quarta-feira, 3 de julho de 2019

CONFISSÃO DE CABOCLO - ZÉ DA LUZ



 Abraços e boa leitura
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CONFISSÃO DE CABÔCO
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                                                                        ZÉ DA LUZ


Amigos do blog cultural, vejam a riqueza de um homem sensível e que tem muito a nos ensinar, o grande poeta Paraibano Zé da Luz,(Zé da Luz Severino de Andrade Silva, nasceu em Itabaiana, PB, em 29/03/1904 e faleceu no Rio de Janeiro-RJ, em 12/02/1965.


Nesta poesia o Zé mergulha por diversas demandas sociológicas, econômicas,  políticas, éticas e sentimental, numa poesia conseguiu mostrar ao mundo de que pena a sociedade brasileira e nordestina, o poeta vai fundo no poderio econômico dos grandes patrões, nos contratos entre o patrão e o trabalhador, fala das necessidades dos mais pobres , da falta da Escola para o povo sofrido.

 Mergulha na lealdade e sinceridade da mulher nordestina e sertaneja, fortifica o amor entre dois seres humanos independente da existência ou não de algum patrimônio, atiça a honestidade do homem do campo , fala da confiança do analfabeto nos homens da justiça, enfim, mostra o relacionamento do homem com o homem e as suas vertentes.

O  Zé  da Luz nesta poesia foi fundo, foi no âmago, furou a alma, se que ela existe. Em CUNFISSÃO DE CABÔCO o Zé  falou de tudo, colocarei em negrito algumas das estrofes mais categóricas e importantes.
 Abraços e boa leitura

Iderval Reginaldo Tenório




CONFISSÃO DE CABÔCO

Seu doutô, sou criminoso.
Sou criminoso de morte.
Tou aqui pra mim intregá.
Voimicê fique sabendo:
– Quando a muié traz a sorte
De atraiçoá o isposo
Só presta pra se matá.


Nunca pensei, seu doutô
Qui a mão nêga do distino,
Merguiasse as minhas mão
No sangue dos assarcino!

Vô li pidí um favô
Ante de vossamercê
Mim butá daqui pra fora:
– É a licença do doutô
Pr’eu li contá minha histora.

Sinhô dotô delegado,
Digo a vossa sinhuria
Qui inté onte fui casado
Cum a muié qui im vida
Se chamô ROSA MARIA.

Faz dez mês qui se gostemo,
Faz oito qui fumo noivo
Faz sete qui nós casêmo.

Nós casêmo e nós vivia
Cuma pobre, é verdade,
Mas a gente se sentia
Rico de filicidade!

Pras banda qui nós morava,
No lugá Chã da Cutia,
Morava tombém um cabra
Chamado Chico Faria.

Esse cabra, antigamente,
Tinha gostado de Rosa,
Chegaro, inté a sê noivo,
Mas num fizero a “introza”
Do casamento, prumode
Mané Uréia de bode,
Qui era padrim de Maria
Tê dismanchado essa prosa.

Entoce, o Chico Faria,
Adispois qui nós casêmo,
In cunversa, as vez dizia,
Qui ainda mi dava fim
Pra se casá cum Maria.

Dessa coisa eu sabia,
Mas nunca dei importança.

Tinha toda cunfiança
Na muié qui eu tanto amava,
Ou mais mió, adorava...
Cum toda a minha sustança!

Dispois disso, o meu custume
Era vivê trabaiando
Sem da muié tê ciume.

A muié pru sua vez
Nunca me deu cabimento
Deu pensá qui ela fizesse
Um dia um farcejamento.

Mas, seu doutô, tome tento
No resto da minha histora,
Qui o ruim chegô agora:

Se não me farta a mimora,
Já faz assim uns três mêis,
Qui o cabra, Chico Faria,
Todo prosa, todo ancho,
Quage sempre, mais das vêz,
Avistava o meu rancho.

Puralí, discunfiado
Como quem qué e não qué,
Eu fui vendo qui o marvado
Tentava a minha muié.

Ou tentação ou engano,
Eu fui vendo a coisa feia!
Pru derradêro eu já tava
C’a mosca detrás da uréia.

Os tempo foi se passando
E o meu arriceiamento
Cada vez ia omentano.

