quarta-feira, 17 de junho de 2020

CEM ANOS DE MUNDO, DE VIDA E DE ESPERANÇA




                                                                        

O abutre e a menina: a história de uma foto histórica
Essas bombas me levaram a Cristo – Paróquia Nossa Senhora de ...
Martin Luther King: quem foi, biografia e discurso - Toda Matéria
https://s.ebiografia.com/img/pe/ss/pessoas_importantes_13.jpg
                                                                                  

                                 CEM ANOS DE MUNDO, DE VIDA E DE ESPERANÇA

                                                            FELIZ NOVA CIVILIZAÇÃO



1915 a 2015, cem anos de febre e de seca, cem anos de poeiras e ventos quentes,  cem anos de fome , mormaço , miragem e de abandono, cem anos de sobrevivência.
 Naquela época , 1930 ,  Raquel de Queiroz documentava na sua obra aos 20 anos de idade a seca de 1915 a qual  vivera aos 05 anos de idade. 
Hoje  com a lembrança, a vida, a sobrevivência , a  saga e a vivencia de um homem XERÓFILO, envio a minha mensagem a toda a humanidade pensando em abranger  até mesmo os mais céticos dos céticos, para isso  utilizo o que disse , o que pensou e o que pensa alguns notáveis dos últimos 100 anos, os poetas que falam a verdade  com a alma e com isenção, falam o que sentem .
A força é a linguagem dos fortes ,   dos poderosos e dos trogloditas , as bombas, as metralhadoras, os caças, os canhões e o urânio  as suas palavras, a imposição da subserviência, a hierarquia, a tecnologia protegida, o registro dos inventos, inclusive as do DNA,  e a dependência aos hegemônicos são as propriedades utilizadas pelas grandes potencias hegemônicas  para eliminar os seus dominados.
Façam o que quero , comam o que sobra, vivam como mando, do contrário ,  à  morte. 
Igualité, Fratelité e Liberté, MERCI BOCU, MERCI BOCU NÃO HÁ DE QUE.
Sonhar não é pecado e se fosse,  este sonho seria perdoado.
Iderval Reginaldo Tenório

ACESSEM O BLOG   


iderval.blogspot.com


para a leitura da matéria completa e ouvir as musicas vale a pena.
basta clicar no link acima.




EU QUERO APENAS


Compositor: Roberto Carlos - Erasmo Carlos (versão: Buddy Mary McCluskey


 


Eu quero apenas olhar os campos
Eu quero apenas cantar meu canto
Eu só não quero cantar sozinho
Eu quero um coro de passarinhos

Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero apenas um vento forte
Levar meu barco no rumo norte
E no caminho o que eu pescar
Quero dividir quando lá chegar

Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero crer na paz do futuro
Eu quero ter um quintal sem muro
Quero meu filho pisando firme
Cantando alto, sorrindo livre

Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero amor decidindo a vida
Sentir a força da mão amiga
O meu irmão com um sorriso aberto
Se ele chorar quero estar por perto

Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Venha comigo olhar os campos
Cante comigo também meu canto
Eu só não quero cantar sozinho
Eu quero um coro de passarinhos

Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

iderval.blogspot.com

para a leitura da matéria completa e ouvir as musicas vale a pena, vá até o blog, basta clicar no link acima.
 


 


Blowin' In The Wind


Bob Dylan


How many roads must a man walk down


Before you can call him a man?


How many seas must a white dove sail


Before she sleeps in the sand?


Yes, and how many times must cannonballs fly


Before they're forever banned?


The answer, my friend, is blowin' in the wind


The answer is blowin' in the wind


 


Yes, and how many years can a mountain exist


Before it's washed to the seas (sea)


Yes, and how many years can some people exist


Before they're allowed to be free?


Yes, and how many times can a man turn his head


And pretend that he just doesn't see?


The answer, my friend, is blowin' in the wind


The answer is blowin' in the wind


 


Yes, and how many times must a man look up


Before he can see the sky?


Yes, and how many ears must one man have


Before he can hear people cry?


Yes, and how many deaths will it take till he knows


That too many people have died?


The answer, my friend, is blowin' in the wind


The answer is blowin' in the wind


 


 


Soprando no vento


Quantas estradas um homem deve percorrer


Pra poder ser chamado de homem?


Quantos oceanos uma pomba branca deve navegar


Pra poder dormir na areia?


Sim e quantas vezes as balas de canhão devem voar


Antes de serem banidas pra sempre?


A resposta, meu amigo, está soprando no vento


A resposta está soprando no vento






Sim e por quantos anos uma montanha pode existir


Antes de ser lavada pelos oceanos?


Sim e por quantos anos algumas pessoas devem existir


Antes de poderem ser livres?


Sim e quantas vezes um homem pode virar a cabeça


Fingir que ele não vê


A resposta, meu amigo, está soprando no vento


A resposta está soprando no vento






Sim e quantas vezes um homem deve olhar pra cima


Antes de conseguir ver o céu?


Sim e quantos ouvidos um homem deve ter


Pra poder conseguir ouvir as pessoas chorarem?


