quinta-feira, 18 de agosto de 2016

NÃO BRIGUEM. NA POLITICA TODOS PERTECEM AO MESMO BALAIO. DEPOIS DO PLEITO TUDO É PREFUME E FULÔ

 
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Estive no Sul do Ceará e  senti o calor da Campanha Eleitoral entre os populares. Na verdade o que existe é um grupão de duas cabeças, cada uma querendo puxar a campanha e os votos para o seu lado, digo um grupão porque os seus componentes fazem parte da mesma corrente, fazem parte dos dois partidos que dirigem a nação- O PT de Lula e Dilma  e o PMDB de Temer e Sarney, para onde os votos forem cairão  no mesmo buraco, na mesma caçapa.

Os líderes e os cabeças são politicamente falando  amicíssimos , na verdade lutam apenas para saber  quem conduzirá  a tocha da vitória, não existirá perdedor ou não existirão perdedores no cume da pirâmide , tudo é questão de tempo, mais tarde estarão no mesmo barco, nas mesmas salas , nos mesmos restaurantes compartilhando as rodadas de Escoceses , Italianos e caviar russo.

Todos , todos sem faltar uma só vírgula,  bem remunerados e detentores de grandes patrimônios, apenas revezam  , revezam porque continuar no poder por muito tempo cansa , politicamente é chato e dá muitas margens para desconfiança. 

O acordo é revezar e que briguem as formigas , que briguem os que estão  na raia baixa,  os incautos cidadãos.

De sobra e para trás ficarão famílias e seculares amizades estraçalhadas, são piabas que lutam para garantir migalhas para as suas sobrevivências, ferindo escancaradamente até a honra dos seus componentes, famílias que depois do pleito se olharão de soslaio, não mais se  tocarão consanguinamente , ficarão com alguma diferença, tudo pela defesa inconsequente do pão de cada dia, que deveria não ter nenhuma ligação com o direito da cidadania  , que é a liberdade de exercer o ato de votar com o carimbo e a chancela da  AUTONOMIA , uma vez que o VOTO É SECRETO.

Famílias deixem os cabeças disputarem  o poder e jamais destruam o mais sagrado vínculo que existe entre os seus componentes . 

A família é para sempre , a posição política depende do interesse de cada componente e muda de safra em safra, os cabeças sempre ganharão e as formigas sempre serão uma incógnita.  

Exercitem a cidadania, votem conscientemente e lutem por melhores empregos sem a tutela de seres estranhos à sua pessoa, vençam sem padrinhos emprestados e que mudam de idéias de tempos em tempos. 

Eleitores reflitam, pensem e decidam pelo melhor para a comunidade.

Aproveito este meu comentário e publico do grande Bertold  Brecht  a mais importante e contundente mensagem para o homem civilizado.

MEDITEM.( Se os tubarões fossem homens).
 Iderval Reginaldo Tenório

UMA VERDADEIRA CANDIDATA A VEREADORA ASSIM SE PRONUNCIOU



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Relato do Candidato

Parei o carro de som, que eu mesma dirijo fazendo a minha propaganda eleitoral, numa rua da cidade para comprar uma água mineral quando fui abordada por uma mulher que de pronto me falou: A senhora é candidata? Respondi que sim e ela foi logo dizendo: Lá em casa são 10 votos e estou precisando de um “Bojão de Gás e pagar 3 papel de luz atrasado”. Vamos lá em casa é bem ali no meio do quarteirão. T
omei um gole de água, olhei para as pessoas que estavam na bodega e disse: De quanto à senhora precisa? Ela respondeu: Com 200 reais compro o “bojão de gás” e pago a luz. Pedi para que ela sentasse num banquinho e falei para ela: A senhora me disse que em sua casa tem 10 votos não foi? E ela disse: foi. Então falei: Se a senhora dividir os 200,00 por 10 pessoas, dá 20 reais por votos, não é mesmo? Ela se levantou e disse: “Então quero é 500,00 que dá 50,00 que o tanto que tão pagando por voto aqui no bairro”. Retomei a palavra e disse: Veja bem Dona Maria do Carmo (este é seu nome), um Vereador passa 1.460 dias na Câmara, durante os 4 anos de mandato. Se dividirmos os R$ 500,00 pelos 1.460 dias corresponde a R$ 0,34 (Trinta e quatro centavos por dia). Isso significa dizer que é a mesma coisa do Vereador dizer: Se vocês 10 votarem em mim, durante os quatro anos que eu passar no poder, todo dia passo aqui e lhe dou trinta e quatro centavos por dia. Ela levantou-se e disse: sendo assim vou pedir mais. Levantei do banquinho, tomei o último gole de água do copo e disse: Minha senhora, Deus lhe abençoe. Saí de lá triste e disposta a ajudar a pobre criatura e concluí que a melhor forma de ajudá-la, era sair dali e trabalhar, trabalhar muito para lutar com fé e determinação para que as pessoas humildes e esclarecidas de nossa terra possam colocar na Câmara candidatos que tem compromisso com o Desenvolvimento de Juazeiro do Norte – A Terra do padre Cícero.


