quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

PATATIVA DO ASSARÉ- SEU DOTÔ ME CONHECE?

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SEU DOTÔ ME CONHECE



Amigos,  vejam o que diz o mestre Patativa do Assaré   na seca de 58, nesta seca o Presidente da Republica, o grande Jucelino Kubtschek , o Governador do Estado do Ceará  , o Dr Paulo Sarasate, os Desembargadores, os Juízes, os Gestores  e os Prefeitos deste brasilzão de meus Deus oficializam a  fome e no sofrimento.


Vejam como o mestre Patativa  coloca vida numa unidade do país, vida no meu querido e sofrido Ceará, vejam como ele humaniza uma situação e como vai fundo como se fosse apenas um cidadão , quando na verdade fala por uma nação inteira.

A seca de 1958 foi de arrasar, secou os açudes, os rios, as plantações e só os juazeiros com os seus espinhos, salvo o juazeiro que existe na praça Padre Cícero na cidade de Juazeiro do Norte que não tem espinho,   graçavam vivos. 

O gado lambia os leitos dos rios secos e a lama dos porões dos açudes  à procura de molhar a lingua e sorver o  sal impregnado na sua lama, a população em rebanhos invadiam mercados e  feiras livres ,  os feirantes nada faziam por entender aquele momento, depois da carta do Patativa do Assaré o governo criou 500mil postos de trabalho provosórios, OS CASSACOS.

  Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha e Jardim ficaram como quarteis para receber os homens que buscavam o pão para as suas famílias, vários foram os campos de concentração em todo o Estado para socorrer o homem da roça e os seus familiares  

O CEARÁ AGRADECE A INTERVENÇÃO DO GRANDE PATATIVA DO ASSARÉ

Viva o Antonio Gonçalves o nosso Patativa do Assaré, da cidade do Assaré,   lá do meu  aguerrido e guerreiro estado do Ceará.


Iderval Reginaldo Tenório



Patativa de Assaré.
 1932


SEU DOTOR ME CONHECE


Seu dotô, só me parece
Que o sinhô não me conhece
Nunca sôbe quem sou eu
Nunca viu minha paioça,
Minha muié, minha roça,
E os fio que Deus me deu.

Se não sabe, escute agora,
Que eu vô contá minha história,
Tenha a bondade de ouvi:
Eu sou da crasse matuta,
Da crasse que não desfruta
Das riqueza do Brasil.

Sou aquele que conhece
As privação que padece
O mais pobre camponês;
Tenho passado na vida
De cinco mês em seguida
Sem comê carne uma vez.

Sou o que durante a semana,
Cumprindo a sina tirana,
Na grande labutação
Pra sustentá a famia
Só tem direito a dois dia
O resto é pra o patrão.

Sou o que no tempo da guerra
Contra o gosto se desterra
Pra nunca mais vortá
E vai morrê no estrangêro
Como pobre brasilêro
Longe do torrão natá.

Sou o sertanejo que cansa
De votá, com esperança
Do Brasil ficá mió;
Mas o Brasil continua
Na cantiga da perua
Que é: pió, pió, pió...

Sou o mendigo sem sossego
Que por não achá emprego
Se vê forçado a seguí
Sem direção e sem norte,
Envergonhado da sorte,
De porta em porta a pedí.

Sou aquele desgraçado,
Que nos ano atravessado
Vai batê no Maranhão,
Sujeito a todo o matrato,
Bicho de pé, carrapato,
E os ataques de sezão.

Senhô dotô , não se enfade
Vá guardando essa verdade
Na memória, pode crê
Que sou aquele operário
Que ganha um nobre salário
Que não dá nem pra comê

Sou ele todo, em carne e osso,
Muitas vez, não tenho armoço
Nem também o que jantá;
Eu sou aquele rocêro,
Sem camisa e sem dinhêro,
Cantado por Juvená.

Sim, por Juvená Galeno,
O poeta, aquele geno,
O maió dos trovadô,
Aquele coração nobre
Que a minha vida de pobre
Muito sentido cantou.

Há mais de cem ano eu vivo
Nesta vida de cativo
E a potreção não chegou;
Sofro munto e corro estreito,
Inda tou do mermo jeito
Que Juvená me deixou.

