sábado, 18 de janeiro de 2014

A Grande Viagem-(Le Grand voyage)--Filme Importante

A Grande Viagem-(Le Grand voyage)--Filme Importante
                                    FILMES IMPORTANTES                                                                            

Nesta seção postarei o nome de algumas obras  cinematográficas  importantes para a humanidade, iniciarei com um filme no qual, o Pai no intuito de mostrar ao filho a importância da família , como também de um filho para um pai, o convida e praticamente o obriga a realizar uma grande viagem.
Da França até Meca, o Filme não é fantástico, é muito mais do que fantástico, deve ser assistido em silêncio, quem assistir com certeza verá o mundo com outros olhos.
Assistir  este filme em 2006 em circuito fechado, já existe em DVD e em algumas locadoras ou até na  INTERNET.
Vale a pena.

ASSISTAM  O TREILER  DE 10 MINUTOS, ESTÁ EM INGLES LEGENDADO  OU O FILME INTEIRO NA LINGUA ORIGINAL, OBSERVEM O DIÁLOGO, OS MOVIMENTOS, AS FOTOGRAFIAS E OS GESTOS.
Iderval Reginaldo Tenório





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A Grande Viagem (Le Grand voyage)

Título no Brasil:  A Grande Viagem


Título Original:  Le Grand voyage
País de Origem:  França / Marrocos
Gênero:  Drama
Tempo de Duração: 108 minutos
Ano de Lançamento:  2004
Site Oficial:

Estúdio/Distrib.:  Califórnia Filmes
Direção:  Ismaël Ferroukhi


A GRANDE VIAGEM-

Poucas semanas antes do vestibular, Reda (Nicolas Cazalé) - um jovem que vive no sul da França - se vê forçado a levar seu pai (Mohamed Majd) para Meca. Desde o início, a jornada parece difícil. Reda e seu pai não têm nada em comum. A conversa é restrita ao mínimo necessário. Enquanto eles viajam através de diferentes países e encontram vários povos, Reda e seu pai se observam cuidadosamente. Como eles podem criar um relacionamento quando a comunicação é impossível? Partindo do sul da França, passando pela Itália, Sérvia, Turquia, Síria, Jordânia até a Arábia Saudita, a viagem dos dois é de três mil milhas.

ESTÃO AÍ O FILME RESUMIDO E ELE NO SEU TOTAL. PENA QUE NÃO É EM PORTUGUES. ASSISTAM ASSIM MESMO.


Le Grand Voyage - YouTube

www.youtube.com/watch?v=GHwyHyIuFhk
14/02/2012 - Vídeo enviado por A- Ferroukhi
1:38:27. Watch Later Harkis ( film complet ,avec Leïla Bekhti,Smaïn,Samy Seghir)by Regards sur l'Algérie97,956 ...

  • Le Grand Voyage - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=mDIu4mjXKTg
    11/04/2006 - Vídeo enviado por thikr
    Trailer of the award winning film by Ismaël Ferroukhi. Visit: www.legrandvoyage.co.uk.

  • Le Grand Voyage - part 1 of 10 - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=3VVvXU8AmJs
    04/06/2009 - Vídeo enviado por islammovie
    Le Grand Voyage - part 4 of 10by islammovie23,955 views; Thumbnail 10 videos Thumbnail Play all Le Grand