        Rosangela Maria Reginaldo Tenório                                                                       





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Diana Pequeno - Blowin'in the wind .wmv

Diana Pequeno - Blowin'in the wind DIANA PEQUENO 1978 De B. Dylan/Versão: D. Pequeno
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MENSAGEM PARA OS ELEITORES BRASILEIROS- SEJA CIDADÃO E NÃO CAPACHO

MENSAGEM PARA OS ELEITORES BRASILEIROS- SEJA CIDADÃO E NÃO CAPACHO



MENSAGEM PARA OS ELEITORES BRASILEIROS- SEJA CIDADÃO E NÃO CAPACHO

MENSAGEM PARA OS ELEITORES BRASILEIROS

VOTO CONSCIENTE É O EXERCÍCIO DA CIDADANIA. 

VOTEM PARA O BEM DA COMUNIDADE E NÃO PENSANDO APENAS EM VOCÊ, NO SEU UMBIGO. 

NÃO DESTRUAM AS FAMÍLIAS E NEM AS AMIZADES SECULARES  POR MIGALHAS EXTERNAS.




MENSAGEM PARA OS ELEITORES 2012.
VOTO CONSCIENTE  É O EXERCÍCIO DA CIDADANIA.
VOTEM PARA O BEM DA COMUNIDADE E NÃO PENSANDO APENAS EM VOCÊ, NO SEU UMBIGO.
NÃO DESTRUAM AS FAMÍLIAS  POR MIGALHAS EXTERNAS.

Estive no Sul do Ceará e  senti o calor da Campanha Eleitoral entre os populares. Na verdade o que existe é um grupão de duas cabeças, cada uma querendo puxar a campanha e os votos para o seu lado, digo um grupão porque os seus componentes fazem parte da mesma corrente, fazem parte dos dois partidos que dirigem a nação- O PT de Lula e Dilma  e o PMDB de Temer e Sarney, para onde os votos forem cairão  no mesmo buraco, na mesma caçapa.

Os líderes e os cabeças são politicamente falando  amicíssimos , na verdade lutam apenas para saber  quem conduzirá  a tocha da vitória, não existirá perdedor ou não existirão perdedores no cume da pirâmide , tudo é questão de tempo, mais tarde estarão no mesmo barco, nas mesmas salas , nos mesmos restaurantes compartilhando as rodadas de Escoceses , Italianos e caviar russo.

Todos , todos sem faltar uma só vírgula,  bem remunerados e detentores de grandes patrimônios, apenas revezam  , revezam porque continuar no poder por muito tempo cansa , politicamente é chato e dá muitas margens para desconfiança. 

O acordo é revezar e que briguem as formigas , que briguem os que estão  na raia baixa,  os incautos cidadãos.

De sobra e para trás ficarão famílias e seculares amizades estraçalhadas, são piabas que lutam para garantir migalhas para as suas sobrevivências, ferindo escancaradamente até a honra dos seus componentes, famílias que depois do pleito se olharão de soslaio, não mais se  tocarão consanguinamente , ficarão com alguma diferença, tudo pela defesa inconsequente do pão de cada dia, que deveria não ter nenhuma ligação com o direito da cidadania  , que é a liberdade de exercer o ato de votar com o carimbo e a chancela da  AUTONOMIA , uma vez que o VOTO É SECRETO.

Famílias deixem os cabeças disputarem  o poder e jamais destruam o mais sagrado vínculo que existe entre os seus componentes . 

A família é para sempre , a posição política depende do interesse de cada componente e muda de safra em safra, os cabeças sempre ganharão e as formigas sempre serão uma incógnita.  