Sim e quantas mortes serão necessárias até ele saber


Que pessoas demais morreram?


A resposta, meu amigo, está soprando no vento


A resposta está soprando no vento


 


Imagine


Jonh Lennon


Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today


Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace


You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one


Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world


You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one


Imagine


Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje


Imagine não existir países
Não é difícil de fazer
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz


Você pode dizer
Que sou um sonhador
Mas não sou o único
Tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo será como um só


Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade do Homem
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo


Você pode dizer
Que sou um sonhador
Mas não sou o único
Tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo viverá como um só










 



                   




Olha o padeiro entregando o pão De casa em casa entregando o pão Menos naquela, aquela, aquela, aquela não Pois quem se arrisca a cair no alçapão? Pois quem se arrisca a cair no alçapão?
Anavantu, anavantu, anarriê Nê pa dê qua, nê pa dê qua, padê burrê Igualitê, fraternitê e libertê Merci bocu, merci bocu
Não há de que
Rua formosa, moça bela a passear Palmeira verde e uma lua a pratear Um olho vivo, vivo, vivo a procurar Mais uma ideia pro padeiro amassar Mais uma ideia pro padeiro amassar
Anavantu, anavantu, anarriê Nê pa dê qua, nê pa dê qua, padê burrê Igualitê, fraternitê e libertê Merci bocu, merci bocu
Não há de que
Você já leu o artigo 26 Ou sabe a história da galinha pedrês E me traduza aquele roque para o português A ignorância é indigesta pro freguês A ignorância é indigesta pro freguês
Anavantu, anavantu, anarriê Nê pa dê qua, nê pa dê qua, padê burrê Igualitê, fraternitê e libertê Merci bocu, merci bocu Não há de que
Você queria mesmo, é ser, um sanhaçu Fazendo fio e voando pelo azul Mas nesse jogo lhe encaixaram, e é uma loucura
Lá vem o padeiro, pão na boca é o que te cura
Lá vem o padeiro, pão na boca é o que te cura
Anavantu, anavantu, anarriê
Nê pa dê qua, nê pa dê qua, padê burrê
Igualitê, fraternitê e libertê
Merci bocu, merci bocu
nâo há de que.
ESCUTEM ESTES MENSAGEIROS DA CIDADANIA, o Ednardo é um cearense de valor e que muito orgulho nos traz.

Ednardo - Artigo 26 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=fyhbVzqaNQY
12 de jul de 2010 - Vídeo enviado por carvalhotiao
Nessa música, Ednardo remete ao jornal O PÃO, publicado pela PADARIA ESPIRITUAL, movimento
 

Blowin in The Wind - Bob Dylan - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=3l4nVByCL44
4 de out de 2013 - Vídeo enviado por Naucruz
Blowin in The Wind Bob Dylan How many roads must a man walk down, Before you can call him a man? How ...

Imagine - John Lennon (Legendado) Excellent !!! - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=bBW8g64Vzf8
8 de dez de 2011 - Vídeo enviado por ByNewsFacts
Imagine que não há paraíso, É fácil se você tentar, Nenhum inferno abaixo de nós, Acima de nós apenas o céu ...


Roberto Carlos - Eu Quero Apenas (1974) - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=-DPYIT6_qzs
12 de jun de 2014 - Vídeo enviado por Sandro M. Silva
Roberto Carlos - Eu Quero Apenas (1974). Sandro M. Silva. SubscribeSubscribedUnsubscribe 11 ...

Ednardo - Artigo 26 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=fyhbVzqaNQY
12 de jul de 2010 - Vídeo enviado por carvalhotiao
Nessa música, Ednardo remete ao jornal O PÃO, publicado pela PADARIA ESPIRITUAL, movimento

terça-feira, 16 de junho de 2020

PADRE CÍCERO- LIRA NETO

A HISTÓRIA DO JUAZEIRO DO NORTE , DE LAMPIÃO E DO PADRE CÍCERO , É A NOSSA HISTÓRIA .

O CEARÁ EM CHAMAS  , O PACTO DOS CORONÉIS.

Esta obra é de leitura obrigatória por todos os aque moram no Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, no Cariri cearense, no Ceará, no Nordeste , no Brasil e no mundo, todos que queiram se inteirar do Brasil de 1844 a 1934 , é um livro que conta com detalhes  a  história do Brasil nos seus  vários angulos. 

o Autor, o meu amigo Lira neto.

