Renan combinou com Dilma estratégia para CPIs da Petrobras
- Objetivo é adiar início das investigações e incluir Alstom e refinaria Abreu e Lima como temas conexos
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Maria Lima, Isabel Braga e Junia Gama ()
BRASILIA - Na iminência da criação de duas CPIs para investigar a Petrobras, a presidente Dilma Rousseff, seu vice Michel Temer e os principais articuladores da base aliada entraram nas negociações para reduzir o risco de as investigações abalarem ainda mais o governo. Uma das estratégias é tentar novamente acuar os principais adversários de Dilma nas eleições de outubro: o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE). Após varar a noite de segunda-feira em uma reunião tensa com integrantes do PMDB, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), anunciou a antecipação de sessão do Congresso Nacional do dia 20 para esta quarta-feira com o objetivo de pedir que os líderes partidários indiquem os nomes para a CPI mista que reunirá deputados e senadores. Ao mesmo tempo, recebeu nesta terça-feira os nomes dos indicados pelo governo para a comissão exclusiva do Senado e avisou a oposição de que, caso ela não indique os senadores até hoje, ele mesmo o fará.
A decisão de agir nas duas frentes foi tomada após a reunião de segunda-feira com líderes de partidos da base e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). De acordo com relatos, houve um intenso bate-boca entre Renan e o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que tinha o apoio de Alves. O cerne do problema seria a intenção de Cunha de indicar deputados alinhados com a oposição. Horas depois da reunião, Renan foi com Alves, Temer e o líder do governo no Senado, Eduardo Braga, conversar com a presidente Dilma sobre a situação. Nesse encontro, foram traçadas estratégias para postergar ao máximo o início das investigações e, quando elas enfim começarem, encurralar a oposição. O objetivo é usar o rolo compressor da maioria para aprovar requerimento de convocação de pessoas citadas nos casos do cartel do metrô de São Paulo e da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
— Vai ser olho por olho, dente por dente. A Petrobras tem turbina da Alstom e deu R$ 2 bilhões para que a empresa Comgás, do governo de Pernambuco, fizesse obras no entorno da Abreu e Lima. A conexão já existe — relatou um dos participantes da reunião com Dilma e os ministros Aloizio Mercadante e Ricardo Berzoini
A decisão de agir nas duas frentes foi tomada após a reunião de segunda-feira com líderes de partidos da base e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). De acordo com relatos, houve um intenso bate-boca entre Renan e o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que tinha o apoio de Alves. O cerne do problema seria a intenção de Cunha de indicar deputados alinhados com a oposição. Horas depois da reunião, Renan foi com Alves, Temer e o líder do governo no Senado, Eduardo Braga, conversar com a presidente Dilma sobre a situação. Nesse encontro, foram traçadas estratégias para postergar ao máximo o início das investigações e, quando elas enfim começarem, encurralar a oposição. O objetivo é usar o rolo compressor da maioria para aprovar requerimento de convocação de pessoas citadas nos casos do cartel do metrô de São Paulo e da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
— Vai ser olho por olho, dente por dente. A Petrobras tem turbina da Alstom e deu R$ 2 bilhões para que a empresa Comgás, do governo de Pernambuco, fizesse obras no entorno da Abreu e Lima. A conexão já existe — relatou um dos participantes da reunião com Dilma e os ministros Aloizio Mercadante e Ricardo Berzoini
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