Exercitem a cidadania, votem conscientemente e lutem por melhores empregos sem a tutela de seres estranhos à sua pessoa, vençam sem padrinhos emprestados e que mudam de idéias de tempos em tempos. 

Eleitores reflitam, pensem e decidam pelo melhor para a comunidade.

Aproveito este meu comentário e publico do grande Bertold  Brecht  a mais importante e contundente mensagem para o homem civilizado.

MEDITEM.( Se os tubarões fossem homens).
 Iderval Reginaldo Tenório

OS ELEITORES E AS SUAS DEFESAS

MUITOS ELEITORES BRASILEIROS DEFENDEM O INDEFENSÁVEL.

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NÃO SE DEFENDE OS INDEFENSÁVEIS ÍCONES BRASLEIROS.

Amigos o Brasil está atordoado, os nossos ícones políticos os cupins estraçalharam, como disse o Ministro J Wagner, o ex-governador da Bahia, todos se lambuzaram, não existem defesas, vivemos a derrocada de uma geração que do produzido pouco se aproveita,  um legado pífio e sem sustentabilidade, o pior amigos , é que a outra banda também é podre.
Fico preocupado com a falta de análise de muitos brasileiros , uma vez que só enxergam um lado,  quando deveriam olhar para o todo. 
 Ficará para a próxima geração, para os que não foram  contaminados pelo vírus da corrupção,  um fio de esperança, ficará para esta gama de novos homens que surgem,  a esperança de dias melhores , muitos são os políticos com boas intenções  , basta que não sejam contaminados por esta terrível e vergonhosa epidemia, a saga pelo poder e a fome pelo dinheiro.
Quem viver verá.
Iderval Reginaldo Tenório
Por mais que o sujeito coma, três bons pratos de feijão é o suficiente para matar a sua fome.
Iderval Reginaldo Tenório
Iderval Reginaldo Tenório

ESPERO O SEU COMENTARIO



Bezerra da Silva - Alô Malandragem, Maloca o Flagrante ...

https://www.youtube.com/watch?v=uiIWujcZawg
26 de ago de 2014 - Vídeo enviado por Baazze
Artista: Bezerra da Silva Álbum: Alô Malandragem, Maloca o Flagrante Ano: 1986 Track List: (00:00) 01

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A Seca de 1932 e os Campos de Concentração no Ceará


A Seca de 1932 e os Campos de Concentração no Ceará

O ano de 1932 foi mais um ano sem chuvas no Ceará. O ano anterior já fora um prenúncio de que viria mais um período de estiagem, já que o "inverno" fora ruim. 
Milhares de pessoas pereceram de fome, sede e doenças. O então presidente Getúlio Vargas (1930-1945) buscou combater a seca como uma questão nacional, ou seja, as medidas adotadas seriam tomadas diretamente pelo governo federal.
Liberou verbas para socorro aos flagelados, controlou o mercado para garantir um abastecimento mínimo e preços razoáveis e instruiu a Inspetoria Federal de Obras contra as Secas (IFOCS), a alistar sertanejos para trabalhar na construção de açudes, estradas, calçamentos, etc. .  
Mas nem todos os sertanejos conseguiam se engajar nas obras de emergência, pois não havia muitas vagas. Os trabalhadores, chamados pejorativamente de “cassacos”, trabalhavam de sol a sol, sempre sob o olhar repressor de feitores. A remuneração não era em moeda, mas em gêneros alimentícios, os quais na maioria das vezes eram desviados pelos encarregados da distribuição, ou tinham valores superfaturados.
Diante da penúria, inúmeros homens, mulheres e crianças se sujeitavam a migrar, a pé, ou em trens, em busca de auxilio e de outras cidades que lhes permitissem melhores condições de sobrevivência. 
As estações de trem passaram a ser locais de grandes tensões entre os retirantes e a polícia. Alguns trens chegaram a ser saqueados. Normalmente os trens despejavam os retirantes, na capital, perto do mar, onde se localizavam as últimas estações ferroviárias. Muitos erguiam casebres próximos à praia, o que contribuiu para a formação das primeiras grandes favelas de Fortaleza, a exemplo do Pirambu e Moura Brasil. 

