A MACONHA É MATÉRIA PRIMA PARA MUITOS PRODUTOS |
Tendência nos cosméticos, perfumes de maconha movimentam mercado bilionário nos EUA
Entre as marcas, estão a Cannabis Eau De Parfum e a Cannabis Santal
Bloomberg
23/08/2019 - 17:13
/ Atualizado em 23/08/2019 - 18:10.
SOUTHFIELD, EUA - Perfume...
de maconha?
Esta parece ser a nova onda nos cosméticos. Influenciadores do mercado de beleza de luxo estão curtindo
novas fragrâncias
que destacam o
aroma de cannabis.
Leia mais: Setor de maconha atrai mais banqueiros dos Estados Unidos
O Dirty Grass custa US$ 185 nos EUA, e cada frasco contém 500 miligramas de óleo de canabidiol (CBD). É o último lançamento de Douglas Little, da Heretic Parfum, responsável pela linha de fragrâncias naturais da Goop, da atriz Gwyneth Paltrow.
Já um frasco de Chronic, da marca sueca 19-69, custa US$ 175 e contém notas de toranja e musgo.
Os dois são vendidos na Barneys em Nova York e vão concorrer com o Cannabis Eau De Parfum, da Malin + Goetz, que sai por US$ 165 e equilibra notas de flores brancas com temperos herbais, e o Replica, da Maison Margiela, que custa US$ 126 e se apresenta como uma ode ao festival de música de Woodstock, cheirando a “patchouli e erva fresca”.
Nos EUA: maconha já está em cereal e até na cerveja e movimenta US$ 10 bi
À medida que a aceitação da maconha cresce entre a opinião pública e na legislação de muitos países, fabricantes de fragrâncias estão encontrando novas maneiras de transcender estereótipos. Essas empresas também aproveitam o entusiasmo pelo canabidiol em diversos setores voltados para o consumidor, incluindo cosméticos, confeitos e petiscos para animais de estimação.
Pesquisas estimam que o mercado de CBD nos EUA vai movimentar quase US$ 24 bilhões até 2023. O mercado global de fragrâncias foi avaliado em US$ 52,7 bilhões em 2018 e deve chegar a US$ 72,3 bilhões em 2024, de acordo com a Mordor Intelligence.
Bebida: Coca-Cola estuda uso de ingrediente da maconha em novo refrigerante
Andrew Goetz, cofundador da Malin + Goetz, lembra que o nome escolhido para seu Cannabis Eau de Parfum era considerado ousado cinco anos atrás, quando foi lançado, porque o uso recreativo de maconha era ilegal.
— Agora, todo mundo tenta entrar no mercado e aproveitar a oportunidade — diz ele, ressaltando que a vela com aroma da planta é campeã de vendas, custando US$ 55.
Linda Levy, presidente da Fragrance Foundation, conta que aromas de cannabis “parecem estar muito na moda, muito atuais”. A fundação inclui entre seus associados Sephora, Macy’s e LVMH.
Boom: Comércio legal de maconha já cria milionários
Chandler Burr, que criou o departamento de arte olfativa do Museu de Artes e Design de Nova York, recomenda o Cannabis Santal (US$ 50), com notas de bergamota, laranja brasileira e ameixa preta. Para Burr, o perfume lançado em 2006 é “muito bem construído e perfeitamente calibrado, técnica e estruturalmente”.
O apelo dos perfumes cheirando a maconha pode estar em sua capacidade de trazer lembranças, explica David Edwards, professor de bioengenharia na Universidade Harvard.
— Os nervos olfativos vão direto para o cérebro, muito perto do hipocampo — diz ele. — Nós percebemos o cheiro quase como lembrança, e ele fica na mente como uma memória.
Leia: Ex-banqueiro fica bilionário com boom da maconha nos EUA
Levy, da Fragrance Foundation, acredita que as marcas estão tirando proveito do burburinho em torno do CBD.
