terça-feira, 13 de maio de 2014

Gilberto Carvalho: Copa do Mundo reabilitará a imagem da presidente

Gilberto Carvalho: Copa do Mundo reabilitará a imagem da presidente

  • Ministro defende a realização da competição e afirma que a população aprovará os investimentos feitos para a realização dos jogos
 
Renato Onofre
 

O ministro chefe da secretaria da Presidência da República, Gilberto Carvalho, defende o legado da Copa do Mundo
Foto: Jorge William / 16-09-2013
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O ministro chefe da secretaria da Presidência da República, Gilberto Carvalho, defende o legado da Copa do Mundo Jorge William / 16-09-2013


SÃO PAULO - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, acredita que, após a realização da Copa do Mundo, a popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) vai voltar ao patamar de antes das manifestações de junho do ano passado. Segundo Carvalho, o governo não soube dialogar com a população. E que o “real” legado da competição estará claro à população após o torneio. Questionado se, caso fosse possível, o governo adiaria a realização da competição, Carvalho foi taxativo:
— Nunca. Tenho certeza que a Copa do Mundo vai ser um sucesso. Tenho a convicção que a presidente Dilma Rousseff vai colher os frutos da escolha do Brasil em realizar a competição.
Para o ministro, o governo não soube defender o legado publicamente:
— Se formou uma ideia que estávamos construindo elefantes brancos e não estamos. O problema é que não soubemos dizer isso à população. A ideia que se formou de elefante branco não é verdade. Assim que acabar a Copa do mundo, tenho a certeza de que a população vai reconhecer que a Copa deixará um legado para o Brasil — defendeu o ministro em entrevista ao GLOBO.
Pelas contas do governo federal, no final, serão gastos R$ 25 bilhões com a realização da Copa do Mundo. Destes, R$ 17 bilhões em mobilidade e “apenas” R$ 8 bilhões na construção de estádios. Segundo Gilberto Carvalho, o debate sobre a Copa não foi feito corretamente:
— Não fizemos esse debate quando precisávamos. Erramos nisso. O maior legado da Copa do Mundo não é os estádios que, reafirmo, não são elefantes brancos. O maior legado é na mobilidade. Mesmo que nem tudo fique pronto para a Copa, mas ficará para a população — afirmou o ministro.
As reações contrárias à realização da Copa do Mundo no Brasil ganharam força após as manifestações de junho do ano passado quando milhares de pessoas foram às ruas protestar contra o aumento na tarifa de ônibus. Na época, a presidente Dilma Rousseff anunciou cinco propostas que “atenderiam” as revindicações populares. Quase um ano depois, quatro dos cinco pontos - responsabilidade fiscal, saúde, educação, reforma política e mobilidade - pouco avançaram segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO. Carvalho discorda:
— As propostas anunciadas pela presidente Dilma avançaram. Pode ser que não tivemos o resultado esperado em alguns pontos como a reforma política, mas conseguimos garantir mais de R$ 50 bilhões em mobilidade, criamos o Mais Médicos e aumentamos os recursos para a educação — explicou.

oglobo

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