O RABO DO JUMENTO- ELINO JULIÃO
Elino Julião é um Potiguar de Timbaúba dos Batista RN, se criou na cidade de Caicó no mesmo Estado. Possuía um Jumento chamado MOLEQUE, juntos ganhavam o pão de cada dia. O Julião além de carregar água e trabalhar na roça, era um divertido cantor e compositor nos forrós da vida.
Elino Julião trabalha na lavoura no Sítio Côco, lá pelos anos de 66 apareceu um sulista alto, magro, de cavanhaque amarelado, era um gazo conversador , se identificou como Nascimento e precisava de emprego, Elino Julião conversou com o patrão e conseguiu um emprego para o Nascimento como meeiro do sitio Côco. Todos os trabalhadores que trabalhavam de meia tinham direito a um pedaço de terra para plantar milho , feijão e outros produtos de subsistência. Todas as noites e nos fins de semanas Julião fazia a alegria da redondeza cantando forró.
Era mês de junho, milho pendoando, feijão maduro, melancia no ponto e o povo se animando para o São João, as roças eram cercadas com varas ou arames farpados, o jumento Moleque do amigo Julião comia solto e num belo dia de domingo, dia da feira de Caicó, o jumento Moleque apareceu no pátio de rabo cortado, o Moleque estava cotó, alguém, um mal elemento, um assassino havia cortado o rabo do jumento, foi aquele bafafá.
Quem cortou, quem fez uma desgraça daquela, quem era o espírito de porco.
Todos se transformaram em detetive, prometeram surrar o sujeito logo que encontrasse o mal feitor, não foi muito difícil encontrar o malalforge, a única roça que amanheceu destruída foi a do Nascimento, Nascimento era o único sujeito com mais de 1,9O de altura e já havia dito ao Julião que não aceitava que ninguém mexesse na sua roça e mais, todos os outros moradores tinham uma feição de irmandade com o amigo Moleque, o jumento já era da família, somente o Nascimento não tinha este comportamento , tem mais, o Nascimento gostava de uma cachaçada , neste dia chegou mais tarde e ninguém encontrou o seu facão, depois de 05 dias de desconfiança o homem sumiu do Sítio, o homem evadiu do tranco, não restou dúvidas, foi o Nascimento que arrancou o rabo do jumento.
Nascimento sumiu.
Quem cortou, quem fez uma desgraça daquela, quem era o espírito de porco.
Todos se transformaram em detetive, prometeram surrar o sujeito logo que encontrasse o mal feitor, não foi muito difícil encontrar o malalforge, a única roça que amanheceu destruída foi a do Nascimento, Nascimento era o único sujeito com mais de 1,9O de altura e já havia dito ao Julião que não aceitava que ninguém mexesse na sua roça e mais, todos os outros moradores tinham uma feição de irmandade com o amigo Moleque, o jumento já era da família, somente o Nascimento não tinha este comportamento , tem mais, o Nascimento gostava de uma cachaçada , neste dia chegou mais tarde e ninguém encontrou o seu facão, depois de 05 dias de desconfiança o homem sumiu do Sítio, o homem evadiu do tranco, não restou dúvidas, foi o Nascimento que arrancou o rabo do jumento.
Nascimento sumiu.
O JUMENTO DO JULIÃO ENTROU NA ROÇA DO NASCIMENTO E FEZ AQUELE ESTRAGO, COMEU O MILHO, O FEIJÃO E ATÉ O COENTRO, O NASCIMENTO CHEIO DE CACHAÇA NÃO GOSTOU, PEGOU O FACÃO E ARRANCOU O RABO DO MOLEQUE, FOI O ASSUNTO DO DIA E DA SEMANA, O NASCIMENTIO SUMIU NO MUNDO E NUNCA MAIS APARECEU E NÃO SE SABE DO SEU PARADEIRO ATÉ OS DIAS DE HOJE.
O Elino Julião não contou conversa, sacou da sanfona e sapecou a musica “O RABO DO JUMENTO” que foi o seu maior sucesso, foi convidado a cantar no Recife, caiu nas graças do Coronel Ludugero, um dos maiores humoristas do nordeste, nas graças de Luiz Gonzaga e de mais de 100 forrozeiros tirando o Elino da sarjeta financeira, transformando-o num dos mais importantes compositores do Nordeste e do Brasil.