Sofrendo a mesma sentença
Tou quase perdendo a crença,
E pra ninguém se enganá
Vou deixá o meu nome aqui:
Eu sou fio do Brasil,
E o meu nome é Ceará.

ZÉ CASTOR: O CAPIM DA LAGOA - YouTube

www.youtube.com/watch?v=ziVVrSUMO1s
18 de mar de 2012 - Vídeo enviado por José de Anchieta Barros
Homenagem ao Poeta e Cantor José Castor, que fez muito sucesso com seu cavaquinho divulgando a ...


  • Zé Castor quando eu morrer o mundo pode se acabar ...

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    17 de out de 2009 - Vídeo enviado por José de Anchieta Barros
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  • SUCESSOS DO CANTOR ZÉ CASTOR II - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=gx0Oj2lcvG4
    3 de nov de 2009 - Vídeo enviado por José de Anchieta Barros
    Eita Zé Castor macho da gôta serena!!!Tá fazendo fazendo nas vaquejadas do Nordeste!!! Read ...

  • SEU GEREMIAS E A SUA VIDA

                                                                              
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    As tardes Misteriosas de seu Geremias

                        Depois dos oitenta e logo que ficou viúvo seu Geremias entrou numa fase difícil da vida, após inúmeras visitas ao  geriatra e sempre  na companhia de um dos filhos passou a entender o que era a senilidade complementada pela viuvez, tinha que mudar de comportamento e dar um novo rumo à vida, foi aconselhado a entrar em grupos de idosos, clubes de danças e até em academias, a presença de pessoas diferentes e jovens traria alegria à vida do velho Geremias.

                      A vida tomou outro rumo, das academias o velho passou a estender o dia até a noite, passou a utilizar as novas tecnologias impostas aos celulares e a ter mais compromissos inadiáveis, dentre estes , toda uma tarde sem paradeiro,  não ia à academia, nem ao grupo de danças e nem tão pouco para a sagrada missa , era uma tarde misteriosa, uma tarde incomunicável. 

    A extensão desta tarde até o início da noite começou a trazer preocupações para os filhos, para onde está indo o velho pai e com quem, o que deve o velho está fazendo, irredutível seu Geremias não revelava para onde ia nestas misteriosas tardes.

                     A família se apega ao serviço de um detetive, depois de muitos dias de perseguição , chega-se ao veredicto, o velho tem uma namorada  e se isola semanalmente em um dos motéis da cidade, sempre no mesmo estabelecimento e no mesmo quarto, trata-se de uma moça nova, loira, muito bem penteada e que se disfarça com óculos grandes, escuros e de caras marcas, com estes dados,  a família aumenta  o grau da preocupação, seria uma atiradeira, uma Maria gasolina, uma Maria rouba aposentados, uma Maria mata velho? Os filhos  programaram um providencial flagrante, um flagrante para desmoralizar a farsante que engana o velho Geremias, é uma descompreendida , uma larapia, uma meliante, uma engana velho, uma exploradora de senil e isto é crime. Arma-se a arapuca.

                     Até que enfim, o dia D , o detetive passa as informações do encontro, revela a avenida, revela o endereço para onde o velho está indo e parte a caravana no seu encalço . 

    O sedan estaciona na portaria do motel, o velho contrata o apartamento, a loira do seu lado toda silenciosa, lenço na cabeça e neste dia de roupa nova, bem perfumada e sempre calada,  de diferente , um belo cachecol, era o aniversário do seu amado Geremias. 

    A recepção fazia parte do esquema investigatório, o detetive fez todo um cerimonial,  a família em peso ficaria no corredor e a filha mais velha levaria um brinde oferecido ao mais assíduo freqüentador da casa, no mesmo dia , na mesma hora e no mesmo apartamento,  dado o flagrante toda a família apareceria e desmascararia a exploradora de idosos e livraria o velho deste sujo golpe, depois,  todos tomariam o rumo da mais próxima delegacia para se lavrar uma queixa contra a pilantra, contra a vivaldina que queria dá  um golpe no senil namorador .