  •  

    quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

    AS 100 FOTOGRAFIAS DE NUS. AS MAIS BELAS DO MUNDO NO SECULO XXI


    Luiz-Salvador Miranda-Sa via Luca Maribondo

    REMÉDIOS DE MARCAS, GENÉRICOS E SIMILARES . ENTENDAM

    MEDICAMENTOS E A NOVA LEI PARA COMERCIALIZAÇÃO.
    PARA A POPULAÇÃO
    ENTENDER

    Amigos,  no Brasil são comercializados os medicamentos sob três tutelas ou denominações( REMÉDIO DE REFERÊNCIA, REMÉDIO GENÉRICO OU O SIMILAR).
    Ao chegar na Farmácia o cidadão solicita o seu remédio, ele pode exigir o nome do remédio que está na receita,  o original, ou optar pelo genérico, jamais o balconista ou farmacêutico pode trocar o seu remédio por medicamento com nome diferente(por  um similar)
    OS TRÊS TIPOS.
    1-Remédio de Referência ou de  MARCA, que é o remédio original, geralmente é o dono do produto que fabrica, o laboratório que o desenvolveu, este produto é protegido durante 20 anos, é o direito da PATENTE.
    O que chama a atenção é que este remédio durante os dez primeiros anos é caro ou muito caro, uma vez a que a pesquisa tem que ser paga pelo consumidor, depois deste prazo passa a cair de preço, pois surgem outras drogas diferentes para as mesmas doenças e para não cair no esquecimento começa a cair de preço. Outro determinante primordial é a perda da patente , um período  de 20 anos, após este episódio o seu maior concorrente é o REMÉDIO GENÉRICO,  uma vez que este pode substituí-lo no balcão da  Farmácia .
    2-Remédio Genérico, este é o medicamento vendido com o nome do principio ativo, a fórmula  que faz o efeito, isto é, o nome da droga inventada e desenvolvida pelo laboratório dono do Remédio de Marca logo após a queda da patente, depois de vinte anos de lançado.
    O fulcro do Genérico é que a droga a ser produzida já foi inventada e desenvolvida, cabe ao Lab do Genérico aplicar todas as propriedades e exigências aplicadas ao Original.  O Sal tem que ser o mesmo, a equivalência a mesma, a disponibilidade tem que ter as mesmas características, absorção, a ação e a eliminação tem que serem idênticas ao original, só assim poderá ser chamado de genérico, por isso é que pode ser o substituto do original
    3-O Remédio Similar-  este também obedece a lei da Patente, é o remédio fabricado com o mesmo produto do original, só que  lançado por outro laboratório  com um nome comercial próprio, como o laboratório  não foi o inventor, nem o desenvolvedor e não era o dono da Patente coloca um nome diferente do original. Possui o mesmo principio ativo, isto é , a mesma droga do de MARCA mas não pode substituí-lo no balcão da Farmácia. Como o laboratório não gastou na pesquisa muitas vezes vende muito mais barato , é a regra . 

    Observação
     O laboratório do Remédio Similar  recebe do dono da fórmula,  O laboratório do medicamento de marca, a permissão de produzir e vender com outro nome.
    O que caracteriza é que não precisa aplicar as mesmas exigências atribuídas aos genéricos e aos de marcas, não se exige a mesma biodisponibilidade, nem o mesmo grau de absorção, de eliminação ou tempo de ação, o importante é que seja a mesma droga, está aí o motivo de não poder substituir o de MARCA  no balcão da Farmácia.
    NOVA LEI PARA OS SIMILARES 2014
    “A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quinta-feira (16) proposta para que todos os medicamentos similares passem, até o final deste ano, por testes que comprovem a equivalência aos chamados medicamentos de referência. Um rémedio de referência também é conhecido como "de marca" ou "inovador", que foi primeiramente lançado no mercado. O similar é o medicamento produzido depois, que pretende ter os mesmos efeitos.
    De acordo com o Ministério da Saúde, os medicamentos similares já existiam antes dos genéricos e não passavam pelos mesmos testes para atestar que tinha os mesmos efeitos do remédio de referência. Agora os similares terão que ser submetidos aos mesmos procedimentos que os genéricos.”
    MAIS RIGOR
    EXEMPLO
    REMÉDIO DE MARCA- NOME FICTÍCIO
    Laboratório dono da Patente
    Nome -...................................................  ELIMINADOR
    Principio ativo-........................................DIPIRONA 500MG  
                    REMÉDIO GENÉRICO- Tem um G maiúsculo na caixa 
    Nome.......................................................DIPIRONA 500MG
                      REMÉDIO SIMILAR
                      Diversos laboratórios
    Nome.......................................................TIRADOR
    Principio ativo..........................................DIPIRONA 500MG
    Nome........................................................APAGADOR
    Principio ativo..........................................DIPIRONA 500MG.
    É o mesmo produto do de  MARCA mas não o substitui.
                                 Iderval Reginaldo Tenório
                        

