Bezerra) os homens mais ricos do arraial, o povo ficou numa dúvida muito grande, enorme seria a responsabilidade do Padre Cícero em indicar um dos nomes, em apoiar um dos dois candidatos, foi criado um conflito e numa saída maestral, como dizem os grandes homens , numa saída salomônica, resolveu o Padre Cícero assumir ele próprio a cadeira de : O primeiro Prefeito do Juazeiro recebendo o apoio do presidente do Estado Dr Antônio Pinto Nogueira Accioly e de toda a população Juazeirense.
O outro foi o Dr Floro, este foi avacalhado publicamente pelo Padre Alencar Peixoto, não tinha condições por diversos motivos, inclusive por ser um forasteiro recem chegado ao povoado, era um medico baiano que chegara ao municipio em 1907, sem caráter e sem nenhuma expressão na região do cariri, o Padre Cícero compreendeu o recado, também o descartou.
Ficaram o comercante(José André) e o latifundiário(o major Joaquim Bezerra) os homens mais ricos do arraial, o povo ficou numa dúvida muito grande, enorme seria a responsabilidade do Padre Cícero em indicar um dos nomes, em apoiar um dos dois candidatos, foi criado um conflito e numa saída maestral, como dizem os grandes homens , numa saída salomônica, resolveu o Padre Cícero assumir ele próprio a cadeira de : O primeiro Prefeito do Juazeiro recebendo o apoio do presidente do Estado Dr Antônio Pinto Nogueira Accioly e de toda a população Juazeirense.
Foi assim que Juazeiro foi emancipado e ganhou o seu primeiro prefeito.
Iderval Reginaldo Tenório
Fontes diversas
Fontes principais- Lira Neto, Amalia Xavier de Oliveira, Renato Casimiro e Daniel Walker
Escutem Viva meu Padim de João Silva na voz de Luiz Gonzaga
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