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O golpe de outubro de 1945 em que Getúlio Vargas foi deposto pelo alto comando do Exército.
No
dia 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas foi deposto por um golpe
militar, sendo conduzido ao exílio na sua cidade natal, São Borja.
A
deposição de Vargas gerou um problema legal - a Constituinte de 1937
não havia criado a figura do Vice-Presidente, por outro lado no Estado
Novo não havia Câmara e nem Senado, portanto não havia Presidente destas
instituições para substituir o Presidente. Com o cargo vago foi
necessário que ele fosse ocupado pelo Presidente do Supremo Tribunal
Eleitoral, José Linhares, que governou o Brasil entre 30 de outubro de
1945 e 31 de janeiro de 1946.
Durante o mês de novembro a campanha eleitoral esteve em pleno
desenvolvimento, sem acidentes. As eleições ocorreram de acordo com o
clima democrático que se manifestava pelo mundo. Os principais
candidatos foram o Brigadeiro Eduardo Gomes, pela UDN, que havia sido um
dos líderes do Movimento dos Dezoito do Forte de Copacabana e o General
Dutra apresentado pelos partidos: Partido Social Democrático – PSD e o
Partido Trabalhista Brasileiro – PTB. O Partido Comunista Brasileiro -
PCB lançou a candidatura de Yedo Fiúza e havia ainda o candidato Mário
Rolim Teles, que não tinha apoio expressivo.
O General Dutra saiu vencedor com
55,39 %. A eleição deu ao PSD maioria no Congresso e na Assembléia
Constituinte. Assim apesar de afastado, a sombra de Getúlio se mantinha
sobre o país. Getúlio seria eleito senador pela maior votação da época.
Era o fim da Era Vargas, mas não o fim de Getúlio Vargas, que em 1951
retornaria à presidência pelo voto popular.
Na sucessão de Dutra, em 1950, o PTB lançou Getúlio Vargas como
candidato à presidência, numa campanha popular empolgante e vitoriosa.
Getúlio Vargas voltou ao poder, como se disse na época: "Nos braços do
povo"
As principais propostas de Getúlio Vargas foram: A criação da
Eletrobrás, fundamental para o desenvolvimento industrial e a criação da
Petrobrás para diminuir a importação do produto, que consumia grande
parte das divisas nacionais.
Mas havia um jornalista muito crítico chamado Carlos Lacerda,
que acusava o presidente de estar em um "mar de lama", ou seja, de
acumular privilégios parentes e aliados. O chefe da guarda do
presidente, Gregório Fortunato tramou um atentado para matar o
jornalista, porem no momento da execução Carlos Lacerda estava
acompanhado de um major da Aeronáutica.
E quando ele estava acompanhado do oficial militar Rubens Vaz, o
Fortunato matou o major. A crise ganhou dimensão e as Forças Armadas,
após prenderem Gregório e os homens que haviam sido contratados para o
atentado, pressionaram Vargas para que ele renunciasse novamente.
Redação
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