    GRANDE TOCADORA DE PIFE-ZABÉ DA LOCA

    ZABÉ DA LOCA- ZABÉ DO PIFE

    Zabé da Loca, rainha do pife


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    Aos olhos de um Brasil que desconhece o Brasil, a descrição de Isabel Marques da Silva se parece com a descrição de uma típica mulher do sertão nordestino. Aos 84 anos, é alcoólatra, fumante compulsiva, tem as marcas do trabalho pesado nos pés, carrega no rosto os profundos vincos formados por anos de exposição ao sol forte, criou-se e formou-se com a enxada na mão. Seus dias parecem se resumir a apreciar, à soleira da porta, a mesma paisagem seca que a acompanha há décadas, olhar as mesmas pessoas que passam por aquele distante pedaço de terra quase perdido na fazenda Santa Catarina, uma região permeada de rochas gigantes a 20 quilômetros de Monteiro, sudoeste da Paraíba.

    Isabel, a Zabé da Loca, é sem dúvida uma sertaneja, mas de comum tem apenas a aparência. Porque para um Brasil que desconhece o Brasil, pouco adianta dizer que ela é a rainha do pife, esse instrumento rústico de som agudo, uma flauta com nove orifícios que se assemelha ao oboé italiano, feito a partir de vários materiais. Entre os pifes utilizados por Zabé em quase oito décadas de dedicação, é possível encontrar até um instrumento de PVC.
    E é com os pifes e uma pequena banda formada por amigos e familiares que Zabé da Loca roda o Brasil, quase sempre em festivais de música popular. Ao menos “enquanto tiver força para viajar por esse Brasil que é bom todo”, como ela mesma diz, entre uma tragada e outra de fumo-de-rolo, amassado num pedaço de papel tirado do bloquinho de anotações. Haja força e resistência para quem passou quase 30 anos em uma loca (gruta) entre duas grandes pedras, no alto da Serra do Delmiro, nome do marido já falecido, também conhecida como Serra da Matarina.
    Foi da loca que nasceu o apelido e depois nome artístico pelo qual é conhecida não apenas no Cariri paraibano, mas em todas as cidades por onde passou e mostrou seu trabalho. O ofício de tocar pífano, ou “pife”, como é mais conhecido por essas bandas, ela aprendeu aos 7 anos com o irmão Aristides, de quem não sabe o paradeiro. Nascida em Buíque, no agreste pernambucano, logo criança veio com a família e outros retirantes para o sertão paraibano, de onde não saiu mais. Trabalhou sozinha com a enxada e conseguiu construir uma casa de taipa na serra, longe de tudo e de todos. “Para ninguém me incomodar”, completa. Dos 15 irmãos, Zabé viu morrer oito: de fome, de doença, de sede, de cansaço.