                      Arapuca armada, o velho e a moça nos aposentos, a família no corredor, a filha mais velha na porta, na mão  o Estatuto do idoso,  silêncio de  clausura , o velho é comunicado  do merecido  presente , ajeita a amada na espaçosa cama, veste o seu belo pijama e de óculos pretos camuflantes,    vai à porta, ao abrir encontra uma  familiar cena cinematográfica, todos ficaram atordoados, invadiram o apartamento e lá encontraram uma bela boneca inflável muito bem vestida  num dos roupões   da ex esposa já falecida, boneca perfumada com uma das suas essências  prediletas  e um cartão de amor com estes dizeres:

                    ”Minha querida  Floricéia, você foi e continua sendo o amor de minha vida, quando viva não desfrutamos da vida, apenas trabalhamos para sustentar a nossa querida e bela família, hoje todos bem posicionados graças aos seus esforços,  uma verdadeira guerreira , Aninha a mais velha , uma desembargadora  respeitada , a caçula uma bela Oftalmologista e os meninos todos donos do nariz e nas suas empresas , sonhei um ano atrás que me pediste a realizar um sonho e desde aquela data tenho cumprido semanalmente  sem falhar uma única vez,  e que cumprirei até o dia do nosso encontro inicial aí no céu,   quando viveremos até a eternidade como juramos sessenta anos atrás na Igreja do Bonfim diante de Deus,  breve, muito breve aí chegarei. 
                                Do seu amado Geremias”.

                     E foi assim que foi desvendado o paradeiro das  misteriosas tardes  do velho Geremias.

                   Um grande  pai de família que sempre lutou pela vida e que só pensava no bem dos amigos e de toda a sua família, em vida respeitou a sua amada e em morte demonstrou que o seu AMOR  a cada dia tende a aumentar, a festa continuou.

                                Iderval Reginaldo Tenório

    Roberto Carlos - A Distância - YouTube

    https://www.youtube.com/watch?v=Uy9hYzCjTsc
    29 de dez de 2009 - Vídeo enviado por fernandoprado3000
    Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos Nunca mais você ouviu falar de mim Mas eu continuei a ... 

    As tardes Misteriosas de seu Geremias

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    As tardes Misteriosas de seu Geremias

                        Depois dos oitenta e logo que ficou viúvo seu Geremias entrou numa fase difícil da vida, após inúmeras visitas ao  geriatra e sempre  na companhia de um dos filhos passou a entender o que era a senilidade complementada pela viuvez, tinha que mudar de comportamento e dar um novo rumo à vida, foi aconselhado a entrar em grupos de idosos, clubes de danças e até em academias, a presença de pessoas diferentes e jovens traria alegria à vida do velho Geremias.

                      A vida tomou outro rumo, das academias o velho passou a estender o dia até a noite, passou a utilizar as novas tecnologias impostas aos celulares e a ter mais compromissos inadiáveis, dentre estes , toda uma tarde sem paradeiro,  não ia à academia, nem ao grupo de danças e nem tão pouco para a sagrada missa , era uma tarde misteriosa, uma tarde incomunicável. 

    A extensão desta tarde até o início da noite começou a trazer preocupações para os filhos, para onde está indo o velho pai e com quem, o que deve o velho está fazendo, irredutível seu Geremias não revelava para onde ia nestas misteriosas tardes.

                     A família se apega ao serviço de um detetive, depois de muitos dias de perseguição , chega-se ao veredicto, o velho tem uma namorada  e se isola semanalmente em um dos motéis da cidade, sempre no mesmo estabelecimento e no mesmo quarto, trata-se de uma moça nova, loira, muito bem penteada e que se disfarça com óculos grandes, escuros e de caras marcas, com estes dados,  a família aumenta  o grau da preocupação, seria uma atiradeira, uma Maria gasolina, uma Maria rouba aposentados, uma Maria mata velho? Os filhos  programaram um providencial flagrante, um flagrante para desmoralizar a farsante que engana o velho Geremias, é uma descompreendida , uma larapia, uma meliante, uma engana velho, uma exploradora de senil e isto é crime. Arma-se a arapuca.

                     Até que enfim, o dia D , o detetive passa as informações do encontro, revela a avenida, revela o endereço para onde o velho está indo e parte a caravana no seu encalço . 