Numa de suas entrevistas ele agradece ao Nascimento , inclusive fala:” onde você estiver, onde você se encontrar escute esta música”, agradece também ao seu jumento a importante página musical, apesar do mal causado ao seu amigo Moloque, o Nascimento lhe presenteou com uma bela inspiração, compor , cantar e denunciar o fato para a humanidade.
Não tem mal que não venha para o bem, o favor que o Elino fez ao Nascimento arranjando um emprego, foi pago por outro favor ao contrário, causando um mal ao seu belo animal e o bem para a sua carreira profissional, foi depois deste fato que o Elino Julião se tornou numa das lendas do Nordeste.
O Rabo do Jumento foi sucesso nacional, foi quem deu pão e casa ,foi quem abriu as portas do Brasil para um simples compositor Potiguar.
O Rabo do Jumento foi sucesso nacional, foi quem deu pão e casa ,foi quem abriu as portas do Brasil para um simples compositor Potiguar.
“ Nascimento, eu não quero pagamento, eu quero é outro rabo no jumento”
FOI TAMBÉM COM O RABO DO JUMENTO MOLEQUE QUE O CORONÉ LUDUGERO VIAJOU POR ESTE BRASIL AFORA.
ELINO JULIÃO UM NORDESTINO DO BEM.
Iderval Reginaldo Tenório
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O Rabo do Jumento
Você disse que é brabo nascimento
Você cortou o rabo do jumento
Eu não quero pagamento, nascimento
Eu quero é outro rabo no jumento
Você cortou o rabo do jumento
Eu não quero pagamento, nascimento
Eu quero é outro rabo no jumento
Ele entrou no seu roçado junto com o gado
Comeu um pezinho de coentro
Nascimento eu não quero pagamento
Eu quero é outro rabo no jumento
Comeu um pezinho de coentro
Nascimento eu não quero pagamento
Eu quero é outro rabo no jumento
Mas você diz que é brabo, nascimento
Você cortou o rabo do jumento
Eu não quero pagamento nascimento
Eu quero que outro rabo no jumento
Você cortou o rabo do jumento
Eu não quero pagamento nascimento
Eu quero que outro rabo no jumento
Veja pessoal, que mau elemento
Não sei se o animal é ele ou o jumento
Nascimento eu não quero pagamento
Eu quero é outro rabo no jumento
Não sei se o animal é ele ou o jumento
Nascimento eu não quero pagamento
Eu quero é outro rabo no jumento
Elino Julião
Elino Julião (Timbaúba dos Batistas, 13 de novembro de 1936 — 20 de maio de 2006) foi um cantor de forró conhecido pela forte ligação à cultura regional do quente sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte.
Filho de Sebastião Pequeno, tocador de cavaquinho e Concertina. Foi menino butador d'água junto ao seu estimadíssimo jumentinho "Moleque", no sítio Tôco, onde cantarolava batendo numa lata as modinhas que aprendia na festa de Sant`Ana em Caicó - RN. Na casa grande da fazenda, onde se reuniam os moradores da redondeza, Elino Julião fazia a alegria da rapazeada. Costumava sair da fazenda descalço e a pé, rompendo 18 km de caatinga para bater a famosa " peladinha " em frente à Igreja de Sant`Ana na cidade de Caicó e articular-se, claro, para cantar na sede do Caicó Esporte Clube, no domingo à tarde. Cantar para Elino, já era êxtase.
Nos anos 1950, destemidamente o garoto de 14 anos "pegou morcego" no caminhão de Artur Dias e veio para Natal, se escondeu no bairro das Quintas e logo garantiu seu espaço para cantar no Programa Domingo Alegre da Rádio Poti, junto ao radialista Genar Wanderley e no animado Forró da Coréia, onde hoje é o o Estádio de futebol Machadão, forró esse que o inspirou a compor um dos seus grandes sucessos: "O forro da Coréia".
Menino esperto que trouxe no sangue as raízes do autêntico "forró pé de serra" do sertão nordestino, registrou e divulgou com originalidade e alegria a cultura e as tradições dos folguedos populares nordestinos por mais de de 4 décadas.
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