Iderval Reginaldo Tenório


Padre Cicero - Lira Neto - Companhia Das Letras | Carrefour
João de Lira Cavalcante Neto (Fortaleza, 25 de dezembro de 1963) Lira Neto, é escritor e jornalista, mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará.
Tem doze livros publicados. Venceu quatro vezes o Prêmio Jabuti de Literatura (2007, 2010, 2013 e 2014) e uma vez o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA (2014), sempre na categoria Biografia


Luiz Gonzaga e Benito di Paula - Viva meu padim (João Silva, Luiz Gonzaga). vitrolanoberro. Loading ...
20 de mai. de 2011 - Vídeo enviado por vitrolanoberro
Song. Viva Meu Padim. Artist. Luiz Gonzaga. Licensed to YouTube by. SME (on behalf of Sony BMG ...
17 de mar. de 2012 - Vídeo enviado por Pedro Macêdo
Provided to YouTube by Som Livre Viva Meu Padim · Benito Di Paula Viva Meu Padim ℗ 1994 Som ...
31 de jul. de 2018 - Vídeo enviado por Benito di Paula - Topic
LUIZ GONZAGA E BENITO DI PAULA.
6 de jul. de 2015 - Vídeo enviado por maria do socorro porto Magalhaes

Provided to YouTube by Sony Music Entertainment Viva Meu Pad

A tungíase é ectoparasitose associada à pobreza- BICHO DE PÉ.


Adicionar legenda

INTRODUÇÃO
A tungíase é ectoparasitose associada à pobreza, constituindo problema de saúde pública em comunidades carentes.1 Além da remoção do parasita da pele, alguns medicamentos, tópicos e sistêmicos, têm sido utilizados no tratamento, porém não há consenso quanto ao melhor método terapêutico.2 Relata-se caso de tungíase disseminada com boa resposta clínica à ivermectina oral.

RELATO DO CASO
Paciente do sexo masculino, 42 anos, trabalhador rural (criador de porcos), apresentando há cinco meses múltiplas lesões papulosas, amareladas, com pontos enegrecidos centrais, localizadas nos pés (Figuras 1 e 2), membros inferiores, mãos (Figura 3), glúteos e genitália, com infecção bacteriana secundária. Foi internado, sendo tratado com ivermectina (12mg/semana) por cinco semanas, antibioticoterapia sistêmica e vacina antitetânica, com resolução total do quadro (Figura 4).












DISCUSSÃO
A Tunga penetrans é a menor das pulgas conhecidas no mundo, com aproximadamente 1mm de comprimento. 1,3 Sua larva se desenvolve em solos quentes, secos e arenosos de praias e zonas rurais.3-5 É endêmica na América do Sul e Central, no Caribe, na África sul-sahariana e oeste da Índia, sendo rara na Europa e América do Norte.4,6,7 Tanto os machos quanto as fêmeas se alimentam de sangue, de maneira intermitente, mas a infestação do parasita na epiderme de alguns mamíferos, entre eles o homem, se dá por fêmeas grávidas.1,4

A história natural da tungíase desenvolve-se em cinco fases, de acordo com a classificação de Fortaleza.4 Na fase I ocorre a penetração da pulga na epiderme, provocando processo inflamatório local com dilatação dos vasos dérmicos. Na fase II, o parasita penetra a cabeça na derme e se alimenta nos vasos sangüíneos; a cauda fica na superfície, para respiração, eliminação de excretas e ovos. Na fase III há produção de ovos; o corpo atinge 7mm de comprimento; é possível então identificar, clinicamente, um halo amarelado abaixo de área hiperceratótica. A fase IV ocorre após a deposição dos ovos. A pulga morre, e sua carapaça é expelida. Por fim, na fase V, há reorganização da epiderme, em aproximadamente quatro semanas, restando pequenos resíduos que ficarão ali por meses. Os ovos liberados na fase III, em três ou quatro dias, tornamse larvas, que se transformam em pupas. Após duas semanas, as pupas estão adultas e, ao encontrar outro hospedeiro, se multiplicam e completam o ciclo.1,4 Ovos, larvas e pupas podem permanecer no solo por semanas ou meses. Por isso, tratar o solo e estimular o uso de calçados em locais contaminados são medidas fundamentais para diminuir a incidência da doença e para sua profilaxia. O uso de repelentes também é útil para diminuir a infestação.8
As lesões podem ocorrer em qualquer parte do corpo, preferencialmente nas regiões plantares periungueais e interdigitais.1,4,9 Podem ser únicas ou múltiplas e se caracterizam por pápulas ceratósicas com elevação central enegrecida, que corresponde à parte posterior da pulga.1,9 De acordo com estudos brasileiros realizados em Fortaleza e no Rio Grande do Sul, estima-se que 16% dos contaminados apresentem tungíase disseminada.10
 
O quadro é geralmente assintomático, mas quando há impetiginização das lesões podem ocorrer eritema, edema, dor, prurido, pústulas, supuração, úlceras e deformidades dos dedos.1,9 Alcoólatras, portadores de doenças mentais e moradores de comunidades subdesenvolvidas são mais predispostos a desenvolver quadros disseminados, com infecção bacteriana secundária.10
Complicações mais raras incluem linfedema, gangrena, perda permanente das unhas, amputação dos dedos, sepse e morte. São descritos casos de colonização das lesões por Streptococcus pyogenes, Staphylococcus aureus, Klebsiella aerogenes, Enterobacter agglomerans, Escherichia coli e outras enterobactérias.3
 
O tétano é complicação comum, estimando-se que cerca de 50% dos casos de tétano nas áreas endêmicas sejam secundários à infestação pela Tunga penetrans.4
 
