Contratar médicos militares pode ser alternativa, dizem senadores
- Líderes querem aprovar PEC que autoriza profissionais a atender no SUS
Junia Gama e Catarina Alencastro (
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BRASÍLIA — Enquanto o programa Mais Médicos tem a adesão de apenas 6% do contingente de profissionais necessários, o Congresso apresentou nesta terça-feira uma proposta que pode levar cerca de 7 mil médicos militares para o programa. Após reunião de quase três horas com a presidente Dilma Rousseff, os líderes da base aliada no Senado decidiram pôr em votação, nestaquarta-feira, a PEC 122, de 2011, que prevê a possibilidade de os médicos militares passarem a atender pelo Sistema Único de Saúde.
Assim, esses profissionais, que já atuam em fronteiras e em cidades do interior, passariam a exercer expediente duplo para atender à demanda por profissionais nas áreas em que médicos civis não desejam atuar. Segundo o Ministério da Saúde, há uma demanda de 15.460 vagas a serem preenchidas nas 3.511 cidades que aderiram ao programa. Sendo assim, a PEC 122, se aprovada, supriria quase metade da necessidade de médicos.
Ideli concorda com a ideia
Segundo o relator da PEC 122, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), houve unanimidade entre os militares a favor da aprovação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), porque é do interesse deles poder acumular cargos e, assim, aumentar a renda. Hoje, eles são proibidos por lei de atuar fora das Forças Armadas.
A sugestão dos senadores de votar a PEC 122 foi feita na reunião da presidente com 12 líderes aliados no Senado. Dilma reafirmou a disposição de melhorar as relações com o Congresso e deve estabelecer encontros rotineiros para discutir a pauta de votação.
Na reunião no Palácio do Planalto, com participação dos ministros Alexandre Padilha (Saúde), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), a presidente pediu para acelerar a tramitação da medida provisória do Mais Médicos, mas os líderes ponderaram que seria difícil, porque muitas emendas foram apresentadas ao texto. A comissão mista para analisar a MP será instalada hoje.
— A aprovação da PEC 122 poderá ajudar a reforçar o Mais Médicos — admitiu Ideli.
Outra sugestão, feita pelo líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), prevê aumento da remuneração para médicos residentes irem para o interior. Houve também sugestão de que as faculdades privadas sejam autorizadas a fazer o Revalida, que hoje é de competência exclusiva das federais. O líder do PCdoB, Inácio Arruda (CE), pediu que o governo reabra as emergências dos hospitais universitários.
Os líderes elogiaram a disposição da presidente de conversar mais com os aliados, e Dilma disse que essas reuniões serão mais frequentes, a cada 15 dias. Ela foi alertada de que, sem discussão, aumenta a possibilidade de derrubada de vetos. Ficou combinado que antes do dia 20, quando será realizada a primeira sessão de análise de vetos, a presidente voltará a se reunir com os líderes.
Assim, esses profissionais, que já atuam em fronteiras e em cidades do interior, passariam a exercer expediente duplo para atender à demanda por profissionais nas áreas em que médicos civis não desejam atuar. Segundo o Ministério da Saúde, há uma demanda de 15.460 vagas a serem preenchidas nas 3.511 cidades que aderiram ao programa. Sendo assim, a PEC 122, se aprovada, supriria quase metade da necessidade de médicos.
Ideli concorda com a ideia
Segundo o relator da PEC 122, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), houve unanimidade entre os militares a favor da aprovação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), porque é do interesse deles poder acumular cargos e, assim, aumentar a renda. Hoje, eles são proibidos por lei de atuar fora das Forças Armadas.
A sugestão dos senadores de votar a PEC 122 foi feita na reunião da presidente com 12 líderes aliados no Senado. Dilma reafirmou a disposição de melhorar as relações com o Congresso e deve estabelecer encontros rotineiros para discutir a pauta de votação.
Na reunião no Palácio do Planalto, com participação dos ministros Alexandre Padilha (Saúde), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), a presidente pediu para acelerar a tramitação da medida provisória do Mais Médicos, mas os líderes ponderaram que seria difícil, porque muitas emendas foram apresentadas ao texto. A comissão mista para analisar a MP será instalada hoje.
— A aprovação da PEC 122 poderá ajudar a reforçar o Mais Médicos — admitiu Ideli.
Outra sugestão, feita pelo líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), prevê aumento da remuneração para médicos residentes irem para o interior. Houve também sugestão de que as faculdades privadas sejam autorizadas a fazer o Revalida, que hoje é de competência exclusiva das federais. O líder do PCdoB, Inácio Arruda (CE), pediu que o governo reabra as emergências dos hospitais universitários.
Os líderes elogiaram a disposição da presidente de conversar mais com os aliados, e Dilma disse que essas reuniões serão mais frequentes, a cada 15 dias. Ela foi alertada de que, sem discussão, aumenta a possibilidade de derrubada de vetos. Ficou combinado que antes do dia 20, quando será realizada a primeira sessão de análise de vetos, a presidente voltará a se reunir com os líderes.
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