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O
REBENTO, A MINHA VIDA E OS ERUDITOS.
CAPITULO I
Ao sentir as vibrações das ondas do
mar no qual mergulhava pressenti
que não estava só, senti que além do escuro casulo, das rajadas que sopravam o
meu corpo e do baticum, sempre tum tum Tum, que encantava o meu mergulho,
existia algo diferente, coisas sublimes, existia outro mundo muito distante do
meu, juro que me sentia muito seguro no meu pequeno , quente e
aconchegante ecossistema.
Senti também, que diariamente o meu mundo ia ficando menor
ou eu estava crescendo, notei que algo sobrenatural , no meu vê, afagava
o meu dorso, o meu abdômen, a minha face, o meu corpo e o meu esboço de
cérebro.
Notei algo novo com o passar do tempo, já decifrava ruídos,
depois passei a decifrar os sons, os das
cordas vocais noturnos e que eram sempre os mesmos, como também os sons de
cordas vocais diurnos, mais de um som, muitas vezes múltiplos e diferentes, eles viraram rotina, depois
passei a sentir , decifrar e
saborear outros sons, eram sons
misturados, sons de cordas não humanas, sons de metais, de tambores, de
pratos, de surdos , de sopros e de
vozes, todos revelados e compreendidos pelas ondas que geravam nas águas do meu
pequeno e escuro oceano no qual me encontrava mergulhado e que aos poucos foram
apurados pelos meus ouvidos e impregnados na minha tênue massa cinzenta.
O mais interessante é que eles só ou
em conjunto faziam bem ao meu neófito
encéfalo, eles organizavam os meus pensamentos , traziam tranqüilidade , acho até que
contribuíram e influenciarão para o resto da minha trajetória de vida .
Num
belo e estranho dia estes sons sumiram , o meu mar secou, abriram as
cortinas dos céus e uma claridade invadiu o meu novo mundo, os baticuns,
tum-tum-tum, emudeceram, silenciaram,
as rajadas de ventos desapareceram, cessaram e lá estava eu todo envolvido em macias e
fofas plumas, de olhos semi fechados e as narinas a captar os odores dos dois
principais gestores, dos dois que cederam os seus DNA e que , com muita
felicidade e alegria me acolheram, cada um tinha o seu cheiro peculiar, eu
nasci com o cheiro dos dois, levarei comigo até os últimos dias de minha
vida.
A voz noturna , que me acompanhou por nove meses, estava agora ao meu lado, os baticuns , tum
tum tum, de outrora e que nunca me abandonaram estão agora
encostados aos meus baticuns tum tum tum . Circulando no meu claro casulo diversas vozes e para a minha surpresa as minhas velhas , constantes e
conhecidas sintonias de Bach,
Beethoven, Mendelssohn, Mozart, Vivaldi, Paganini, Egberto Gismonti, Heitor
Villa-Lobos e as vozes de Caetano, Gonzaga, Gil, Belchior, Ivone
Lara, Luiz Melodia, Jessye Norman, Kathleen Battle, Pavaroti, Bob Dylan,
Nana Mouskouri, Carlos Galhardo e outros a encherem os meus ouvidos, o meu
encéfalo, a minha vida, a minha alma e a minha consciência.
Neste dia
mudei de casulo, continuei no mesmo mundo, porém noutro ecossistema, no mesmo planeta, no
mesmo sistema, na mesma galáxia e universo, neste dia consolidei a minha vida
junto a minha família, neste dia eu nasci.
Nascimento Feliz Natural da Silva
( O REBENTO)
Iderval Reginaldo Tenório
FAÇO QUESTÃO QUE OUÇA TODO ESTE CD DO BELCHIOR, FAÇA UMA VIAGEM PARA O ESPAÇO, NÃI DEIXE DE OUVIR. ABRAÇOS.
Belchior - Divina Comédia Humana (original) - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=ltCHLhtGOZ4
2 de fev de 2009 - Vídeo enviado por fedepite
Versão Acústica e Original da Canção do Belchior- Divina Comédia Humana. Trecho final da poesia Via ...
Um comentário:
Boa tarde minha jovem !
Feliz Ano Novo!
Que 2018 venha com boas energias e realizações para você e sua família!
👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
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