domingo, 23 de novembro de 2025

O Poder das Artes. Amália Rodrigues e o Fado que Alforriou Portugal

                                       


                                                 O Poder das Artes.

    Amália Rodrigues e  o Fado que Alforriou   Portugal da França.

                        Lisboa Não Sejas Francesas ,

 
De 1930 a 1960 era a Europa e o Mundo,  principalmente os países próximo à França,  domínio cultural desta nação. As roupas,  musicas, perfumes, culinária, vinhos, enfim, tudo que se assistiam,  ouviam e que se consumiam era oriundo, patenteado, fabricado ou autorizado pelos franceses.
 
Portugal uma das menores nação do mundo, uma das mais próximas das américas,  encontrava-se em ruínas, uma vez que as suas riquezas  encontravam-se em baixa. 

Depois da segunda Guerra Mundial  a coisa piorou, os políticos, os industriais, os comerciantes, os agricultores e pecuaristas compraram uma grande briga, levantar Portugal, mas foi tudo em vão, a máquina Francesa estava azeitada, era forte e dominava tudo nos mínimos detalhes.  

Quando nada mais restava a fazer, os  artistas portugueses, os músicos, pintores, atores, cozinheiros, costureiros, perfumistas,  cantores e outros  não aguentando a pressão, resolveram reagir e atuar. 

Fizeram uma campanha nacional pelo nacionalismo. 

Foi chamado um grande compositor e pediram para escrever uma pagina musical que seria cantada  pela maior estrela portuguesa de todos os tempos, a grande estrela AMALIA RODRIGUES.

Abriram os teatros, os cinemas, as casas de shows, as perfumarias, as grandes galerias, os bares de rua, restaurantes, igrejas, escolas e clubes para divulgarem a campanha por semanas.  
 

 O compositor foi o José Galhardo(letra) e a música do grande Raul Ferrão.
 
Em 1952 foi apresentado no Teatro Avenida  em Lisboa de portas abertas o FADO Intitulado  - Lisboa Não Sejas Francesas.  

Foi o maior espetáculo já visto naquele país  para o mundo, ganhou as ruas, as igrejas, as escolas e as Universidades.
 
No outro dia os produtos Franceses começaram a apodrecer nas prateleiras, os perfumes jogados no lixo, roupas armazenadas, ninguém lia os livros ou escutava as suas músicas, enquanto os produtos Portugueses  em alta, tudo cheirava a Portugal. 

As crianças cantavam, os adultos choravam e Portugal conseguiu se levantar, a cantora Amália rodou o mundo, cantou muitas vezes em Paris.
 
Eu tinha que contar esta história, eu sabia que vocês iriam gostar e foi assim que Portugal conseguiu nos pós guerra,  mais uma vez a sua independência. Não se esqueçam de 1807/1808 e do Napoleão Bonaparte. 

A cultura é a maior arma de um povo, um povo que não canta, que não se encanta, que não faz o outro cantar a sua cultura, não merece ser um povo independente.

Iderval Reginaldo Tenório

 
Lisboa Não Sejas Francesa


Amália Rodrigues

 
Não namores os franceses
Menina, Lisboa,
Portugal é meigo às vezes
Mas certas coisas não perdoa
Vê-te bem no espelho
Desse honrado velho
Que o seu belo exemplo atrai
Vai, segue o seu leal conselho
Não dês desgostos ao teu pai

Lisboa não sejas francesa
Com toda a certeza
Não vais ser feliz
Lisboa, que ideia daninha
Vaidosa, alfacinha,
Casar com Paris
Lisboa, tens cá namorados
Que dizem, coitados,
Com as almas na voz
Lisboa, não sejas francesa
Tu és portuguesa
Tu és só pra nós

Tens amor às lindas fardas
Menina, Lisboa,
Vê lá bem pra quem te guardas
Donzela sem recato, enjoa
Tens aí tenentes,
Bravos e valentes,
Nados e criados cá,
Vá, tenha modos mais decentes
Menina caprichosa e má
Lisboa não sejas francesa

Lisboa não sejas francesa

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