Aquelas massas de miseráveis incomodavam aos moradores das cidades, pois levavam doenças, desordem e maus hábitos para onde iam e incomodavam aos comerciantes que temiam os saques e assaltos.
A solução encontrada pelas autoridades para enfrentar o problema foi desumana: para manter os retirantes em seus locais de origem e evitar que alcançassem Fortaleza ou outros centros urbanos do estado, as autoridades construíram campos de concentração, ou seja, acampamentos murados ou cercados de arame farpado onde eram alojados os flagelados.
A experiência dos campos de concentração já havia ocorrido na seca de 1915, no Alagadiço (atual São Gerardo). Os campos apresentavam uma estrutura básica, com posto médico, cozinha, barbearia, banheiros, capela e casebres, divididos em pavilhões para homens solteiros, viúvas e famílias, tudo muito precário.
Ninguém podia sair sem a permissão dos inspetores de campo – havia guardas para evitar fugas. As pessoas ficavam confinadas como animais. Todos tinham a cabeça raspada, vestiam roupas feitas de saco de farinha, passavam muita fome e sede, e eram controlados por senhas.
 Esses locais eram chamados pela população de “currais do governo”. As estatísticas oficiais dão conta da existência de quase 84 mil retirantes distribuídos em sete áreas de  confinamento: Buriti (distrito do Crato), Patu (Senador Pompeu), Cariús (São Mateus), Ipu, Quixeramobim, e em Fortaleza nos bairros do Pirambu (chamado Campo do Urubu) e Otávio Bonfim. 
Os campos foram estrategicamente construídos nas proximidades de uma estação ferroviária, com isso as autoridades controlavam a massa de retirantes, e evitavam sua migração de trem, para a capital cearense. 
Os campos eram locais insalubres. Entre abril de 1932 e março de 1933 foram registradas mais de mil mortes no campo de Ipu.

Fonte:
História do Ceará, de Airton de Farias

terça-feira, 16 de agosto de 2016

CONVERSA DE MATUTO - Patativa do Assaré, UMA PAGINA ATUAL E HAJA PROMESSA

CONVERSA DE MATUTO - Patativa do Assaré, UMA PAGINA ATUAL E HAJA PROMESSA 

 

 Todo mundo é amigo, porém depois do pleito 
A COBRA VAI FUMAR

Vejam o que diz o mestre Antonio Gonçalves
CONVERSA DE MATUTO - Patativa do Assaré




Zé Fulo e João Moiriço

Zé Fulo:

Meu amigo João Moiriço,
Eu agora fiquei certo
Que nóis já tamo bem perto
De saí do sacrifico.
Eu onte uvi um comiço
De um doto que é candidato.
Home sero e munto isato
E ele garantiu que agora
Vai havê grande miora
Para o pessoa do mato.

No comiço ele falou
Que depois que ele vence,
Vai com gosto potregê
A cada um inleitô.
O povo trabaiadô
Que padece no roçado,
Pode votá sem coidado
Que depois das inleição,
Com a sua potreção
Vai tudo recompensado.

Aquele é home de bem,
Quando desceu do palanco,
Falou com preto, com branco,
Com rico e pobre também;
Ali não ficou ninguém
Pra ele não abraça,
Veve sempre a conversa,
É alegre e sastifeito,
Num home daquele jeito
Faz gosto a gente votá.

Do palanco ele desceu
Alegre dizendo graça
E mais tarde lá na praça
Palestrando apareceu,
Se assentou pertinho deu
Lá num banco da venida,
Perguntou por minha vida
E disse na mesma hora
Que a sua grande vitora
Já tá quage dicidida.

E pediu que eu precurasse
Com munta dilicadeza
Aqui nesta redondeza
Gente que nele votasse
Que depois que ele ganhasse
Ia as coisa resorvê.
A premera era fazê
Aqui no nosso lugá
Um grande grupo escola
Pra nossos fio aprende.

Depois, um mioramento
Pra nóis pode trabaiá,
Semente pra nóis prantá
Sem precisa pagamento,
Quarqué coisa no momento
É nóis querê e pedi
E depois de consegui
Esta premera vantaje,
Vem uma bela rodage
Da cidade até aqui.

Eu tenho isperança e fé
Nas promessa do doto
E pedi a ele eu vou
Um imprego pra José.
Mais tarde, se Deus quisé,
O meu fio faz figura,
Saindo da agricurtura,
Este cansado chamego
E arranjando um bom imprego
Lá dentro da Prefeitura.

E tanto, que vou caça
Argum voto por aqui;
Já cunversei com Davi,
Com Vicente e Vardemá,
Fuloriano, Mozá,
Mané Chico e Zé Lavô,
Dona Suzana e Lindo,
Napoleão e Romeu,
E tudo me prometeu
Que vai votá no dotô.