Seu dotô, vá iscutano:

Onte, já de tardezinha
O meu cumpade, Quinca Arruda,
Mi chamô pra nós dança
Num samba – lá na Varginha,
Na casa do mestre Duda.

Mestre Duda é um cabôco,
Um tocado de premêra.
É o imboladô de côco
Mió daquela rebêra.

Entonce Rosa Maria,
Sempre gostou de samba,
Mas, porém, de tardezinha
Me disse discunfiada,
Qui pru samba ela não ia,
Qui tava munto infadada,
Percisava se deita...

Eu fiquei discunfiado
Cum a preposta da muié!

Dispois qui tomei café,
Cuage puro sem mistura,
Cum a faca na cintura
Fui pru samba, fui sambá.

Cheguei no samba, dotô.
Repare agora, o sinhô,
Quem era qui tava lá?

O cabra Chico Faria.
Qui quano foi me avistando,
Foi logo mi preguntando:
– Cadê siá dona Maria,
Num veio não, pra dançá?

– Não sinhô. Ficô im casa.
Pru cabôco arrispondí.

Senti, entonce uma brasa
Queimano meu coração,
Nunca mais pude tirá
As palavra desse cabra
Da minha maginação.

Perdí o gosto da festa
E dançá num pude não.

O cabra, pru sua vez
Num dançava, seu doutô.
De vez im quando me oiva
Cum um oiá de traidô.

Meia noite, mais ou meno,
Se dispidino do povo
Disse: – Adeus, qui eu já vô.

Quando ele se arritirô,
Eu tombem me arritirei
Atraiz dele, sim sinhô.
Ele na frente, eu atrais.
Se o cabra andava ligêro,
Eu andava munto mais!

Noite iscura qui nem breu!

Nem eu avistava o cabra,
Nem o cabra via eu!

Sempre andando, sempre andando.
Ele na frente, eu atrais.

Já nem se iscutava mais
A voz do fole tocando
Na casa do mestre Duda!

A noite tava mais preta
Qui a cunciênça de Judá!

Sempre andando, sempre andando.
Eu fui vendo, seu doutô,
Qui o marvado ia tumando
Direção da minha casa!

Minha casa!... Sim sinhô!

Já pertinho, no terrero
Eu mim iscundí pru detraiz
De um pé de trapiazêro.

Abaixadim, iscundido,
Prendi a suspiração,
Abri os óio, os ouvido,
Pra mió vê e ouvi
Qua era a sua intenção.

Seu doutô, repare bem:

O cabra oiando pra traiz,
Do mermo jeito, qui faiz
Um ladrão pra vê arguém,
Num tendo visto ninguém,
Na minha porta bateu!
De lá de dentro uma voiz
Bem baixim arrispondeu...

Ele entonce, cá de fora:

– Quem ta bateno sou eu!

De repente abriu-se a porta!

Aí seu doutô, nessa hora
A isperança tava morta,
Tava morto o meu amô...

No iscuro uma voiz falô:

– Taqui, seu Chico, essa carta,
Qui a tempo tinha iscrivido
Pra mandá pra voismicê.
Pru favô num leia agora,
Vá simbora, vá simbora,
Qui quando chegá im casa
Tem munto tempo pra lê.

Quando minhas oiça ouviu,
As palavra qui Maria
Dizia pru disgraçado,
Eu fiquei amalucado,
Fiquei quage cuma loco,
Ou mio, cumo um cabôco
Quando ta chêi de isprito!

Dum sarto, cumo um cabrito,
Eu tava nos pés do cabra
E sem querer dei um grito:

– Miserave! E arrastei
Minha faca da cintura.

Naquela hora dotô,
Eu vi o Chico Faria,
Na bêra da sipurtura!

Mas o cabra têve sorte.

Sempre nessas circunstança
Os home foge da morte.

Correu o cabra, dotô
Tão vexado, qui dêxou
A carta caí no chão!

Dei de garra do papé,
O portadô da traição!

Machuquei nas minha mão,
A honra, douto, a honra
Daquela farsa muié!

Dispois oiando pra carta
Tive pena, pode crer,
De num tê prindido a lê.
Nas letra alí iscrivida
O qui dizia Maria
Pru marvado traidô.