O tratamento de escolha é a remoção cirúrgica do parasita com material esterilizado.2,9 Nos casos disseminados, não há consenso quanto à melhor opção terapêutica, sendo relatado o uso do niridazole (30mg/kg, medicamento não mais disponível no mercado),11 do tiabendazol (25 a 50mg/kg/dia)3,12 e da ivermectina oral (200μg/kg, em dose única),2,9 além do uso tópico da vaselina salicilada a 20%,13 da ivermectina, do tiabendazol e do metrifonato.14
 
Optou-se pelo tratamento do doente com ivermectina oral. A ivermectina é um antiparasitário desenvolvido na década de 1970. Tem boa absorção por via oral e é excretada completamente pelo sistema biliar. Sua meia-vida é de aproximadamente 12 horas. Sabe-se que a ivermectina estimula a descarga do ácido gama-aminobutírico (Gaba) nas terminações nervosas do parasita, aumentando a fixação do Gaba nos receptores das terminações nervosas. Assim, os impulsos nervosos são interrompidos, levando à paralisia e morte do parasita. É contra-indicada em caso de hipersensibilidade à droga e deve-se ter precaução em lactantes e crianças com menos de 15kg.9

cegueira dos rios pode ser eliminada com ivermectina




8 mitos e verdades sobre cuidados com os olhos - Vya Estelar
freetoedit remixit eye eyes Image by ♤Kinney R2♤



Cegueira dos rios pode ser eliminada com ivermectina

21 julho 2009
Estudo realizado no Senegal e Mali mostra que o uso do medicamento eliminou infecções e transmissões em três áreas específicas desses dois países africanos, onde a doença era endémica; cegueira dos rios afecta 37 milhões de pessoas no mundo, particularmente em África.


Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque
A cegueira dos rios pode ser eliminada com a ivermectina, um medicamento que tem contribuido para controlar a doença de forma significativa nos países endémicos.

A afirmação consta de um estudo realizado conjuntamente pela Organização Mundial da Saúde, OMS, e pelos ministérios da Saúde do Mali e Senegal, na África Ocidental.

Doença Endémcia
Cerca de 37 milhões de pessoas, particularmente em regiões rurais e pobres de África, estão infectadas com a oncocercose, também conhecida por cegueira dos rios porque a mosca negra que transmite o parasita vive em rios.

Os resultados do estudo, divulgado esta terça-feira, mostram que o tratamento com ivermectina eliminou infecções e transmissões em três áreas específicas daqueles dois países africanos, onde a doença era endémica.

O director do Programa Africano de Controle da Oncocercose, Apoc na sua sigla em inglês, Uche Amazigo, descreveu a notícia como histórica, afirmando que teria implicações significativas no combate contra a doença.

A multinacional farmacêutica, Merck, que descobriu e produz a ivermectina, concordou em 1987 doar o medicamento a países onde a doença é endémica. Em 2008, mais de 60 milhões de pessoas em 26 Estados africanos foram tratadas com ivermectina.

Deficiência Visual
A OMS afirma que o medicamento permitiu controlar a cegueira dos rios no continente, mas até à realização do estudo não era evidente que o seu uso poderia eliminar a infecção e transmissão, permitindo o fim seguro do tratamento com ivermectina.
A agência da ONU indica que o princípio da eliminação da oncocercose através do uso da ivermectina foi estabelecido, mas recomenda mais pesquisas para determinar se os resultados do estudo no Mali e Senegal podem ser extrapolados a outras regiões africanas.


A cegueira dos rios é uma doença debilitante causada por um parasita transmitido pela picada da mosca negra. A infecção conduz a lesões graves na pele, à deficiência visual e à cegueira. Ela é a quarta causa mundial de cegueira evitável, logo a seguir à catarata, glaucoma e tracoma

cegueira dos rios pode ser eliminada com ivermectina

Cegueira | A advocacia criminal em tempos de cegueira
Adicionar legenda

cegueira dos rios pode ser eliminada com ivermectina

21 julho 2009
Estudo realizado no Senegal e Mali mostra que o uso do medicamento eliminou infecções e transmissões em três áreas específicas desses dois países africanos, onde a doença era endémica; cegueira dos rios afecta 37 milhões de pessoas no mundo, particularmente em África.


Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque
A cegueira dos rios pode ser eliminada com a ivermectina, um medicamento que tem contribuido para controlar a doença de forma significativa nos países endémicos.

A afirmação consta de um estudo realizado conjuntamente pela Organização Mundial da Saúde, OMS, e pelos ministérios da Saúde do Mali e Senegal, na África Ocidental.

Doença Endémcia
Cerca de 37 milhões de pessoas, particularmente em regiões rurais e pobres de África, estão infectadas com a oncocercose, também conhecida por cegueira dos rios porque a mosca negra que transmite o parasita vive em rios.

Os resultados do estudo, divulgado esta terça-feira, mostram que o tratamento com ivermectina eliminou infecções e transmissões em três áreas específicas daqueles dois países africanos, onde a doença era endémica.