— Na maioria das vezes, os produtos que eu tenho cheirado têm mais a ver com ar livre, árvores, bosques — conta ela. — Agora que os EUA estão legalizando, estado por estado, também é algo que todo mundo está comentando.
Johan Bergelin, criador do Chronic, da 19-69, compara o momento atual com o sucesso da aloe vera há uma década. O desejo dele não é replicar exatamente o cheiro da maconha, mas usar a planta como inspiração para um perfume precioso.
— Estamos lidando com cosméticos. Isso significa que não é algo real. É um sonho ou uma ilusão.
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O Dirty Grass custa US$ 185 nos EUA, e cada frasco contém 500 miligramas de óleo de canabidiol (CBD). É o último lançamento de Douglas Little, da Heretic Parfum, responsável pela linha de fragrâncias naturais da Goop, da atriz Gwyneth Paltrow.
Já um frasco de Chronic, da marca sueca 19-69, custa US$ 175 e contém notas de toranja e musgo.
Os dois são vendidos na Barneys em Nova York e vão concorrer com o Cannabis Eau De Parfum, da Malin + Goetz, que sai por US$ 165 e equilibra notas de flores brancas com temperos herbais, e o Replica, da Maison Margiela, que custa US$ 126 e se apresenta como uma ode ao festival de música de Woodstock, cheirando a “patchouli e erva fresca”.
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À medida que a aceitação da maconha cresce entre a opinião pública e na legislação de muitos países, fabricantes de fragrâncias estão encontrando novas maneiras de transcender estereótipos. Essas empresas também aproveitam o entusiasmo pelo canabidiol em diversos setores voltados para o consumidor, incluindo cosméticos, confeitos e petiscos para animais de estimação.
Pesquisas estimam que o mercado de CBD nos EUA vai movimentar quase US$ 24 bilhões até 2023. O mercado global de fragrâncias foi avaliado em US$ 52,7 bilhões em 2018 e deve chegar a US$ 72,3 bilhões em 2024, de acordo com a Mordor Intelligence.
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Andrew Goetz, cofundador da Malin + Goetz, lembra que o nome escolhido para seu Cannabis Eau de Parfum era considerado ousado cinco anos atrás, quando foi lançado, porque o uso recreativo de maconha era ilegal.
— Agora, todo mundo tenta entrar no mercado e aproveitar a oportunidade — diz ele, ressaltando que a vela com aroma da planta é campeã de vendas, custando US$ 55.
Linda Levy, presidente da Fragrance Foundation, conta que aromas de cannabis “parecem estar muito na moda, muito atuais”. A fundação inclui entre seus associados Sephora, Macy’s e LVMH.
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Chandler Burr, que criou o departamento de arte olfativa do Museu de Artes e Design de Nova York, recomenda o Cannabis Santal (US$ 50), com notas de bergamota, laranja brasileira e ameixa preta. Para Burr, o perfume lançado em 2006 é “muito bem construído e perfeitamente calibrado, técnica e estruturalmente”.
O apelo dos perfumes cheirando a maconha pode estar em sua capacidade de trazer lembranças, explica David Edwards, professor de bioengenharia na Universidade Harvard.
— Os nervos olfativos vão direto para o cérebro, muito perto do hipocampo — diz ele. — Nós percebemos o cheiro quase como lembrança, e ele fica na mente como uma memória.
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Levy, da Fragrance Foundation, acredita que as marcas estão tirando proveito do burburinho em torno do CBD.
— Na maioria das vezes, os produtos que eu tenho cheirado têm mais a ver com ar livre, árvores, bosques — conta ela. — Agora que os EUA estão legalizando, estado por estado, também é algo que todo mundo está comentando.
Johan Bergelin, criador do Chronic, da 19-69, compara o momento atual com o sucesso da aloe vera há uma década. O desejo dele não é replicar exatamente o cheiro da maconha, mas usar a planta como inspiração para um perfume precioso.
— Estamos lidando com cosméticos. Isso significa que não é algo real. É um sonho ou uma ilusão.
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