Brasileiros, na corrida para a Presidência da
República foi dado uma nova largada, de um lado uma candidata montada no poder
e do outro um candidato que desceu do cavalo mineiro depois de 08 anos de
governo como titular do executivo estadual.
A ciência política além das realizações concretas e
das abstratas que são mais importantes , está embasada na história , no passado
e nas condutas de cada concorrente . Construir uma candidatura não é tarefa
fácil, é tarefa árdua, pensada, calculada e vagarosamente semeada no
pretérito de cada um, aliás , ela já se
encontra no lançamento do candidato pronta, na trajetória tem proteger os pontos fracos .
Para se arquitetar uma candidatura robusta, com
sustança, com conteúdo não precisa de muitos esforços, ela fluirá espontaneamente,
basta que o candidato possua um bom passado, um histórico público
equilibrado , probo , que tenha compromisso com as palavras jogadas ao povo, principalmente
as utilizadas em promessas, em campanhas anteriores , em cargos exercidos
e não possua arestas que não possam ser polidas, uma vez que
, a propriedade de desconstrução desta candidatura não sendo sólida
, é concreta e apenas questão de tempo .
A candidata da situação flutua hoje num
lençol mágico puxado pelos programas sociais, do bolsa família ao minha
casa minha vida, perpassando pelo Mais Médicos, o Universidade para
todos e outros similares.
Estes programas azeitando a base da
pirâmide, dividindo o bolo no curso do seu crescimento
contradizendo o que vaticinavam os governos anteriores quando
afirmavam que, primeiro o bolo deveria crescer para depois dividi-lo, mudaram
totalmente a cabeça da população e de muitos setores da intelectualidade
brasileira que enxergam apenas o lado social, não importando a morte da indústria
e do setor produtivo.
Não interessa a estes dois extremos se o PIB
cresceu ou decresceu, nada significa se o país importa tudo, se nada produz e
que vive das vendas das commodities, não importa a estes dois grupos se a
máquina publica consome a maior parte da receita nacional e se as
estatais foram partidarizadas . Para estes dois grupos , só interessa o
social, que é chamado de social político, uma vez que, este social
foi projetado como plano de Governo e não como Plano de Estado . Foi
criado para produzir uma base de sustentação robusta, forte , de longa duração
e projeção política.
A candidata Dilma está munida destas ferramentas e
de toda a militância do PT, PC do B e dos seus aliados, está munida do dossiê
do seu opositor , de um expert marqueteiro e da pregação do medo, do
pânico e das assombrações que sempre flutuam e pairam nas mudanças do poder.
As armas a serem utilizadas pela situação , estão apontadas para
as pilastras da desconstrução da candidatura oposicionista, aos poucos a situação vai
mergulhando e tenta acertar viga por viga, amarra por amarra até encontrar o
ponto G se ele existir e conseqüentemente minará o seu opositor. Cabe a este ,
proteger o seu telhado , abortar o seu detonamento , sensibilizar os seus militantes, procurar armas potentes
para que também desconstrua o seu oponente e partir abertamente para o
embate.
Muita água passará por baixo desta ponte, a
Dilma de armas apontadas para o Aécio procura a todo custo desmoronar o seu
projeto, como desmoronou a candidatura da Marina e este com poucas armas a se
defender.
A situação possui todos os escudos de defesa ,
marcha para o ataque sem pena e sem piedade, enquanto a oposição incentivada e
alimentada pelas denuncias em diversos setores do governo , nas suas
autarquias e estatais, porém, olvidadas por uma parcela da população e
dos aliados , que tudo escutam e fazem de conta que nada vêem , marcha
com a militância zangada que acordou e atira todos os dias raivosamente até para o que não enxerga, segue cega e literalmente os ensinamentos do velho testamento, não vi, não sei , mas, falarei o que me foi solicitado, principalmente muitos direitistas históricos que hoje escapam na sombra e nos galhos da situação como se fossem do grupo desde o nascimento, da mesma maneira esquerdistas históricos e doentes se afastaram do PT devido a descaracterização politica do partido e suas alianças, mostrando hoje que, direita e esquerda não possui mais um divisor de água, todos se misturam a depender dos seus interesses , dos seus dessabores e de suas mágoas , é a ciência política a responsável por esta metamorfose.
A coisa está ficando feia e não se sabe o caminho
que tomará, muitos podres emergirão de ambos os lados, cabe ao povo votar no
menos sujo para o bem de todos, o país precisa mudar o modus operandi que está
seguindo, o bolo tem que ser dividido sem matar o setor que gera riquezas que é a indústria nacional, os
empregos têm que ser gerados no setor de produção, o país tem que exportar produtos
com agregação de valores com o intuito de entrar divisas limpas, hoje o país é um
mero consumidor, um mero importador e um reles pronunciador do subserviente
AMÉM. Que vença o melhor.
O Brasil não vai bem.
Iderval Reginaldo Tenório
Nenhum comentário:
Postar um comentário