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    Zabé conta como foi morar, por necessidade, dentro de uma gruta, no meio de uma fenda entre duas rochas. Após um acidente que destruiu a casa de taipa, sem dinheiro e viúva (o marido morreu de infarto, na mesma serra, enquanto procurava por água estocada nas rochas), foi na pequena gruta que criou os três filhos, que hoje nem sequer a visitam. Ao sair para trabalhar com a enxada, ela cavava buracos nas sombras das árvores e os deixava lá, protegidos por trapos, enquanto ia cultivar a pouca comida que a natureza permitia tirar da terra. Quando o sol se punha por trás das rochas e caía a noite, era o som do pife que minimizava a dor da fome e espantava os fantasmas, dando força para enfrentar o implacável frio noturno do Cariri.
    Encontrar Zabé em casa é fácil. Quando não está Brasil afora em apresentações, passa o dia à beira da porta, de olho na rua. Difícil é encontrar a casa. Na estrada que sai de Monteiro em direção ao município de Sumé, é preciso entrar no meio das terras da fazenda Santa Catarina, pegar um trecho de 15 quilômetros de barro e pedregulhos. Várias entradas à frente, chega-se finalmente ao sítio Tungão, onde Zabé mora sozinha em uma pequena casa de quarto e sala, praticamente sem móveis. A surdez se agrava com o passar dos anos. Ela não entende muito bem a saudação, mas abre um sorriso maroto e quase juvenil quando pergunto se é mesmo a famosa Zabé da Loca, a Rainha do Pife.
    Não demora e os amigos se reúnem ao redor da casa, que em uma linha imaginária fica a uns 30 minutos abaixo da sua antiga gruta, abandonada há cerca de dois anos, mas que ainda mantém as mesmas características de quando Zabé morava lá.
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    Conhecer a loca de Zabé é um pouco mais complicado. Ela não tem mais a força de antigamente e, suspeita-se, talvez nem vontade de voltar para revisitar um passado de triste lembrança. Talento reconhecido regionalmente, Zabé foi agraciada pelo governo da Paraíba com dois salários mínimos todo mês (ela ganha um salário do INSS, de aposentadoria como trabalhadora rural) por meio de um programa que premia os mestres da cultura popular. No sertão, com três salários mínimos é considerada “rica”, a ponto de atiçar a inveja alheia, que precisa ser gerenciada pela amiga, vizinha e companheira de banda Josivane Caiano da Silva, tocadora de prato. É ela quem cuida dos remédios e da agenda.
    Um dos melhores amigos de Zabé nos leva para um tour pela região ao redor da gruta. Antônio Soares da Silva, o Pitó, mostra o caminho das pedras (literalmente) serra acima, até chegar à loca. São quase 40 minutos de caminhada. Há dois anos, a gruta virou cenário de um luau em comemoração ao lançamento do segundo CD, parte da coletânea Cânticos do Semi-Árido. Foi a última vez que Zabé se aproximou da antiga casa. Pitó mostra como ela usava as pedras para fazer o xerém (canjiquinha, para os paulistas) com o milho e os buracos nas rochas para armazenar água da chuva, procedimento utilizado por quase todos na região. O sol começa a se pôr. Zabé nos espera com touca, manto, um pife improvisado, um fumo-de-rolo e um bule cheio de café passado na hora, no velho fogão a lenha, um dos seus xodós. “É bom todo”, responde, enquanto ajeita o resto de lenha.


