IDERVAL TENÓRIO: Analise filosófica da Economia Brasileira

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Analise filosófica da Economia Brasileira

Quando o governo brasileiro enxergou que com a globalização seria impossível peitar as grandes nações , entendeu que com o desemprego em massa no setor produtivo, isto é, na industria nacional , a população brasileira de baixa renda aumentaria desenfreadamente , com ela cresceria a miséria, o abandono, a prostituição e a marginalidade trazendo risco à vida da nação .

Vaticinou que o aumento deste contingente demandaria muitos esforços ou fosse impossível o seu controle caso a deixasse à deriva, de imediato providenciou a criação de programas sociais com o intuito de apaziguar a situação, uma vez que seria difícil concorrer com as nações exportadoras de manufaturas de baixo custo, produtoras de bens duráveis e as donas das patentes.

Providenciou uma parcela do PIB, dividiu o bolo em fase de crescimento e o pulverizou nas famílias da base da pirâmides, abastecendo os seus membros com uma renda mínima azeitou o comércio dos bairros, das médias cidades , das metrópoles , dos estados e do país, tirando esta massa populacional do limbo e do raio da marginalidade , com esta conduta conseguiu controlar a situação tornando viável a vida de todas as classes sociais , passando os cidadãos de meros desempregados a consumidores formigas alimentando o mercado local fazendo a economia girar.

Quando se olha para uma comunidade desigual e se enxerga uma distancia social muito grande entre os seus componentes, a cúpula tem que providenciar medidas enérgicas para controlar o ímpeto dos necessitados e a integridade física, moral e financeira dos apaniguados, se medidas duras não forem aplicadas se evidencia uma guerra intra e interclasses , inviabilizando a convivência pacífica de toda a população.

No campo financeiro, esta propriedade é uma das ferramentas utilizadas para salvar a economia, outra de igual teor e valor é a venda das commodities , esta está sendo utilizada abusivamente para a entrada de divisas na nação, aliás , é esta ferramenta que está salvando a economia , o país vende o seu ferro, a sua carne, a sua soja, a sua madeira e outras com o intuito de sanar os programas sociais.

As commodities funcionam como uma torneira que jorra dinheiro, os programas como as saídas da irrigação e o pequeno crescimento do PIB no comercio e nos serviços funcionam como os impulsionadores da Economia, fazendo-a circular, é bom lembrar que a participação da indústria nacional no PIB em 2003 beirava os 25 % , hoje participa com o um acanhado 11%, o mesmo patamar do Brasil em 1954 quando o país era rural, agrícola e extrativista.

A praga ou doença que paira na nação é a hipoxemia do setor de produção, a morte da industria nacional , atrelado à diminuição do volume , das vendas e dos preços das commodities que não são eternas, um dia o corpo chamará pelo oxigênio que não existe , os grandes compradores deixarão de importar estas commodities e toda a previsão governamental cairá por terra.

Nem tudo é perfeito e nem para sempre, urge providencias, o Brasil não vai bem, será que ainda suporta mais quatro anos mergulhado neste regime?

Iderval Reginaldo Tenório