Tive pena, sim sinhô.
Mas, qui haverá de fazê
Se eu nunca prindí a lê?

Maria mi atraiçuô!

Essa muié qui um dia,
Juêiada nos pé do artá
Jurou im nome de Deus
Qui inquanto tivesse vida,
Haverá de mim honrá
E mim amá cum todo amo.

Cum perdão do seu doutô.

Quando eu vi a miserave
Na iscurideza da noite
Dos meu oio se iscondê
Sem dêxá nem sombra inté
Entrei pra dentro de casa
Pra mi vingá da muié.


Douto, qui hora minguada!
Maria tava ajuêiada,
Chorando, cum as mão posta
Cumo quem faz oração.
Oiando pra eu pedia,
Pelo cali, pela osta,
Pru Jesus crucificado,
Pelo amo qui eu li amava
Qui num fizesse isso não.

Eu tava, doutô, eu tava
Cego de raiva e paixão.

Sem dizê uma palavra,
Agarrei nas suas mão,
Levantei ela pra riba
E interrei inté o cabo,
O ferro da parnaíba
Pru riba do coração!

Sarvei a honra, doutô,
Sarvei a honra, apois não!


Dispois qui vi a Maria
Caí sem vida no chão,
Vim fala cum vosmicê,
Vim cunfessá o meu crime
E mim intregá as prisão.

Se o sinhô num acredita
Se eu sô criminoso ou não,
Tá aqui a faca assarcina
E o sangue nas minhas mão.

Cumo prova da traição,
Tá aqui a carta, doutô.

Li peço um grande favô:

Ante de vossa-sinhuria
Mi mandá lá para prisão
Me lêia aqui essa carta
Pr’eu sabê cumo Maria
Perparava essa trição!

A CARTA

“Seu Chico:

                 Chã da Cutia.

Digo a vossa senhoria
Que só lhe escrevo essa carta
Pru senhor ficar sabendo
Que eu não sou a mulher
Que o senhor tá entendendo.

Se o senhor continuar
Com os seus disbiques atrevidos
O jeito que tem é contar
Tudo, tudo a meu marido.

O senhor fique sabendo
Que com seu discaramento,
Não faz nunca eu quebrar
O sagrado juramento
Que eu jurei nos pés do altar,
No dia do casamento.

Se o senhor é inxirido,
Encontrou u’a mulher forte,
O nome do meu marido
Eu honro até minha morte!

Sou de vossa senhoria,

                   Sua criada.

                    MARIA.”


– Doutô! Doutô mi arresponda
O qui é qui eu tô ouvindo?
Vosmicê leu a carta,
Ou num leu, ta mi inludindo?

– Doutô! Meu Deus! Seu doutô,
Maria tava inucente?
Me arresponda pru favo!

Inocente! Sim, senhor!

Matei Maria inucente!

Pru que, seu doutô, pru que?

Matei Maria somente
Pruque num aprendi a lê!

Infiliz de quem num leu
Uma carta de ABC.

Magine agora o doutô,
Quanto é grande o meu sofrê!

Sou duas veiz criminoso,
Qui castigo, seu doutô!

Qui mizera! Qui horrô!
Qui crime num sabê lê!
                         Zé da Luz

AUTOR: ZÉ DA LUZ
(Zé da Luz Severino de Andrade Silva, nasceu em Itabaiana, PB, em 29/03/1904 e faleceu no Rio de Janeiro-RJ, em 12/02/1965)




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Míriam Leitão: exclusão de estados e municípios da reforma custará em 10 anos R$ 520 bilhões

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SERÁ QUE ESTES  HOMENS QUE GOVERNAM  OS ESTADOS ESTÃO QUERENDO O BEM DA POPULAÇÃO?




 

BRASÍLIA — Insatisfeitos com o relatório da reforma da Previdência , líderes de partidos do centrão trabalham para atrasar a tramitação da proposta. Os parlamentares querem retirar qualquer referência a estados e municípios do texto antes que ele seja votado na Comissão Especial que analisa o tema. O pano de fundo dessa pressão é que os deputados não querem arcar com o ônus de mudar regras para a aposentadoria de servidores dos governos regionais às vésperas de um ano eleitoral. Isso, na avaliação dos parlamentares, seria uma ajuda aos governadores que, em vários locais, são adversários políticos dos deputados.