O director do Programa Africano de Controle da Oncocercose, Apoc na sua sigla em inglês, Uche Amazigo, descreveu a notícia como histórica, afirmando que teria implicações significativas no combate contra a doença.

A multinacional farmacêutica, Merck, que descobriu e produz a ivermectina, concordou em 1987 doar o medicamento a países onde a doença é endémica. Em 2008, mais de 60 milhões de pessoas em 26 Estados africanos foram tratadas com ivermectina.

Deficiência Visual
A OMS afirma que o medicamento permitiu controlar a cegueira dos rios no continente, mas até à realização do estudo não era evidente que o seu uso poderia eliminar a infecção e transmissão, permitindo o fim seguro do tratamento com ivermectina.
A agência da ONU indica que o princípio da eliminação da oncocercose através do uso da ivermectina foi estabelecido, mas recomenda mais pesquisas para determinar se os resultados do estudo no Mali e Senegal podem ser extrapolados a outras regiões africanas.


A cegueira dos rios é uma doença debilitante causada por um parasita transmitido pela picada da mosca negra. A infecção conduz a lesões graves na pele, à deficiência visual e à cegueira. Ela é a quarta causa mundial de cegueira evitável, logo a seguir à catarata, glaucoma e tracoma

Conheça 5 brasileiros negros famosos que foram retratados como brancos

                                      




Colorização feita pela Faculdade Zumbi de Palmares para o projeto  “Machado de Assis Real”

A força do Negro no Brasil data de séculos atrás, nem o período da escravatura freiou a saga destes heróis.

Publicarei diversas páginas para mostrar ao país e aos jovens negros do Brasil que nada impedirá a ascensão social , basta dedicação à escola e ao exercício da cidadania, não deixem  o bonde passar, levem a escola a sério.

Naquela ÉPOCA  não se conhecia ninguém, os jornais eram para as elites e tudo era feito para os ricos, as fotografias eram raras e os círculos de encontros eram limitados e fechados, todos que ascendiam eram brancos. 

Iderval Reginaldo Tenório

Conheça 5 brasileiros negros famosos que foram retratados como brancos

Principalmente no início do século 20, pessoas negras que atingiam muito sucesso eram retratadas como brancas
André Nogueira Publicado em 02/06/2020, às 14h07 - Atualizado às 14h08
AddThis Sharing Buttons
Share to WhatsAppShare to FlipboardShare to Mais...



Colorização feita pela Faculdade Zumbi de Palmares para o projeto  “Machado de Assis Real”
Colorização feita pela Faculdade Zumbi de Palmares para o projeto “Machado de Assis Real” - Faculdade Zumbi de Palmares

Foi muito comum no Brasil que pessoas consideradas negras de grande sucesso em suas áreas, quando se tornassem populares, ficassem conhecidas por imagens que sugeriam que fossem brancas.
Principalmente no início do século 20, em que o racismo científico, o pós-abolição e a máquina fotográfica em preto-e-branco compunham as inovações das sociedades urbanas no Brasil, foi muito comum a divulgação de autores, escritores, artistas e políticos afrodescendentes como pessoas brancas.
Dadas as limitações do retrato em preto-e-branco, era fácil o clareamento das imagens, que passavam uma ideia de branquitude incompatível com a realidade. Muitos grandes nomes das arte e da política no Brasil eram considerados negros aos olhos dos homens e mulheres do século 20 (mesmo que muitos sejam, hoje, chamados de pardos ou outros eufemismos) mas divulgados como brancos.
Conheça 5 casos em que isso aconteceu ao longo dos anos:
5. Maria Firmina dos Reis



Crédito: Reprodução
Maria Firmina dos Reis foi uma importante escritora maranhense, relevante pelo marco de ser a primeira autora a publicar um romance no Brasil: Úrsula, lançado em 1859. Mas sua carreira, não se resumindo a isso, envolveu produções na área de música, poesia, antologias, reportagens para a imprensa local e conteúdo político. Firmina era engajada no movimento pela abolição da escravatura, chegando a escrever um Hino à Abolição. Também foi importante na criação de uma espécie de escola comunitária em que ela se dedicava a ensinar membros da comunidade sem condições de pagar por educação, dada a defasagem gigante que tinha a educação pública na época.
4. Nilo Peçanha



Nilo Peçanha / Crédito: Reprodução

O primeiro marco atingido por Peçanha é o de ser o primeiro presidente de descendência negra do Brasil. Assumindo o cargo com a morte do presidente Afonso Pena, Nilo Peçanha governou pouco tempo mas com muita conturbação, principalmente com o Partido Republicano Conservador, além das consequências políticas de seu apoio a Hermes da Fonseca. Antes da presidência, passou pelo senado, pela constituinte de 1890 e ainda foi presidente da província do Rio de Janeiro. Usualmente, Nilo é tido como mestiço, porém mesmo em vida, por razões políticas, negava sua ascendência negra e seus traços africanos, mesmo que confirmasse sua origem humilde. Nos jornais, muitos chargistas faziam piadas com o tom de sua pele.
3. Padre José Maurício