João Moiriço, meu amigo,
Sei que você acredita,
Não venho fazê visita
Hoje aqui no seu abrigo;
Oiça bem o que lhe digo
Você nunca me faltou
E a ocausião chegou
De pedi seu voto isato
Para o dotô candidato
De prestijo e de valo.

Isto que eu tou lhe falando
É bom pra nosso futuro,
Nóis tamo num grande escuro
E uma estrela vem briando;
Veja que você votando
Neste home de tanto brio,
Em quem com gosto confio,
É um negoço importante
Vai havê de agora em deante
Escola pra nossos fio!

João Moiriço:

Meu amigo Zé Fulô,
Vou lhe dizê a verdade:
É veia a nossa amizade
Porém você se enganou.
Pode pedi, que eu lhe dou
Uma quarta de fejão
Uma arroba de argodão
E cinco metro de fumo,
Tudo com gosto lhe arrumo,
Porém o meu voto, não!

Lhe dou, se você quisé,
Minha boa lazarina
E o meu galo de campina
Que eu amo com muita fé,
Dou minha porca Baié
E o meu cachorro Sultão,
Maria dá um capão
E o Chico dá um cabrito,
Isto tudo eu admito
Porém o meu voto, não!

Meu amigo Zé Fulô,
Não siga por esta tria,
Você ainda confia
Em premeça de dotô?
Aquilo que ele falou
É somente imbromação.
Quando é tempo de inleição
Esse home se prepara
Trazendo um santo na cara
E o diabo no coração.

Você não dê confiança,
Pois quando a campanha vem,
Com ela chega tombem
A pabulage e a lembrança.
As vez os matuto dança
Com as fia do dotô,
É aquele grolôlô,
Tudo alegre e sastifeito,
Ante do dia do preito
Tudo é prefume e fulô.

Mas depois que passa o preito,
O desmantelo renova,
Palavriado não prova
A bondade do sujeito.
Pra garrafa deste jeito
Não iziste sacarrôia.
Não quera fazê iscôia
Se não você sai perdendo,
Este doto tá inchendo
As suas venta de fôia.

Isto já vem do passado
E a pisada ainda é essa,
Por causa dessas premessa
Meu avô foi inganado,
O meu pobre pai, coitado!
Foi inganado tombem
E eu, que já conheço bem,
Pra votá sou munto franco,
Mas porém só voto em branco,
E não confio em ninguém.

Em branco eu tenho votado,
Pois só assim me convém
Proquê votando em arguém,
Traz o mesmo risurtado,
Com certos palavreado
Ninguém pode me inludí,
Vivo trabaiando aqui
Nesta vida aperreada,
Mas, não sou dregau de escada
Pra seu fulano subi.

Zé Fulo, repare bem,
As premessa é só na hora,
Porém, depois da vitóra,
Premessa valô não tem
E espera por quem não vem
Matrata, dói e acabrunha,
Digo e tenho testemunha,
Quage todos candidato
Tem a mamparra do gato,
Dá um bote e esconde a unha.

Na campanha eleitora
Quando eles incronta agente,
Chama de amigo e parente,
Naquele parrapapá,
Mas, depois de eles ganha
E recebe posição,
A ninguém presta tenção,
Assim que a gente repara,
Vê logo a cara do cara
Como cara de lião.

Zé Fulô, não seja bruto
Seja mais inteligente,
Repare que aquela gente
Não faz conta de matuto.
Não dou crença e nem escuto
Premessa desses doto,
Pra não passa o que passou
Sendo inganado e ínludido,
O meu pobre pai querido
E o finado meu avô.

Tome esta boa lição,
Dêxe logo esta veneta,
Seja sero, não se meta
Com fuxico de inleição;
Este doto sabidão
Que agora lhe apareceu
E tudo lhe prometeu,
Depois da vitóra pronta,
Fica fazendo de conta
Que nunca lhe conheceu.

E se você se afoba
E pega com lerolero,
Zangado, falando sero,
Querendo se revortá,
Pedindo pra lhe pagá
Todas premessa que fez,
Ele, com estupidez,
Fica cheio de maliça,
Dá logo parte à puliça
E lhe mete no xadrez.