Míriam Leitão: exclusão de estados e municípios da reforma custará em 10 anos R$ 520 bilhões 

 

Nova regras federais para Previdência não serão aplicadas aos governos regionais, que podem precisar de socorro da União. Colunista comenta os principais pontos alterados pelo relator.


O custo de excluir os estados e municípios da reforma da Previdência pode chegar a R$ 520 bilhões em dez anos. Caso nenhum estado ou município faça a sua reforma, a manutenção das regras atuais impedirá uma economia de R$ 350 bilhões nos sistemas estaduais e de R$ 170 bilhões nos municipais. Ainda assim, a reforma como ficou na sua versão final nessa comissão especial é a mais ampla já feita até agora e representa, segundo calcula o governo, uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos.


No seu voto complementar, o deputado Samuel Moreira constitucionalizou o critério de um quarto de salário mínimo como a renda familiar per capita para a pessoa receber, após os 65 anos, o Benefício de Prestação Continuada. Para uma reforma que queria, inicialmente, desconstitucionalizar todos os parâmetros, pode parecer uma derrota. Não foi. Nesse ponto estava havendo uma sucessão de decisões judiciais dando o direito de receber o BPC a pessoas com renda familiar mais alta do que estava prevista na lei que criou o benefício. Tem havido também decisões aceitando o cálculo da renda com o desconto de várias despesas. O gasto com o BPC estava aumentando desde uma decisão do STF que deu margem a essas sentenças.


Uma mudança foi considerada uma derrota pela equipe econômica: o fim do gatilho demográfico que faria a idade mínima subir conforme o aumento da expectativa de sobrevida. Isso caiu. 


Obrigará, na opinião de economistas de dentro e de fora do governo, a fazer nova mudança da idade mínima num horizonte de dez anos. Houve uma redução da idade de aposentadoria das professoras, mas para o relator isso foi feito como forma de corrigir um defeito criado pela própria mudança incluída no primeiro relatório.


O voto reonera a exportação, mas a explicação dada no governo é que havia um desequilíbrio. As empresas que recolhem sobre a folha pagam a previdência quando exportam seus produtos. Mas as que recolhem sobre faturamento estavam desoneradas. 

O relatório altera esse ponto e passa a cobrar de todas. A previsão é que a medida representará R$ 83 bilhões de receita em dez anos. Os exportadores evidentemente não gostaram. A AEB considera que isso fere a ideia de não cobrar impostos na exportação e reduz a competitividade brasileira. Na equipe econômica se diz que, do jeito que estava, a desoneração só beneficiava as tradings.


O economista Pedro Fernando Nery acha que o grande problema de não se incluir os estados e municípios é o de aumentar o passivo contingente da União.



— É a União que será chamada para socorrer estados e municípios que não fizerem reformas e tiverem dificuldades de prestar serviços básicos.


Nery tem uma pesquisa importante sobre reformas anteriores, que avalia o custo do que não se conseguiu fazer. Hoje, o que mais pesa é a idade mínima, aquela mudança que não foi feita na reforma do governo Fernando Henrique.


O economista Fabio Giambiagi considerou relevante o fato de ter voltado ao texto a previsão de os governos poderem cobrar dos servidores as contribuições extraordinárias. Muitos, como o Rio, já cobram. No parecer anterior, isso havia saído. Hoje os servidores contribuem com até 14% para os regimes próprios estaduais.
Apesar de os estados não terem sido incluídos nesse relatório, resta ainda alguma esperança. Ontem, ao fim da leitura, ouvi um integrante da equipe econômica que tem a expectativa de que os entes federativos sejam incluídos, por destaque, em plenário. 


O deputado Rodrigo Maia permanece negociando. Para apoiar a reforma, os estados pedem a aprovação do que já foi prometido pelo ministro Paulo Guedes: que eles recebam parte dos recursos que virão do leilão do petróleo da cessão onerosa.


O relator Samuel Moreira voltou atrás naquela ideia de tirar os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador do BNDES. Essa é uma receita com a qual a equipe nunca contou. Como me disse uma autoridade, era o que no mercado se define como “rouba monte”. Tira-se de um lugar para por em outro, mas não representa na verdade qualquer aumento de receita.