Pintura representando o padre / crédito: Wikimedia Commons

Famoso clérigo católico, José Maurício tem a grande maioria de sua produção ainda na colônia brasileira. Mais uma vez, trata-se de um homem de origens africanas, tratado como pardo e retratado como branco. O padre ficou famoso por sua produção musical como professor de música e  compositor de música sacra. Atinge o ápice de sua carreira em 1798, quando recebe licença para pregar e parte para uma vida de missionarismo como mestre de capela de uma catedral do Rio de Janeiro, se tornando responsável pela composição musical das missas. Atuou como organista, pregador e compositor.
2. Lima Barreto



Lima Barreto / Crédito: Reprodução

Afonso Henriques de Lima Barreto foi um famoso escritor brasileiro e neto de pessoas escravizadas, vindo de uma situação que beirava à miséria. Começou sua carreira com a produção de contos curtos e seu ingresso no jornal Fon-Fon, em 1907. O jornal não durou muito tempo e Lima Barreto se dedicou à produção de um romance nacional, ao mesmo tempo referencial e satírico. Daí nasceu, em 1911, seu famoso O Triste Fim de Policarpo Quaresma, sua principal obra, escrita em formato de folhetim. Atuou também como poeta, contista, cronista e ainda teve considerável ação política contra a estrutura racista e escravista do Rio de Janeiro, criticando com força nos jornais fluminenses posições conformistas. Ao mesmo tempo, foi um homem conflitivo: alcoólatra, passou diversas vezes pelo Hospital dos Alienados (hospício), além de criar conflitos na tentativa de ingressar na Academia Brasileira de Letras.
1. Machado de Assis



Machado de Assis em sua provável última foto em estúdio. / Crédito: Wikimedia Commons
Uma das maiores referências da arte nacional, Machado de Assis é bastante famoso e talvez um dos mais relevantes literatos da língua portuguesa. Famoso pela sua obra satírica, extremamente irônica e irreverente, o olhar do escritor é sempre focado na exposição dos podres da sociedade escravista, mas de uma maneira pouco óbvia, a ponto de ser taxado de conformista à época.
Homem negro retinto que viveu a vida toda no Rio de Janeiro, apostou na cultura e no versamento como forma de ascensão social, a ponto de se tornar funcionário público e diretor de bibliotecas, conhecido por toda a cidade. Autodidata (incluindo línguas), Machado passou pelo romantismo, mas também inaugurou a literatura realista brasileira com Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), inspirado em Balzac. Até hoje, Machado de Assis é uma das maiores referências da literatura lusófona, e é merecido. O exemplo de Machado é clássico de grande artista de gênio singular que era negro e foi embranquecido pela fotografia que o divulgava, sendo referência principal para este assunto polêmico.



segunda-feira, 15 de junho de 2020

Dominguinhos Canta e Conta Gonzaga - Filme

 Este documentário merece ser visto por todos os nordestinos deste país e por todos que queiram conhecer uma das mais belas histórias da cultura brasileira, não vou me prolongar , visto já ter feito um artigo sobre o mestre Dominguinhos e este documentário veio a calhar complementando a minha escrita , então não  preciso falar mais nada  sobre esta bela e educativa história. 

Sente numa cadeira confortável, ligue o computador ou o seu celular , mergulhe no mundo do nordeste e na trajetória de dois dos mais importantes cancioneiros do Brasil. 

Dominguinhos conta e canta  a sua história atrelada ao do Rei do Baião Luiz Gonzaga, ganhe o seu tempo assistindo este documentário, nele os amigos vão encontrar as suas próprias trajetórias de vida.

 Lembra o meu Pé de Serra na chapada do Araripe, lembra a Asa Branca e a Juriti,  lembra o meu Pernambuco e o meu Ceará, lembra o meu Juazeiro do Norte, o meu Cratinho de Açúcar, me transporta para o meu Exu  e o meu Bodocó , isto é NORDESTE. 

              NÃO DEIXEM DE ASSISTIR, ISTO É CULTURA, ISTO É BRASIL.

 Iderval Reginaldo Tenório



VAMOS COMPARTILHAR ESTA MATÉRIA PARA TODOS OS NOSSOS AMIGOS, EU PARA OS MEUS E VOCÊS PARA OS DE VOCÊS, VAMOS DIFUNDIR A NOSSA CULTURA E UMA HISTÓRIA EXEMPLAR.
Iderval Reginaldo Tenório

..

Medidas contra o coronavírus atrapalham combate global a outras doenças

Quixeramobim Agora: Charge do Bruno
Futebol sempre foi coisa para pobre no Brasil, até decidirem que ...
Viroses estão entre as principais causas de atendimento nos pronto ...
                 
Sarampo é tão contagioso quanto gripe – e a vacina é a única forma ...
As elites não engolem o pobre orgulhoso
Médicos brasileiros que substituíram cubanos deixam de lado ...
Adicionar legenda
                                                                                      



Medidas contra o coronavírus atrapalham combate global a outras doenças

Programas de vacinação em massa foram suspensos em países pobres, e retrocesso com sarampo, difteria e poliomielite já é perceptível



NOVA YORK - Enquanto países pobres de todo o mundo lutam para combater o coronavírus, eles contribuem involuntariamente para novas explosões de doenças e mortes por outras doenças. aquelas que são evitadas pelas vacinas.