Portanto, vá se aquetá
Não entre neste curtiço,
Não vá dexá seu serviço
Pra sê cabo eleitora.
Vá sua casa zela,
Vá cuida do seu trabaio,
Não pegue neste baraio,
Se não você perde o jogo.
Água é água e fogo é fogo
Cada macaco em seu gaio

Fagner - Vaca Estrela e Boi Fubá - Eternas Ondas - 1980 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=oWz6us4ldMk
9 de nov de 2012 - Vídeo enviado por Edilson Lino
Eternas Ondas/Vento Forte - 1980 - CBS (Sony Music) Vaca Estrela e Boi Fubá (Patativa do Assaré ...

 

CONVERSA DE MATUTO - Patativa do Assaré, UMA PAGINA ATUAL E HAJA PROMESSA


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 Todo mundo é amigo, porém depois do pleito 
A COBRA VAI FUMAR

Vejam o que diz o mestre Antonio Gonçalves

CONVERSA DE MATUTO - Patativa do Assaré




Zé Fulo e João Moiriço

Zé Fulo:

Meu amigo João Moiriço,
Eu agora fiquei certo
Que nóis já tamo bem perto
De saí do sacrifico.
Eu onte uvi um comiço
De um doto que é candidato.
Home sero e munto isato
E ele garantiu que agora
Vai havê grande miora
Para o pessoa do mato.

No comiço ele falou
Que depois que ele vence,
Vai com gosto potregê
A cada um inleitô.
O povo trabaiadô
Que padece no roçado,
Pode votá sem coidado
Que depois das inleição,
Com a sua potreção
Vai tudo recompensado.

Aquele é home de bem,
Quando desceu do palanco,
Falou com preto, com branco,
Com rico e pobre também;
Ali não ficou ninguém
Pra ele não abraça,
Veve sempre a conversa,
É alegre e sastifeito,
Num home daquele jeito
Faz gosto a gente votá.

Do palanco ele desceu
Alegre dizendo graça
E mais tarde lá na praça
Palestrando apareceu,
Se assentou pertinho deu
Lá num banco da venida,
Perguntou por minha vida
E disse na mesma hora
Que a sua grande vitora
Já tá quage dicidida.

E pediu que eu precurasse
Com munta dilicadeza
Aqui nesta redondeza
Gente que nele votasse
Que depois que ele ganhasse
Ia as coisa resorvê.
A premera era fazê
Aqui no nosso lugá
Um grande grupo escola
Pra nossos fio aprende.

Depois, um mioramento
Pra nóis pode trabaiá,
Semente pra nóis prantá
Sem precisa pagamento,
Quarqué coisa no momento
É nóis querê e pedi
E depois de consegui
Esta premera vantaje,
Vem uma bela rodage
Da cidade até aqui.

Eu tenho isperança e fé
Nas promessa do doto
E pedi a ele eu vou
Um imprego pra José.
Mais tarde, se Deus quisé,
O meu fio faz figura,
Saindo da agricurtura,
Este cansado chamego
E arranjando um bom imprego
Lá dentro da Prefeitura.

E tanto, que vou caça
Argum voto por aqui;
Já cunversei com Davi,
Com Vicente e Vardemá,
Fuloriano, Mozá,
Mané Chico e Zé Lavô,
Dona Suzana e Lindo,
Napoleão e Romeu,
E tudo me prometeu
Que vai votá no dotô.

João Moiriço, meu amigo,
Sei que você acredita,
Não venho fazê visita
Hoje aqui no seu abrigo;
Oiça bem o que lhe digo
Você nunca me faltou
E a ocausião chegou
De pedi seu voto isato
Para o dotô candidato
De prestijo e de valo.

Isto que eu tou lhe falando
É bom pra nosso futuro,
Nóis tamo num grande escuro
E uma estrela vem briando;
Veja que você votando
Neste home de tanto brio,
Em quem com gosto confio,
É um negoço importante
Vai havê de agora em deante
Escola pra nossos fio!

João Moiriço:

Meu amigo Zé Fulô,
Vou lhe dizê a verdade:
É veia a nossa amizade
Porém você se enganou.
Pode pedi, que eu lhe dou
Uma quarta de fejão
Uma arroba de argodão
E cinco metro de fumo,
Tudo com gosto lhe arrumo,
Porém o meu voto, não!

Lhe dou, se você quisé,
Minha boa lazarina
E o meu galo de campina
Que eu amo com muita fé,
Dou minha porca Baié
E o meu cachorro Sultão,
Maria dá um capão
E o Chico dá um cabrito,
Isto tudo eu admito
Porém o meu voto, não!

