quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

RENAN FECHA SERVIÇO MEDICO DO SENADO.Servidores do Senado protestam contra extinção do serviço médico


Servidores do Senado protestam contra extinção do serviço médico

DE BRASÍLIA
GABRIELA GUERREIRO

Cerca de 200 servidores fizeram um protesto nesta quarta-feira (27) contra a extinção de parte do serviço médico do Senado. Os profissionais de saúde devem ser transferidos para o SUS (Sistema Único de Saúde).
De mãos dadas e adesivos simulando uma "mordaça" na boca, os servidores se vestiram de branco e percorreram os principais corredores do Senado.
O protesto, silencioso, teve início no prédio do serviço médico. Os servidores deram um "abraço simbólico" no edifício, que fica localizado na área externa do Senado.
Eles cantaram o hino nacional e seguiram para dentro do prédio principal da instituição.
Lula Marques/Folhapress
Servidores fazem protesto contra fim do serviço médico
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Servidores fazem protesto contra fim do serviço médico
A "mordaça", segundo os manifestantes, representa o fato de não terem sido ouvidos pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em sua decisão de encerrar os trabalhos do serviço médico.
O protesto terminou em frente ao gabinete de Renan, que não os recebeu.
O senador decidiu extinguir o serviço médico na semana passada, quando anunciou uma reforma administrativa que prevê uma economia de R$ 262 milhões por ano.
Pressionado por movimentos anticorrupção para deixar o cargo, Renan prometeu adotar medidas de "transparência" e cortes de gastos na instituição.
Por sugestão do ministro Alexandre Padilha (Saúde), o senador pretende colocar os cerca de 130 médicos e outros profissionais da área à disposição do governo do Distrito Federal.
A ideia de Padilha é transferi-los para o SUS (Sistema Único de Saúde), em locais que ainda serão definidos em conjunto pelo Senado e o governo do DF.
Renan anunciou que o serviço médico será mantido apenas para casos de emergência. Além de médicos, o serviço de saúde do Senado conta com dentistas, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos, entre outros.
Os salários dos profissionais concursados, segundo o senador, vão continuar a ser pagos pelo Senado --o que, na prática, não representa economia para a instituição.
O pemedebista, porém, classificou de "absurdo" o fato de o Senado manter um serviço uma vez que parte dos servidores tem plano de saúde custeado pela instituição.
O Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo) prometeu ingressar hoje com mandado de segurança na Justiça do Distrito Federal para tentar suspender a decisão.
O presidente do sindicato, Nilton Paixão, disse que a reforma administrativa de Renan foi implantada de forma ilegal.

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