Depois que a Organização Mundial da Saúde e a Unicef alertaram que a pandemia poderia se espalhar rapidamente quando crianças fossem à vacinação, muitos países suspenderam seus programas de imunização. Mesmo nos países que tentaram mantê-los em funcionamento, os vôos de carga com suprimentos de vacinas foram interrompidos pela pandemia, e os profissionais de saúde foram desviados para combatê-la.
LEIA TAMBÉM:  Brasil vive surto de sarampo, enquanto enfrenta a epidemia do novo coronavírus
Agora, a difteria está aparecendo no Paquistão, Bangladesh e Nepal. A cólera está no Sudão do Sul, Camarões, Moçambique, Iêmen e Bangladesh. Uma linhagem do vírus da poliomielite com mutações foi enontrada em mais de 30 países.
E o sarampo está avançando em todo o mundo, incluindo Brasil, Bangladesh, Camboja, República Centro-Africana, Iraque, Cazaquistão, Nepal, Nigéria e Uzbequistão.
SAIBA MAIS:  É preciso manter a rotina de vacinação mesmo durante a pandemia, afirma diretora de imunização da OMS
Dos 29 países que atualmente suspenderam as campanhas de sarampo por causa da pandemia, 18 estão relatando surtos. Outros 13 países estão considerando adiar. Segundo a Iniciativa contra o Sarampo e a Rubéola, 178 milhões de pessoas correm o risco de perder a vacina contra o sarampo em 2020.
O risco agora é "uma epidemia daqui a alguns meses matar mais crianças do que a Covid-19", disse Chibuzo Okonta, presidente da ONG Médicos Sem Fronteiras, na África Ocidental e Central.
Com a persistência da pandemia, a OMS e outros grupos internacionais de saúde pública estão  pedindo aos países que retomem cuidadosamente a vacinação enquanto combatem o coronavírus.
O que está em jogo é o futuro de uma colaboração de 20 anos que lutou a duras penas e evitou 35 milhões de mortes. Em 98 países, a iniciativa combateu doenças evitáveis por vacinas e reduziu a mortalidade em crianças em 44%, de acordo com um estudo de 2019 do Vaccine Impact Modeling Consortium, grupo de estudiosos de saúde pública.
"A imunização é uma das ferramentas mais poderosas e fundamentais de prevenção de doenças na história da saúde pública", disse o Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em comunicado. "A interrupção dos programas de imunização da pandemia de Covid-19 ameaça desfazer décadas de progresso contra doenças preveníveis por vacina, como o sarampo".

Medos e rumores

Mas os obstáculos ao reinício são consideráveis. Ainda é difícil encontrar suprimentos de vacinas. Os profissionais de saúde estão trabalhando cada vez mais com Covid-19, a doença causada pelo coronavírus. E uma nova onda de hesitação para vacinar está afastando os pais das clínicas.
Muitos países ainda não foram atingidos com toda a força da pandemia, o que enfraquecerá ainda mais sua capacidade de lidar com surtos de outras doenças.
"Teremos países tentando se recuperar de Covid e depois enfrentando sarampo. Isso desafiaria ainda mais seus sistemas de saúde e teria sérias conseqüências econômicas e humanitárias", diz Robin Nandy, chefe de imunização da Unicef, que fornece vacinas para 100 países, alcançando 45% das crianças menores de 5 anos.
O colapso da entrega da vacina também tem implicações severas na proteção contra o próprio coronavírus.
Em uma cúpula global no início deste mês, Gavi, ONG que promove vacinação, uma parceria de saúde fundada pela Fundação Bill e Melinda Gates, anunciou ter recebido promessas de US$ 8,8 bilhões em vacinas básicas para crianças em países pobres e de renda média e estava começando uma unidade para entregar as vacinas Covid-19, quando estiverem disponíveis.
Mas, à medida que os serviços entram em colapso sob a pandemia, "eles são os mesmos que serão necessários para enviar uma vacina de Covid", disse Katherine O'Brien, diretora de imunização, vacinas e produtos biológicos da OMS, durante um recente seminário sobre desafios de imunização.