    O sedan estaciona na portaria do motel, o velho contrata o apartamento, a loira do seu lado toda silenciosa, lenço na cabeça e neste dia de roupa nova, bem perfumada e sempre calada,  de diferente , um belo cachecol, era o aniversário do seu amado Geremias. 

    A recepção fazia parte do esquema investigatório, o detetive fez todo um cerimonial,  a família em peso ficaria no corredor e a filha mais velha levaria um brinde oferecido ao mais assíduo freqüentador da casa, no mesmo dia , na mesma hora e no mesmo apartamento,  dado o flagrante toda a família apareceria e desmascararia a exploradora de idosos e livraria o velho deste sujo golpe, depois,  todos tomariam o rumo da mais próxima delegacia para se lavrar uma queixa contra a pilantra, contra a vivaldina que queria dar  um golpe no senil namorador .

                      Arapuca armada, o velho e a moça nos aposentos, a família no corredor, a filha mais velha na porta, na mão  o Estatuto do idoso,  silêncio de  clausura , o velho é comunicado  do merecido  presente , ajeita a amada na espaçosa cama, veste o seu belo pijama e de óculos pretos camuflantes,    vai à porta, ao abrir encontra uma  familiar cena cinematográfica, todos ficaram atordoados, invadiram o apartamento e lá encontraram uma bela boneca inflável muito bem vestida  num dos roupões   da ex esposa já falecida, boneca perfumada com uma das suas essências  prediletas  e um cartão de amor com estes dizeres:

                    ”Minha querida  Floricéia, você foi e continua sendo o amor de minha vida, quando viva não desfrutamos da vida, apenas trabalhamos para sustentar a nossa querida e bela família, hoje todos bem posicionados graças aos seus esforços,  uma verdadeira guerreira , Aninha a mais velha , uma desembargadora  respeitada , a caçula uma bela Oftalmologista e os meninos todos donos do nariz e nas suas empresas , sonhei um ano atrás que me pediste a realizar um sonho e desde aquela data tenho cumprido semanalmente  sem falhar uma única vez,  e que cumprirei até o dia do nosso encontro inicial aí no céu,   quando viveremos até a eternidade como juramos sessenta anos atrás na Igreja do Bonfim diante de Deus,  breve, muito breve aí chegarei. 
                                Do seu amado Geremias”.

                     E foi assim que foi desvendado o paradeiro das  misteriosas tardes  do velho Geremias.

                   Um grande  pai de família que sempre lutou pela vida e que só pensava no bem dos amigos e de toda a sua família, em vida respeitou a sua amada e em morte demonstrou que o seu AMOR  a cada dia tende a aumentar, a festa continuou.

                                Iderval Reginaldo Tenório


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    EU NÃO GOSTO DE VOCÊ PAPAI NOEL (ALDEMAR PAIVA*) .2016 ESTA MATERIA FAÇO QUESTÃO DE PUBLICAR TODOS OS ANOS .



    EU NÃO GOSTO DE VOCÊ PAPAI NOEL

     (ALDEMAR PAIVA*) 

     

    2016

    ESTA MATERIA FAÇO QUESTÃO DE PUBLICAR TODOS OS ANOS .



    Amigos  vejam o desabafo sincero  sobre  o peso econômico dado ao papai Noel.
    o poema é  fruto dos sentimentos  de uma criança sem recursos em qualquer parte deste mundo.
    O poeta Aldemar Paiva,  dos sertões das alagoas,   falou o que muitos pobres queriam falar  e  encontram-se engasgados.
    leiam e depois escutem com o ROLANDO BONDRIN

    Iderval Reginaldo Tenório
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    EU NÃO GOSTO DE VOCÊ PAPAI NOEL
     (ALDEMAR PAIVA*) 


    Eu não gosto de você Papai Noel! Também não gosto desse seu papel de vender ilusão pra burguesia. Se os meninos pobres da cidade soubessem o desprezo que você tem pelos humildes; pela humildade, eu acho que eles jogavam pedra em sua fantasia.