Neste e no primeiro relatório foram corrigidos erros do projeto original, ou equívocos do próprio relator. Mas foram muitas as concessões para alguns grupos de servidores. Como sempre, eles sabem se fazer ouvir.
(COM MARCELO LOUREIRO)

CANAL DE SUEZ Dados Históricos- UMA MATERIA IMPORTANATE PARA OS ESTUDANTES

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CANAL DE SUEZ
Dados Históricos

LIGA O MAR MEDITERRANEO AO MAR VERMELHO 
INTERLIGA O MUNDO.
UMA OBRA PARA A HUMANIDADE

Canal de Suez


Você sabia que o Canal de Suez ...


... é o mais longo canal do mundo, com 163 quilômetros de extensão, e sua travessia dura cerca de 15 horas a uma velocidade de 14 km/h

... tem três lagos em seu percurso e não possui eclusas

... a sua largura mínima é de 55 metros

... comporta navios de até 500 metros de comprimento.

... o valor médio das taxas pagas por petroleiros é de US$ 70 mil

... entre 1996 e 1997, o Egito arrecadou, apenas com o pedágio, US$ 1,8 bilhão

O canal de Suez de inicio com um comprimento de 160 Km e agora com 195 Km , com uma largura de 190 m e uma profundidade de 20 m , foi escavado no territorio egipcio na altura em que o egipto dependia da soberania turca. 


A escavação do canal que vai do Porto Saïd à Suez, unindo assim o mar mediterrâneo com o mar vermelho foi feita por uma companhia privada dirigida por Ferdinand de Lesseps. 


O acto da concessão do canal de suez segundo as ordens de 30 de Novembro de 1854, modificada pela ordem de 5 de Janeiro de 1856, estipulava que o canal devia ser aberto à todas as embarcações de todas as nações sobre o mesmo pé de igualdade.


Este principio foi confirmado por duas vezes pela Turquia através das ordens de 19 de Março de 1866 e de 18 de Dezembro de 1873. O então interesse da companhia foi de admitir todas as embarcações para que o canal fosse atraverssada por um grande número de navios.
A concessão do canal que era acordada por 99 anos, deveria normalmente expirar no fim do ano de 1968, sendo que o canal foi aberto em 17 de Novembro de 1869.
Durante muito tempo, não havia regulamentação especiale, contudo durante a guerra da Russia contra Turquia de 1877 e os tumultos do Egipto em 1881, a questão do canal de suez preocupou e muito os governantes e fez se sentir rapidamente a necessidade de uma regulamentação convencionale.


Daí a realização da Convenção de Constantinople em 29 de Outubro de 1888, onde esteve representados a Turquia, as seis grandes potências da europas, a Espanha e os Paises Baixos. Esta convenção enunciou três (3) seguintes principios:


a) Liberdade de navegação comercial em todos os tempos, isto é em tempos de guerra como em tempos de paz;


b) Liberdade de passagem para todos os navios de guerra, desde que a passagem se efectua sem paragem e sem desembarque de tropas ou de materiais militares;
c) Tornar o canal neutro e que em tempos de guerra, não pode ser nem bloqueado, nem atacado.


No computo geral, estes principios foram bem observados, excepto durante a guerra de 1914. Mas durante a guerra da Russia contra o Japão (1904-1905) duas divisões navais russas atravessaram sem dificuldades o canal. O mesmo aconteceu com uma esquadra italiana que atravessou o canal durante a guerra Tripolitana (1911-1912). Ao longo da primeira guerra mundial, os germano-turcos atacaram o canal por terra sem sucesso em 3 de Fevereiro de 1915. Quanto às autoridades Britanicas, eles fecharam o canal aos navios inimigos e exerceram o direito de visita num raio de 3 milhas à volta do canal para se assegurar que os navios que penetravam no canal não transportavam artigos susceptivel de estragar o canal.


