segunda-feira, 29 de agosto de 2016

GOLPE OU IMPEACHMENT? A CRISE É POLÍTICA OU ECONÔMICA?

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GOLPE OU IMPEACHMENT? A CRISE É POLÍTICA OU ECONÔMICA?

Parafraseando  os  políticos , muitos brasileiros como papagaios repetem as suas palavras.
É golpe, fora Temer, governo eleito sem votos, não aconteceram as ditas  pedaladas,  a crise é política e não econômica,  é uma pá de cal na democracia brasileira, a  Presidenta foi eleita com 54 milhões de votos  dos brasileiros

Como meros trabalhadores e não conhecedores profundos das coisas da política , isentos e sem tendenciosidades,  muitos brasileiros fazem  a seguinte explanação puramente cidadã .
É histórico que cada grande partido brasileiro possui na sua lapela  35% dos votos do país , tem sido este o percentual que cada candidato eleito assume os seus cargos, foi assim com os governadores e com os presidentes eleitos antes da Dra Dilma Vanna Russef.  

O PT do Lula, o PSDB do Fernando Henrique , o DEM do Antonio Carlos Magalhães, o PSDB do Alkimin, todos foram eleitos com 35% dos votos válidos. 

No caso da Dilma,  a coisa foi diferente, houve o somatório dos 35 % dos votos do PT  com os votos dos  partidos aliados, sendo o PMDB  o maior  e que contribuiu no mínimo com 40% destes 54 milhões conseguidos, então não há de se negar , que o Temer levou Dilma ao Planalto, seria eleito aquele candidato que recebesse os votos do PMDB, chega-se à seguinte conclusão , o interino Temer foi eleito com os  20 milhões dos votos do PMDB  somados aos 34 milhões de  votos do  PT e dos seus aliados.

Passeando pelo momento econômico,  evoco que a economia de uma nação é estribada em três vieses, isto é, três setores,   dois que geram riquezas( a indústria e as commodities) e um que apenas a faz circular( Serviços/comércios), este setor é muito perigoso , pois ao mesmo tempo em que pode ser bom, pode ser muito ruim. Todas as vezes que os serviços/comércios vendem ou utilizam produtos fabricados na nação,  trazem benefícios, porém quando vendem ou utilizam produtos importados estão prestando um desserviço à nação,  uma vez que este modo está enviando divisas ( leia dólares) para os países exportadores, enquanto mais se consome mais pobre fica a nação que importa.

O modelo que o governo optou ou foi obrigado a seguir,  foi  o do consumo, esqueceu do setor produtivo industrial, este perdeu a competitividade, deixou de produzir dentro da nação, isto é, deixou de utilizar as commodities dentro do país . Como aconteceu o azeitamento do consumo com os programas de redistribuição da renda , a única saída para contemplar a população sedenta ,  foi incrementar a importação de tudo, da sandália ao tapete do banheiro. 

Com o fechamento da indústria brasileira,  o PIB começou a despencar, os programas sociais começaram a se avultarem e o governo começou a ter dificuldades em honrá-los, mesmo assim para não perder os votos e se manter no poder foram criados novos  programas, muitos  sem lastros financeiros.  A questão era como mantê-los, uma vez que,  o setor produtivo, o  industrial , não tinha recursos suficientes para tocar a nação e as suas gastanças, neste momento o governo fez uso de duas  ferramentas para produzir dinheiro, a primeira foi  vender todas as suas commodities desesperadamente, ferro, madeiras, frutas, carnes, soja e etc, levando ao desmatamento, ao assoreamento dos rios e o desmonte das suas chapadas em busca dos minérios, vide Mariana,  em vez de serem utilizadas na indústria nacional com agregação de valor e exportar o excedente,   a segunda ferramenta foi taxar a classe média que elegeu o Lula em 2003, foram criados taxas, impostos, encargos , terceirizações dos serviços públicos, parcerias públicos privados e outras manobras jamais imaginadas pelos brasileiros.

Com uma indústria pífia, com os países importadores em franco desaquecimento , com a queda da exportação das commodities , com uma classe média exaurida e anêmica, o país entrou em recessão e estagflação, o setor serviço/comércio que não gera riqueza e sim emprego sem sustentação, apenas para girar a economia  sentiu o baque, começou a perder a adsorção levando o país à maior crise vivida nos últimos 40 anos, isto foi cantando em verso e prosa em  todo o ano de 2013 e de 2014, estourando a bolha em 2015, o que ocasionou este nefasto momento que atravessa a nação.
O Brasil não vai bem, os brasileiros precisam trabalhar, a classe média  e de baixa renda  sofrem com a queda dos seus proventos  , a juventude precisando  de  escola, apenas de escola, principalmente de curso técnico e de um bom ensino fundamental , uma vez que  , tudo  de bom depois  virá como  consequência

São  nas escolas e nas famílias que se forjam os cidadãos. Viva o trabalho e viva a inclusão.Viva o Brasil que deveria ser bom para todos. Viva.

Iderval Reginaldo Tenório

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