    Talvez você não se lembra mais, eu cresci me tornei rapaz, sem nunca esquecer daquilo que passou... Eu lhe escrevi um bilhete pedindo o meu presente... a noite inteira eu esperei contente... Chegou o sol, mas você não chegou. Dias depois meu pobre paicansado me trouxe um trenzinho velho, enferrujado, pôs na minha mão e falou:Tome filho, é pra você. Foi Papai Noel que mandou! E vi quando ele disfarçou umas lágrimas com a mão. Eu inocente e alegre nesse caso, pensei que meu bilhete, embora com atraso, tinha chegado em suas mãos no fim do mês. Limpei ele bem limpado, dei corda, o trenzinho partiu, deu muitas voltas... O meu pai então se riu e me abraçou pela ultima vez. O resto eu só pude compreender depois que cresci e vias coisas com a realidade.



    Um dia meu pai chegou assim pra mim como quem tá com medo e falou: -Filho, me dá aqui seu brinquedo, eu vou troca outro na cidade. Então eu entreguei o meu trenzinho quase a soluçar, como quem não quer abandonar um mimo, um mimo que lhe deu quem lhe quer bem. Eu supliquei... Pai! Eu não quero outro brinquedo, eu quero meu tenzinho... Não vai leva meu trem, pai...! Meu pai calou-se e de seu rosto desceu uma lágrima que até hoje creio tão pura e santa assim só Deus chorou, ele saiu correndo, bateu a porta assim, como um doido varrido. A minha mãe gritou: -José! José! José... Ele nem deu ouvido, foi-se embora e nunca mais voltou...


    Você! Papai Noel, me transformou num homem que a infância arruinou...Sem pai e sem brinquedo, afinal, dos meus presentes não há um que sobre da riqueza de um menino pobre, que sonha o ano inteiro com a noite de Natal! Meu pobre pai, mal vestido, pra não me ver naquele dia desiludido, pagou bem caro a minha ilusão... Num gesto nobre, humano e decisivo, ele foi longe demais pra me trazer aquele lenitivo; tinha roubado aquele trenzinho do filhodo patrão! Quando ele sumiu, eu pensei que ele tinha viajado, só depois de eu grande minha mãe em prantos me contou... que ele foi preso, coitado! E transformado em réu. Ninguém pra absolver meu pai se atrevia. Ele foi definhando na cadeia até que um dia, Nosso Senhor... Deus nosso Pai...Jesus entrou em sua cela e libertou ele pro céu.


    * Aldemar Paiva nasceu em Maceió-AL, no dia 10/07/1925.
     Trata-se de um homem com excepcional talento, capaz de realizar com maestria tudo aquilo que resolve fazer, motivo porque adquiriu o respeito da crítica e a admiração do público em relação a todas as facetas exploradas por sua veia artística. Aldemar conseguiu ser poeta, cordelista, radialista, jornalista, compositor produtor artístico e publicitário de primeira grandeza, consagrando-se como um artista multimídia, antes mesmo que o termo fosse inventado

     ESTE TEXTO FOI ENCENANDO MPOR CHICO ANYSIO  E LUCIO MAURO, DOIS MONSTROS DA DRAMATOLOGIA MUNDIAL E PELO GRANDE RALNDO BOLDRIN .

    Eu não gosto de voce PAPAI NOEL - YouTube

    https://www.youtube.com/watch?v=kUvYvnBSbcc
    11 de dez de 2011 - Vídeo enviado por comprenaplantabh
    Eu não gosto de vancê, Papai Noé! Tamém não gosto ... Rolando Boldrin - O Que Eu Quero Pedi Ao Papai ...

    Poema de Aldemar Paiva- Eu não gosto de você papai Noel - YouTube

    https://www.youtube.com/watch?v=gB4NXVBEW5U
    12 de dez de 2016 - Vídeo enviado por Dirceu Marcos
    Poema de Aldemar Paiva- Eu não gosto de você papai Noel ... Pernambuco, Você é Meu - A trajetória
    ESCUTEM NA VOZ DO ROLANDO BOLDRIN .