O regime de 1888, foi reposta em vigor pelos tratados de Versailles (art. 152 e 282) e o de Lausanne (art. 99)
Fonte: www.africamania.com.pt


Canal de Suez
Estendendo-se da cidade de Suez, ao sul, até Port Said, ao norte, o Canal de Suez ("Qanat as-Suways", em árabe) liga o Mar Mediterrâneo ao Golfo de Suez e ao Mar Vermelho, permitindo uma via navegável até o Oceano Índico. O comprimento do Canal é de 163 km e atravessa quatro lagos: Manzala, Timsah, Grande Bitter e Pequeno Bitter. Após as reformas de 1963, passou a ter largura mínima de 55m e 12m de profundidade mínima. O Canal, também, separa os continentes da África e Ásia.
O Canal de Suez foi construído sob a direção do francês Ferdinand de Lesseps e inaugurado em 1869.
Fonte: www.egito-turismo.com  

O Canal de Suez (árabe, Qana al-Suways) é um canal longo de 163 km que liga Port-Saïd, porto egípcio no Mar Mediterrâneo, a Suez, no Mar Vermelho.


Ele permite às embarcações irem da Europa à Ásia sem terem que contornar a África pelo cabo da Boa Esperança. Antes da sua construção, as mercadorias tinham que ser transportadas por terra entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho.

História

Antigüidade

Possivelmente no começo da XII Dinastia o faraó Senuseret III ( 1878 a .C. - 1839 a .C.) deve ter construído um canal oeste-leste escavado através do Wadi Tumilat, unindo o Rio Nilo ao Mar Vermelho, para o comércio direto com Punt. Evidências indicam sua existência pelo menos no século XIII a.C. durante o reinado de Ramsés II (ver [1], [2], [3], [4] inglês, [5], em espanhol). Mais tarde entrou em decadência, e de acordo com a História do historiador grego Heródoto, o canal foi re-escavado por volta de 600 a .C. por Necho II, embora Necho II não tenha completado seu projeto..

Foto de satélite do Canal de Suez, cortesia NASA.
O canal foi finalmente completado em cerca de 500 a .C. pelo rei Dario I, o conquistador persa do Egito. Dario comemorou seu feito com inúmeras estelas de granito que ele ergue às margens do Nilo, incluindo uma próximo a Kabret, a 130 km de Suez, onde se lê:


Diz o rei Dario: Eu sou um persa. Partindo da Pérsia, conquistei o Egito. Eu ordenei que esse canal fosse escavado a partir do rio chamado Nilo que corre no Egito, até o mar que começa na Pérsia. Quando o canal foi escavado como eu ordenei, navios vieram do Egito através deste canal para a Pérsia, como era a minha intenção.

O canal foi novamente restaurado por Ptolomeu II Filadelfo por volta de 250 a .C. Nos 1000 anos seguintes ele será sucessivamente modificado, destruído, e reconstruído, até ser totalmente abandonado no século VIII pelo califa abássida Al-Mansur.

O moderno Canal de Suez


Navio ancorado em El Ballah.

Ferdinand de Lesseps, construtor do canal.
A companhia Suez de Ferdinand de Lesseps construiu o canal entre 1859 e 1869. No final dos trabalhos, o Egito e a França eram os proprietários do canal.


Estima-se que 1,5 milhões de egípcios tenham participado da construção do canal e que 125 000 morreram, principalmente da cólera.


Em 17 de fevereiro de 1867, o primeiro navio atravessou o canal, mas a inauguração oficial foi em 17 de novembro de 1869. O imperador Napoleão III estava presente, e foi a première da ópera Aida. Também presente como jornalista convidado, o escritor português Eça de Queiroz escreveu uma reportagem para o Diário de Notícias de Lisboa.


A dívida externa do Egito obrigou o país a vender sua parte do canal ao Reino Unido, que garantia assim sua rota para as Índias. Essa compra, conduzida pelo primeiro-ministro Disraeli, foi financiada por um empréstimo do banco Rotschild. As tropas britânicas instalaram-se às margens do canal para protegê-lo em 1882.
Mais tarde, durante a Primeira Guerra Mundial, os britânicos negociaram o Acordo Sykes-Picot, que dividia o Oriente Médio de modo a afastar a influência francesa do canal.


