BOGOTÁ — O avião com a equipe da Chapecoense caiu na
madrugada desta terça-feira, nas proximidades de La Ceja, na Colômbia. O
chefe da polícia de Antioquia, general Jose Azevedo, confirmou que há
76 mortos. São cinco sobreviventes: dois goleiros e um lateral do time,
mais um fisioterapeuta e um jornalista. No voo estavam 72 passageiros e
nove tripulantes. Seis pessoas tinham sido resgatadas com vida, mas uma
delas morreu a caminho do hospital. A aeronave pertencia à companhia
boliviana Lamia, e perdeu contato com a torre de controle ao sobrevoar o
uma região montanhosa no município de La Ceja, perto de Medellín, no
noroeste da Colômbia, por volta de 22h15m de segunda-feira (hora local).
O avião teria sofrido falha elétrica.
Dentre os 72 passageiros, 48 eram integrantes da delegação da
Chapecoense, que levou, além da comissão técnica, vários dirigentes.
Estavam a bordo, ainda, 21 jornalistas e três convidados do clube.
O
time da Chapecoense viajava para Medellin, onde na quarta-feira faria o
primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético
Nacional. Os jogadores decolaram do aeroporto de Guarulhos, em São
Paulo, na segunda-feira, e chegaram a fazer escala técnica em Santa Cruz
de La Sierra, na Bolívia. A delegação teve que mudar seu plano de voo
por uma decisão da autoridade da aviação brasileira, que o impediu de ir
para Medellín num avião fretado desde Chapecó.
O
prefeito de Medellín disse através de seu perfil no Twitter que a
prefeitura disponibilizou a rede de hospitais e enviou uma equipe do
Departamente Administrativo de Gestão de Risco e Desastre ao local do
acidente.
A Confederação Sul-americana de Futebol confirmou que foi notificada
por autoridades colombianas sobre o acidente envolvendo a aeronave que
transportava a equipe da Chapecoense. No comunicado, a Conmebol lamenta o
ocorrido:
"A família Conmebol lamenta enormemente o
ocorrido. Todas as atividades da confederação estão suspensas até um
novo aviso", consta em um trecho da nota.
Ainda de acordo com o comunicado, o presidente da confederação, Alejandro Domínguez, está a caminho de Medellín.
Um vídeo publicado na página da Chapecoense em uma rede social mostra
a equipe e os jogadores do time no Aeroporto Internacional de
Guarulhos, em São Paulo, momentos antes do embarque. No registro, o
gerente de futebol do clube, Cadu Gaúcho, afirmou que essa seria a
viagem "mais importante do clube até agora".
— A cada ano
que passa a gente vai conseguindo marcar a história do clube. A gente
espera que, novamente, numa final inédita sul-americana, a gente possa
fazer um primeiro jogo muito bom — disse ele no vídeo.
Em seu perfil no Twitter, o Atlético Nacional lamentou o acidente e
prestou solidariedade a Chapecoense: "Nacional lamenta profundamente e
se solidariza com @chapecoensereal por acidente ocorrido e espera
informação das autoridades."
Clube
fundado em 1973, a Chape fez história ao se classificar para a decisão
da Sul-Americana logo na sua segunda participação em uma competição
internacional.
O "Verdão do Oeste", que disputa a Série A do Brasileirão desde 2013,
eliminou gigantes do futebol argentino, como o Independiente,
recordista de títulos na Libertadores, nas oitavas de final, e o San
Lorenzo, campeão continental em 2014, nas semifinais.
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