    ESCUTEM DONA ZABÉ A TOCAR O SEU PIFE OU PÍFANO.

    Zabé da Loca - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=pL6YoVqGa9I
    05/09/2008 - Vídeo enviado por vaquejadanoar
    Reportagem Globo Rural Zabé da Locaby Vinicius Araújo37,813 views; 15: ... ZABE DA LOCA -

    quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

    MEDICINA NA AMERICA LATINA-PARAGUAI E VENEZUELA

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    MEDICINA NO PARAGUAI : Formados na Bolívia, Paraguai e Venezuela conseguem na Justiça participar do Mais Médicos

    Data da publicação: 05/09/2013 à00 23:12

    MEDICINA NO PARAGUAI : Formados na Bolívia, Paraguai e Venezuela conseguem na Justiça participar do Mais Médicos

     

    Pelo menos 13 profissionais, entre brasileiros e estrangeiros, obtiveram mandado de segurança

    Fernanda Bassette - O Estado de S. Paulo
    Pelo menos 13 médicos brasileiros e estrangeiros formados em universidades do Paraguai, Bolívia, Peru e Venezuela conseguiram na Justiça o direito de participar do programa Mais Médicos - que vai pagar uma bolsa de R$ 10 mil para que eles atuem no interior do País. Três deles já estão fazendo o curso preparatório no Brasil.
    Segundo a advogada Mirtys Fabiany Azevedo Pereira, que representa os profissionais, todos eles tiveram suas inscrições barradas porque se formaram em países em que a proporção de médicos é menor do que a do Brasil (que é de 1,8 por mil habitantes). Pelas regras do programa, o Ministério da Saúde não aceitaria médicos com registros profissionais em países com índices menores de médicos por mil habitantes para não prejudicar a saúde nos locais.
    No Peru, por exemplo, a proporção é de 0,9 médico a cada mil habitantes. No Paraguai, 1,1 médicos por mil, na Bolívia, 1,2 e na Venezuela é de 1,9 por mil. Já em Cuba, que fechou um acordo com o governo brasileiro para o envio de 4 mil médicos para trabalhar no programa, a proporção é de 6,7 por mil. "Esses médicos já moram no Brasil e já tentam revalidar o diploma aqui há algum tempo para trabalhar. Consegui demonstrar para a Justiça que eles não estão saindo desses países só agora, portanto não há prejuízo”, explica a advogada.
    Desde o início das inscrições no Mais Médicos, Mirtys já entrou com 23 mandados de segurança representando 114 profissionais para garantir o direito deles participarem do programa. Vinte processos ainda estão em julgamento, alguns em graus de recursos. “Alguns juízes estão indeferindo o pedido alegando que esses médicos precisam fazer a prova do Revalida, por isso estou recorrendo”, diz a advogada. Informação sobre o curso de medicina e reserva de vagas e com ACB Assessoria Acadêmica Fone 67/ 8112 0097 Tim, ou 67/96770757, e e-mail: medicinakarlos@gmail.com.  O Revalida é a prova aplicada a médicos formados no exterior que querem atuar no Brasil, mas ela não será exigida para os profissionais selecionados para o Mais Médicos. O Ministério da Saúde informou que vai cumprir as decisões judiciais, mas que vai recorrer. Ainda segundo o ministério, esses médicos não poderão começar a atuar antes que haja uma decisão definitiva

    MEDICINA NA AMERICA LATINA- BOLIVIA

    VEJAM AÍ ONDE SE ENCONTRA O PERIGO, AQUI O ESTUDANTE SE ESFORÇA, ESTUDA, CONCORRE COM 70 A 150 POR UMA VAGA, PAGA CARO E ESTUDA MEDICINA. VEM OUTRO PAÍS E ESCANCARA. 
    PODE SER JUSTO?
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    Cerca de 25 mil brasileiros estudam medicina na Bolívia, o equivalente a 23% do total de alunos matriculados no curso no Brasil em 2012 — 110.804 estudantes, de acordo com o censo do Ministério da Educação. Os dados são da Embaixada da Bolívia no Brasil e foram divulgados neste domingo (3) pelo jornal Folha de S.Paulo.

    O número de brasileiros que estudam no país sul-americano é ainda dezesseis vezes maior que do que os matriculados no curso da USP (Universidade de São Paulo), um dos mais importantes do País.

    Entre os atrativos da Bolívia estão a ausência do vestibular — apenas o diploma de ensino médio é necessário para a matrícula — e o baixo custo das mensalidades em relação às faculdades privadas nacionais.
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    Um exemplo é a Universidade de Aquinol (Udabol), onde estudam aproximadamente 5.000 brasileiros, cujo valor total do curso à vista é de aproximadamente R$ 10.500 pelos cinco anos — valor que não pagaria nem três meses do curso de medicina da Santa Casa de São Paulo, cujas mensalidades são de R$ 3.940.

    Se a entrada no curso é facilitada, o mesmo não se pode dizer da saída. Além dos sete anos de graduação — incluindo um ano de internato e três meses de trabalho obrigatório —, o aluno presta um exame ao fim da graduação. Na volta ao Brasil, contudo, apenas 2,1% passaram em 2012 no Revalida, o exame federal para validar o diploma de medicina estrangeiro. 

    MEDICINA NA AMERICA LATINA-BOLIVIA

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                                                       MÉDICOS 'ESTRANGEIROS'