    Boldrin - Crônica do Natal Caipira - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=FnIfiX-zn84

    terça-feira, 20 de dezembro de 2016

    PARA AS MENINAS QUE FARÃO O FUTURO DO BRASIL vivam o Fernão Capelo Gaivota, um pequeno trecho

    PARA AS MENINAS QUE FARÃO O FUTURO DO BRASIL vivam o Fernão Capelo Gaivota, um pequeno trecho




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    Fernão Capelo Gaivota
    Richard Bach
    Ao verdadeiro Fernão Capelo Gaivota
    que vive em todos nós.
    Primeira
    Parte
    Era de manhã e o novo Sol cintilava nas rugas de um mar calmo.
    A dois quilômetros da costa, um barco de pesca acariciava a água. Subitamente, os gritos do Bando da Alimentação relampejaram no ar e despertaram um bando de mil gaivotas, que se lançou precipitadamente na luta pelos pedacinhos de comida. Amanhecia um novo dia de trabalho.
    Mas lá ao fundo, sozinho, longe do barco e da costa, Fernão Capelo Gaivota treinava. A trinta metros da superfície azul brilhante, baixou os seus pés com membranas, levantou o bico e tentou a todo custo manter suas asas numa dolorosa curva. A curva fazia com que voasse devagar, e então sua velocidade diminuiu até que o vento não fosse mais que um ligeiro sopro, e o oceano com que tivesse parado, abaixo dele. Cerrou os olhos para se concentrar melhor, susteve a respiração e forçou... só... mais... um... centímetro... de... curva... Mas as penas levantaram-se em turbilhão, atrapalhou-se e caiu.
    Como se sabe, as gaivotas nunca se atrapalham, nunca caem. Atrapalhar-se no ar é para elas desgraça e desonra.
    Mas Fernão Capelo Gaivota — sem se envergonhar, abrindo outra vez as asas naquela trêmula e difícil curva, parando, parando... e atrapalhando-se outra vez! — não era um pássaro vulgar.
    A maior parte das gaivotas não se preocupa em aprender mais do que os simples fatos do vôo — como ir da costa à comida e voltar. Para a maioria, o importante não é voar, mas comer. Para esta gaivota, contudo, o importante não era comer, mas voar. Antes de tudo o mais, Fernão Capelo Gaivota adorava voar.
    Esta maneira de pensar não o popularizava entre os outros pássaros, como veio a descobrir. Até os próprios pais se sentiam desanimados ao vê-lo passar dias inteiros fazendo centenas de vôos rasantes, sozinho.
    Ele não sabia por que, por exemplo, quando voava sobre a água a uma altitude menor que a metade do comprimento das suas asas aberta, podia manter-se no ar mais tempo, com menos esforço. Esses vôos rasantes não terminavam com a habitual amaragem de pés hirtos que feriam a água. Ele amarava de mansinho, os pés apertados contra o corpo, deixando apenas um rasto borbulhante. Quando começou a treinar as aterragens deslizantes na praia, e a contar em passos o comprimento do rasto na areia, os pais começaram a ficar deveras desanimados.
     Por quê, Fernão, POR QUÊ? — perguntava-lhe a mãe. — Por que é que lhe custa tanto ser como o resto do bando? Por que você não deixa os vôos baixos para os pelicanos, para o albatroz? Por que não come? Filho, você está que é só pena e osso!
    Não me importo de estar só pena e osso, mãe. Eu só quero saber o que posso fazer no ar e o que não posso, é tudo. Só quero saber isso.
     Escute, Fernão — disse-lhe o pai com bondade. — O inverno não está longe.
    Haverá poucos barcos e o peixe da superfície irá para zonas mais profundas. Se você tem necessidade de estudar, então estude o alimento e como consegui-lo. Esta história dos vôos está muito certa, mas você tem de pensar que não pode comer um vôo rasante. Não esqueça que a razão por que você voa é comer.
    Fernão baixou a cabeça, obediente. Nos dias seguintes tentou comportar-se como as outras gaivotas; tentou de fato, gritando e lutando como o resto do bando, em volta dos pontões e dos barcos de pesca, mergulhando sobre restos de peixe e de pão. Mas não conseguiu.
    "Não faz sentido", pensava ele largando deliberadamente uma anchova suculenta, que lhe custara bastante a ganhar, aos pés de uma velha gaivota esfomeada que o acossava. "Não faz sentido... Eu podia ganhar todo este tempo aprendendo a voar. Há tanto que aprender!"