Em 26 de julho de 1956, Nasser nacionaliza a companhia do canal com o intuito de financiar a construção da Barragem de Assuã, após a recusa dos Estados Unidos de fornecer os fundos necessários. Em represália, os bens egípcios foram gelados e a ajuda alimentar suprimida. Os principais acionários do canal eram, então, os britânicos e os franceses. Além disso, Nasser denuncia a presença colonial do Reino Unido no Oriente Médio e apóia os nacionalistas na Guerra da Argélia. O Reino Unido, a França e Israel se lançam então numa operação militar, batizada operação mosqueteiro, em 29 de outubro de 1956. A Crise do canal de Suez durou uma semana. A Nações Unidas confirmaram a legitimidade egípcia e condenaram a expedição franco-israelo-britânica com uma resolução.


Após a Guerra dos Seis Dias de 1967, o canal permaneceu fechado até 1975, com uma força de manutenção da paz da ONU (da qual foi partícipe o Exército Brasileiro) permanecendo lá estacionada até 1974.

Características


Litografia retratando a construção do Canal de Suez.
O canal não possui eclusas, pois todo o trajeto está ao nível do mar, contrariamente ao canal do Panamá. Seu traçado apóia-se em três planos d'água, os lagos Manzala, Timsah e Amer.


O canal permite a passagem de navios de 15 m de quilha submersa, mas trabalhos são previstos a fim de permitir a passagem de supertankers com até 22 m até 2010. Atualmente, esses enormes navios devem descarregar uma parte da carga em um barco pertencendo ao canal para poderem atravessar o canal.


A largura média do canal é de 365 metros , dos quais 190 m são navegáveis. Inicialmente, esses dois valores eram de 52 e 44 m . Situados dos dois lados do canal, os canais de derivação levam a largura total da obra a 195 km .


Aproximadamente 15000 navios por ano atravessam o canal, representando 14% do transporte mundial de mercadorias. Uma travessia demora de 11 a 16 horas.

Zona do Canal de Suez

25 de abril 1859 - início da construção do canal.
16 de novembro de 1869 - o Canal de Suez é aberto; operado e pertencente à Companhia do Canal de Suez (Compagnie Universelle du Canal Maritime de Suez).
25 de novembro de 1875 - o Reino Unido torna-se acionista majoritário do Canal de Suez (172 602 ações de um total de 400 000 ações ordinárias).
25 de agosto de 1882 - os britânicos tomam o controle do canal.
14 de novembro de 1936 - a Zona do Canal de Suez é estabelecida, sob controle britânico.
13 de junho de 1956 - a Zona do Canal de Suez é devolvida ao Egito.
26 de julho de 1956 - o Egito nacionaliza o Canal de Suez.
5 de novembro de 1956 - 22 de novembro de 1956 - forças francesas, britânicas e israelenses ocupam a Zona do Canal de Suez.
22 de dezembro de 1956 - o canal é novamente devolvido ao Egito.
10 de abril de 1957 - o canal é reaberto.
5 de junho de 1967 - 5 de junho de 1975 - o canal é fechado e bloqueado pelo Egito.

Presidentes do Canal de Suez:

1855 - 07/12/1894 - Ferdinand Marie, visconde de Lesseps.
17/12/1892 - 17/07/1896 - Jules Guichard (atuando por de Lesseps até 7/12/1894).
03/08/1896 - 1913 - Auguste Louis Albéric, príncipe de Arenberg.
19/05/1913 - 1927 - Charles Jonnart
04/04/1927 - 01/03/1948 - Louis de Vogüé
04/04/1948 - 26/07/1956 - François Charles-Roux

Vices-Cônsules britânicos em Port Suez :

1922 - 1924 - G.E.A.C. Monck-Mason
1924 - 1925 - G.C. Pierides (interino)
1925 - 1926 - Thomas Cecil Rapp
1926 - 1927 - Abbas Barry (interino)
1927 - 1931 - E.H.L. Hadwen (interino até 1930)
1931 - 1934 - A.N. Williamson-Napier
1934 - 1936 - H.M. Eyres
1936 - 1940 - D.J.M. Irving
1940 - 1941 - R.G. Dundas

Cônsules:

1941 - 1942 - R.G. Dundas
1942 - 1944 - H.G. Jakins
1944 - 1946 - W.B.C.W. Forester
1946 - 1947 - Frederick Herbert Gamble
1947 - 1948 - E.M.M. Brett (interino)
1948 - 1954 - C.H. Page
1954 - 1955 - F.J. Pelly
1955 - 1956 - J.A.D. Stewart-Robinson (interino)
1956 - J.Y. Mulvenny