Meu amigo Zé Fulô,
Não siga por esta tria,
Você ainda confia
Em premeça de dotô?
Aquilo que ele falou
É somente imbromação.
Quando é tempo de inleição
Esse home se prepara
Trazendo um santo na cara
E o diabo no coração.

Você não dê confiança,
Pois quando a campanha vem,
Com ela chega tombem
A pabulage e a lembrança.
As vez os matuto dança
Com as fia do dotô,
É aquele grolôlô,
Tudo alegre e sastifeito,
Ante do dia do preito
Tudo é prefume e fulô.

Mas depois que passa o preito,
O desmantelo renova,
Palavriado não prova
A bondade do sujeito.
Pra garrafa deste jeito
Não iziste sacarrôia.
Não quera fazê iscôia
Se não você sai perdendo,
Este doto tá inchendo
As suas venta de fôia.

Isto já vem do passado
E a pisada ainda é essa,
Por causa dessas premessa
Meu avô foi inganado,
O meu pobre pai, coitado!
Foi inganado tombem
E eu, que já conheço bem,
Pra votá sou munto franco,
Mas porém só voto em branco,
E não confio em ninguém.

Em branco eu tenho votado,
Pois só assim me convém
Proquê votando em arguém,
Traz o mesmo risurtado,
Com certos palavreado
Ninguém pode me inludí,
Vivo trabaiando aqui
Nesta vida aperreada,
Mas, não sou dregau de escada
Pra seu fulano subi.

Zé Fulo, repare bem,
As premessa é só na hora,
Porém, depois da vitóra,
Premessa valô não tem
E espera por quem não vem
Matrata, dói e acabrunha,
Digo e tenho testemunha,
Quage todos candidato
Tem a mamparra do gato,
Dá um bote e esconde a unha.

Na campanha eleitora
Quando eles incronta agente,
Chama de amigo e parente,
Naquele parrapapá,
Mas, depois de eles ganha
E recebe posição,
A ninguém presta tenção,
Assim que a gente repara,
Vê logo a cara do cara
Como cara de lião.

Zé Fulô, não seja bruto
Seja mais inteligente,
Repare que aquela gente
Não faz conta de matuto.
Não dou crença e nem escuto
Premessa desses doto,
Pra não passa o que passou
Sendo inganado e ínludido,
O meu pobre pai querido
E o finado meu avô.

Tome esta boa lição,
Dêxe logo esta veneta,
Seja sero, não se meta
Com fuxico de inleição;
Este doto sabidão
Que agora lhe apareceu
E tudo lhe prometeu,
Depois da vitóra pronta,
Fica fazendo de conta
Que nunca lhe conheceu.

E se você se afoba
E pega com lerolero,
Zangado, falando sero,
Querendo se revortá,
Pedindo pra lhe pagá
Todas premessa que fez,
Ele, com estupidez,
Fica cheio de maliça,
Dá logo parte à puliça
E lhe mete no xadrez.

Portanto, vá se aquetá
Não entre neste curtiço,
Não vá dexá seu serviço
Pra sê cabo eleitora.
Vá sua casa zela,
Vá cuida do seu trabaio,
Não pegue neste baraio,
Se não você perde o jogo.
Água é água e fogo é fogo
Cada macaco em seu gaio

Fagner - Vaca Estrela e Boi Fubá - Eternas Ondas - 1980 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=oWz6us4ldMk
9 de nov de 2012 - Vídeo enviado por Edilson Lino
Eternas Ondas/Vento Forte - 1980 - CBS (Sony Music) Vaca Estrela e Boi Fubá (Patativa do Assaré ...

UM ARTIGO DO MEU AMIGO LUIZ HOLANDA-Não temos o mínimo de autoestima | Por Luiz Holanda

Senador Renan Calheiros e deputado afastado Eduardo Cunha simbolizam um Congresso Nacional cujo representantes são afetados por denúncias, representações e processos por corrupção.