    domingo, 18 de dezembro de 2016

    O JOCA CRESCEU E COMPREENDEU O MUNDO


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    O JOCA CRESCEU E COMPREENDEU O MUNDO

           Nascido de uma família de baixa renda, o Joca não aceitava o tipo de vida que levava, não compreendia a diferença entre as classes sociais, cresceu ouvindo que Deus era o pai de toda a humanidade e não entendia o porquê  de só passar fome e sofrimentos financeiros os pobres, aliás , não engolia a idéia de tanta diferença entre as pessoas no tocante as dificuldades da vida, se Deus era o pai de todos porque alguns tinham escolas, casas, hospitais, roupas e outros predicados? na sua voadora cabeça estes fatos não encontravam paradeiros, não estavam ao alcance de seu pensamento, o pai tem que olhar para todos os filhos sem diferenciação, era este o padrão que  Joca possuía na sua cachola cerebral.
          O Joca chegava em casa e não encontrava os utensílios domésticos que existiam na casa do patrão do seu pai , nas casas dos homens ricos, não entendia porque teria que dormir em cima de um girau, enquanto o filho do pai do seu patrão dormia numa cama alta, cheirosa e fofa, como explicar se Deus é o pai de todos? Será que Deus gosta mais de um filho do que do outro? Será que ele só gosta dos ricos? Será? A cabeça do Joca vivia em eterna pavorosa e voçoroca.
           O Menino cresceu e virou homem, passou a entender o teorema, a engrenagem, o ninho de serpente, passou a enxergar que existiam as classes sociais desde o surgimento da humanidade  e que as oligarquias, os dominantes, os poderosos  faziam e fazem de tudo para que cada indivíduo se perpetue na sua clausura social, preso, fechado e blindado como um compressor de ar refrigerado, o  moço passou a entender que para pular, para sair de uma classe  para outra e melhorar de vida, o indivíduo teria e tem que ser ousado e ir de encontro aos ditames das oligarquias, passou a entender que o sujeito não pode baixar a cabeça , não deve rezar na cartilha da subserviência e  sempre dizer amém numa ladainha decorada e conformativa, o sujeito tem que desobedecer e insistir contra os pensamentos dominantes das castas superiores.
           O Joca entendeu que o sujeito para sair do fosso, tem que fazer uso das ferramentas que as castas superiores  utilizam, tem que estudar, se esforçar, não cair nas tentações impostas pelos dominantes como o oferecimento crônico e eterno de pão e circo, como se a vida fosse apenas entretenimento e bucho cheio, o Joca botou na cabeça que,  apesar de existir uma carta nacional chamada Constituição Federal,   só lutando, brigando, exigindo, cobrando, se esforçando, se dedicando e correndo  é que conseguirá subir na escala social e sair da caixa dura e blindada que nasceu. Compreendeu que o único e melhor caminho é no aproveitamento escolar.

    O Joca entendeu que até os 18 anos tem que dedicar todos os esforços no aprendizado para um bom futuro na vida, o aprendizado de uma profissão, de uma atividade esportiva ou artística, tudo com a tutela da Escola, sem estes predicados continuará eternamente na base da pirâmide social sempre fazendo força e sendo esmagado pelas demais, continuará na famigerada renda baixa, viverá sem pensamentos próprios, sem auto-estema, sobreviverá de ajudas, das malditas ajudas sociais.
           O Joca acordou em tempo, venceu todas as barreiras e pede que todos os outros Jocas também lutem e acordem, sigam o seu exemplo. A caixa é preta, tem paredes  grossas, é quente , porém, existe uma saída, é estreita , é longa, é dolorosa,  mas existe.
           Viva o meu amigo Joca e que os outros sigam o seu caminho, basta força , coragem e resiliência. Basta ser mais um JOCA.

    Iderval Reginaldo Tenório


    Luiz Gonzaga e Gonzaguinha - A Triste Partida - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=K5cFx5r9KOk
    19 de set de 2010 - Vídeo enviado por Alfredo Pessoa
    Luiz Gonzaga e Gonzaguinha - A Triste Partida ... A música desse homem está marcada a ferro e fogo na