Sarampo no Congo

Três profissionais de saúde com caixas térmicas cheias de vacinas e uma equipe de suporte de funcionários públicos da cidade entraram recentemente em uma canoa de madeira motorizada para descer o vasto rio Tshopo, na República Democrática do Congo.
Embora o sarampo tenha começado em todas as 26 províncias do país, a pandemia encerrou muitos programas de vacinação semanas antes.
A tripulação na canoa precisava encontrar um equilíbrio entre impedir a transmissão de um novo vírus que está apenas começando a atingir a África com força e deter um velho e conhecido assassino. Mas quando a canoa longa e estreita chegou às comunidades ribeirinhas, o maior desafio da equipe acabou não sendo a rotina de vacinar crianças em meio às restrições de segurança da pandemia. A equipe se viu trabalhando duro apenas para convencer os moradores a permitir que seus filhos fossem imunizados.
Muitos pais estavam convencidos de que a equipe estava mentindo sobre a vacina, achando que ela não seria contra o sarampo, mas secretamente uma vacina experimental contra o coronavírus, para a qual seriam cobaias inconscientes.
Em abril, a África de língua francesa ficou indignada com uma entrevista na televisão francesa, na qual dois pesquisadores disseram que as vacinas contra o coronavírus deveriam ser testadas na África, observação que reacendeu memórias de uma longa história de abusos. E no Congo, o virologista responsável pela resposta ao coronavírus disse que o país realmente concordou em participar de ensaios clínicos de vacinas neste verão. Mais tarde, ele esclareceu que qualquer vacina não seria testada no Congo até que fosse testada em outro lugar. Mas rumores perniciosos já haviam se espalhado.
A equipe convenceu o maior número de mães e pais que conseguiu, e os vacinadores de Tshopo imunizaram 16.000 crianças, com outras 2.000 ficando de fora.
Este foi o ano em que o Congo, o segundo maior país da África, lançou um programa nacional de imunização. A urgência não poderia ter sido maior. A epidemia de sarampo no país, iniciada em 2018, continua: desde janeiro deste ano, ocorreram mais de 60 mil casos e 800 mortes. Agora, o Ebola reemergiu, além da tuberculose e da cólera, que atingem regularmente o país.
Existem vacinas para todas essas doenças, embora nem sempre estejam disponíveis. No final de 2018, o país iniciou uma iniciativa de imunização em nove províncias. Foi uma façanha de coordenação e iniciativa e, em 2019, o primeiro ano completo, o percentual de crianças totalmente imunizadas saltou de 42% para 62% em Kinshasa, capital.
Nesta primavera, quando o programa estava sendo preparado para o lançamento em todo o país, o coronavírus atacou. Campanhas de vacinação em massa, que muitas vezes requerem convocar centenas de crianças para se sentarem aglomeradas em pátios e mercados das escolas, pareciam ser a receita perfeita para espalhar a Covid-19. Até a imunização de rotina, que normalmente ocorre nas clínicas, tornou-se insustentável em muitas áreas.
As autoridades de saúde do país decidiram permitir que as vacinações continuassem em áreas com sarampo, mas sem casos de coronavírus. Mas a pandemia congelou os vôos internacionais que trariam suprimentos médicos, e várias províncias começaram a ficar sem vacinas contra poliomielite, sarampo e tuberculose.
Quando os suprimentos de imunização finalmente chegaram a Kinshasa, eles não puderam ser transportados pelo país. Os vôos domésticos foram suspensos. O transporte terrestre não era viável por causa de estradas de má qualidade. Eventualmente, uma missão de forças de paz das ONU transportou suprimentos em seus aviões.
Ainda assim, os profissionais de saúde, que não tinham máscaras, luvas ou álcool em gel, tinham medo de se infectar; muitos pararam de trabalhar. Outros foram realocados para treinamento de combate à Covid-19.
O impacto cumulativo foi particularmente terrível para a erradicação da poliomielite - cerca de 85 mil crianças congolesas não receberam a vacina.

Sarampo em todo lugar

Mas a doença que mais preocupa as autoridades de saúde pública é o sarampo.
O vírus do sarampo se espalha facilmente pelo aerossol (partículas ou gotículas suspensas no ar) e é muito mais contagioso do que o coronavírus, de acordo com especialistas dos CDC (Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA).
"Se as pessoas entrarem em uma sala onde uma pessoa com sarampo esteve duas horas atrás e ninguém foi imunizado, 100% dessas pessoas serão infectadas", disse a Dra. Yvonne Maldonado, especialista em doenças infecciosas pediátricas na Universidade Stanford.
Nos países mais pobres, a taxa de mortalidade por sarampo em crianças menores de 5 anos varia entre 3 e 6%; condições como desnutrição ou campos de refugiados superlotados podem aumentar ainda mais essa parcela. As crianças podem sucumbir a complicações como pneumonia, encefalite e diarréia grave.
Em 2018, o ano mais recente para o qual foram compilados dados em todo o mundo, havia quase 10 milhões de casos estimados de sarampo e 142.300 mortes relacionadas. E os programas globais de imunização eram mais robustos na época.
Antes da pandemia de coronavírus na Etiópia, 91% das crianças na capital, Adis Abeba, receberam sua primeira vacinação contra o sarampo durante visitas de rotina, enquanto 29% nas regiões rurais a receberam. (Para evitar um surto de uma doença altamente infecciosa como o sarampo, a cobertura ideal é de 95% ou mais, com duas doses da vacina.) Quando a pandemia ocorreu, o país suspendeu sua campanha de abril contra o sarampo. Mas o governo continua a relatar muitos casos novos.
"Os patógenos epidêmicos não respeitam fronteiras", diz O’Brien, da OMS "Sobretudo o sarampo: ter sarampo em um lugar é ter sarampo em todos os lugares."