Não temos o mínimo de autoestima | Por Luiz Holanda

Senador Renan Calheiros e deputado afastado Eduardo Cunha simbolizam um Congresso Nacional cujo representantes são afetados por denúncias, representações e processos por corrupção.
Senador Renan Calheiros e deputado afastado Eduardo Cunha simbolizam um Congresso Nacional cujo representantes são afetados por denúncias, representações e processos por corrupção.
Um Congresso avacalhado, dominado pelo ainda deputado Eduardo Cunha e pelo senador Renan Calheiros, faz-nos lembrar, mais uma vez, a frase profética do imortal Nelson Rodrigues: “Nossa tragédia é que não temos o mínimo de autoestima”.
A Operação Lava Jato, que desencadeou outras operações com o mesmo objetivo, veio provar que o Brasil chegou ao fundo do poço, e que nós, como cidadãos, não temos, realmente, o mínimo de autoestima. Se aceitamos todos esses escândalos pacificamente, sem qualquer reação, é porque achamos normal que todos os órgão e poderes da nação sejam independentes e corruptos entre si.
Se tivéssemos o mínimo de autoestima, o senador Renan Calheiros não estaria presidindo o Senado, o deputado Eduardo Cunha já tinha sido cassado e os senhores Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e alguns outros jamais teriam sido nomeados ministros do Supremo Tribunal Federal.
Falta muito para que possamos saber o que realmente aconteceu no governo durante a administração de Lula e da gerentona. Temos apenas a ponta de um iceberg, uma radiografia desfocada, já que todos os dias surgem novas descobertas no esquema da roubalheira. Agora mesmo veio à tona mais uma, na qual os corruptos prejudicavam centenas de milhares de brasileiros vulneráveis.
Trata-se da Operação Custo Brasil, envolvendo o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senhora Gleisi Hoffman, que virou réu no processo que apura sua participação em crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e obstrução à investigação de organização criminosa.
Procuradores federais apontaram o ex-ministro como o “patrono” e “líder” de uma organização criminosa composta por treze pessoas, cujo objetivo era arrecadar dinheiro de aposentados endividados para irrigar as contas de agentes públicos e do próprio PT, segundo os relatórios que serviram de base para a investigação.
O esquema desvendado funcionava da seguinte maneira: cada servidor (aposentado ou da ativa), que contraia um empréstimo com desconto em folha, pagava R$ 1 por mês para a quadrilha, sendo que, para cada R$ 1 pago, R$ 0,70 era arrecadado como propina, e se dirigia para “o gordinho ou para o número 1”, sendo que este – segundo os procuradores e os diálogos interceptados-, era o ex-ministro Paulo Bernardo. O restante, ou seja, R$ 0,30, era para a empresa que gerenciava o esquema.
A imprensa divulgou que antes de o dinheiro chegar a Paulo Bernardo, passava por um escritório de advocacia comandado pelo advogado do ex-governador do Paraná, Roberto Requião. Esse advogado pagava as despesas de Paulo Bernardo por meio de três contas bancárias, conforme planilhas apreendidas pela Policia Federal.
O juiz federal Paulo Azevedo, que se insurgiu contra a decisão do petista Dias Toffoli, que libertou Paulo Bernardo da prisão, disse que a peça acusatória “descreve de forma suficientemente clara os crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de valores”. E mais: “A denúncia também descreve adequadamente a materialidade e a autoria delitiva”.
Os procuradores responsáveis pela investigação disseram que o ex-ministro recebia, no início, 9,6% do arrecadado, mas tão logo deixou o ministério, em 2012, passou receber 4,8%, sendo que, em 2014, recebia apenas 2,9%. No total, o marido de dona Gleisi teria recebido R$ 7 milhões como propina. É lógico que o ex-ministro nega tudo, mas segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “Paulo Bernardo vem tentando ocultar seu patrimônio com o intuito de se isentar da aplicação da lei penal”.
É uma pena que a nossa falta de autoestima permita que essa gente seja acusada de assaltar os cofres da nação sem que nada lhes aconteça. Para nós, basta que tenhamos TV a cabo, celular, futebol, carnaval e outras coisinhas mais para valores como honra, decência, ética e educação passarem ao largo da percepção coletiva.
Somos tão irresponsáveis e sem autoestima que até o ditador venezuelano, Nicolau Maduro, mandou seus aviões Sukhoi SU-30 sobrevoarem os céus de nossas fronteiras na região amazônica sem que houvesse qualquer protesto do Brasil. Nossa Força Aérea só dispõe, na região, de dois caças F-5 para fazer frente aos 30 aviões russos da Venezuela.
Nelson Rodrigues tinha razão quando disse que nós não temos autoestima. Só faltou ele dizer que somos um povo que não temos, sequer, vergonha na cara. Que República!
*Luiz Holanda é advogado e professor universitário.