Governadores da Zona do Canal de Suez:

14/11/1936 - 24/07/1939 - ...
24/07/1939 - 07/05/1941 - Sir Archibald Wavell
07/05/1941 - 07/08/1942 - Sir Claude John Eyre Auchinleck
07/08/1942 - 19/02/1943 - Harold Rupert Leofric George Alexander
19/02/1943 - 06/01/1944 - Henry Maitland Wilson
06/01/1944 - jun/1946 - Sir Bernard Charles Tolver Paget
jun/1946 - jun/1947 - Miles Christopher Dempsey
jun/1947 - 25/07/1950 - Sir John Tredinnick Crocker
25/07/1950 - abr/1953 - Sir Brian Hubert Robertson
abr/1953 - 28/09/1953 - Sir Cameron Gordon Graham Nicholson
28/09/1953 - 13/06/1956 - Sir Charles Frederic Keightley

Comandante Aliado Supremo:

 

05/11/1956 - 22/12/1956 - Sir Charles Frederic Keightley
Fonte: pt.wikipedia.org


Canal de Suez
Mais de 1,5 milhão de trabalhadores participaram das obras.

Elas iniciaram em 1859 e terminaram dez anos mais tarde
com um custo de 17 milhões de libras esterlinas.

A construção de um canal que ligasse os mares Mediterrâneo e Vermelho através do istmo de Suez, no Egito, era um plano muito antigo. Os romanos já usavam a região para a passagem de pequenas embarcações e a chamavam de "Canal dos Faraós". Os defensores do projeto argumentavam que o canal diminuiría a distância entre a Europa e o sul da Ásia. Os navios que partiam do Mar Mediterrâneo não precisariam mais circundar a África e contornar o cabo da Boa Esperança para atingir os Oceanos Índico e Pacífico.


O projeto de construção do canal foi coordenado pelo engenheiro e diplomata francês Ferdinand de Lesseps, que adquiriu do paxá Said os direitos de abertura e exploração pelo período de 99 anos. Para isso ele montou uma empresa, a Companhia Universal do Canal Marítimo de Suez, que teve como principais acionistas França e Reino Unido.


Mais de 1,5 milhão de trabalhadores participaram das obras. Elas iniciaram em 1859 e terminaram dez anos mais tarde com um custo de 17 milhões de libras esterlinas. A construção do Canal de Suez foi favorecida pelas condições naturais da região: a pequena distância entre o Mediterrâneo e o mar Vermelho, a ocorrência de uma linha de lagos de Norte a sul (Manzala, Timsah e Amargos), o nível baixo e a natureza arenosa dos terrenos. Para a inauguração, no dia 17 de novembro de 1869, o italiano Giuseppe Verdi (1813-1901) compõe a ópera Aída.

A disputa pelo canal

 

Em 1888, a Convenção de Constantinopla definiu que o Canal de Suez deveria servir a embarcações de todos os países mesmo em tempos de guerra. Inglaterra e Egito assinaram, em 1936, um acordo que assegurava a presença militar do Reino Unido na região do canal por um período de 20 anos.


Com a retirada das tropas inglesas, em 1956, o presidente egípcio Gamal Nasser iniciou um conflito ao nacionalizar o canal e impedir a passagem de navios com a bandeira de Israel. Neste mesmo ano, com o auxílio do Reino Unido e da França, o exército israelense invadiu o Egito. Derrotado, mas contando com o apoio da ONU, dos EUA e da União Soviética, o Egito garantiu o controle sobre o canal. O preço do apoio foi a abertura do canal para a navegação internacional.


Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias (conflito entre Israel e a frente árabe, formada por Egito, Jordânia e Síria), a passagem é novamente fechada. A partir de 1975 o Canal de Suez é reaberto para todas as nações do mundo.




De: "Theodoro da Silva Junior"
Data: Tue, 06 Jan 2009 15:35:06 -0300
Assunto: CANAL DE SUEZ - ATUALIZAÇÃO DE DADOS HISTÓRICOS 




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