    Medicina na Bolívia tem mais brasileiros que curso da USP

    Facilidade para cursar faculdade na Bolívia leva brasileiros a procurar cursos sem vestibular e com mensalidades baixíssimas, mas qualidade do ensino é duvidosa


    fonte | A A A
    Cerca de 25 mil alunos brasileiros estudam medicina em instituições na Bolívia, segundo a Embaixada boliviana no Brasil. O número é alto e o maior motivo é a facilidade de acesso. Para entrar numa faculdade em boa parte da América Latina, não é necessário vestibular. E é exatamente isso que acontece na Bolívia. Além disso, os custos são baixíssimos.
    Na Universidade de Aquino (Udabol), onde estudam cerca de 5.000 brasileiros, o estudante que pagar à vista desembolsará cerca de R$ 10.500 por cinco anos. Na Santa Casa de São Paulo, essa quantia não cobriria sequer três meses do curso — a mensalidade é R$ 3.940.
    Boa parte dos estudantes brasileiros na Bolívia vem de estados próximos, como Acre e Mato Grosso, mas há alunos de quase todo o país. Esse contingente equivale a 23% dos estudantes de medicina matriculados no Brasil no ano passado –110.804 alunos, segundo censo do Ministério da Educação.


    Mas para se formar, não é tão fácil. O processo dura sete anos e inclui um ano de internato e três meses de trabalho obrigatório. Ainda existe um exame de aprovação, externo à faculdade. Mas mesmo se passarem nesse processo, ao voltar para o Brasil, tem que fazer outro exame, o Revalida, para validar diplomas estrangeiros.  Apenas 2,1% dos formados na Bolívia passaram no Revalida no Brasil em 2012.

    Medicina na Bolívia


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    Panorama: Medicina na Bolívia

    Sob o pretexto de que há falta de médicos no interior do Brasil e com o discurso de repatriação de brasileiros que cursaram medicina em outros países, a flexibilização do REVALIDA seria um descaso com a saúde da população e uma afronta a meritocracia e as instituições médicas brasileiras.
    É grande o número de brasileiros que cursam medicina fora do país. É muito pequeno o número de estudantes brasileiros estrangeiros que realmente falam de forma aberta e não apaixonada sobre o assunto.
    Buscando maior esclarecimento, entramos em contato com essa reportagem especial da Revista Ser Médico do CREMESP ( a qual tivemos autorização para reprodução), que mostra a realidade que 20 mil brasileiros se sujeitam para tentar conseguir realizar o sonho de se tornarem médicos.
    Essa é uma das únicas matérias disponíveis na internet que buscou junto a estudantes e autoridades brasileiras, bolivianass uma caracterização do cenário. Não foi achado material adicional na internet para fazer um contraponto. Tivemos acesso a alguns relatos e comentários de estudantes que estudam naquele país, mas não os reproduzimos neste momento por achar inoportuno.
    Confira a seguir a matéria: 

    A realidade precária dos cursos de Medicina particulares

    Os 20 mil alunos – número que cresce anualmente – estudam Medicina em faculdades particulares da Bolívia. Falta de locais para o ensino da prática médica, docentes sem preparo e vagas ilimitadas, sem qualquer processo seletivo, formam um cenário preocupante.
    Após anos de estudo em faculdades bolivianas, brasileiros terão dificuldade para revalidar o diploma e trabalhar no Brasil
     Reportagem e texto: Fátima Barbosa; Fotos: Osmar Bustos; Fonte: Revista Ser Médico do CREMESP
     Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. Pela manhã, milhares de estudantes brasileiros preparam-se para as aulas em alguma das cinco faculdades privadas de Medicina da cidade. A mesma cena se repete em Cochabamba e, em menor grau, em La Paz, Cobija, Oruro, Potosi e Sucre. São jovens e adultos cujo sonho de ser médico encontram nos preços irrisórios e nas vagas ilimitadas, sem vestibular, um caminho fácil para o diploma, mas que não garante uma formação adequada. A falta de ensino prático e muitos professores sem a habilitação necessária são problemas graves que repercutem no Brasil. Praticamente todos os estudantes querem voltar e exercer a profissão aqui.
    O que fazer para que egressos sem o preparo  adequado entrem no mercado de trabalho? A posição do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) é clara: apoiar o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras). Entretanto, rumores a favor da flexibilização dessa prova  – com o objetivo de preencher vagas de médicos em lugares longínquos – adicionam mais combustível ao debate.
    Ressalte-se que a preocupação do Cremesp com a qualidade do ensino não se restringe aos egressos de escolas estrangeiras, mas também aos das faculdades de Medicina brasileiras. Para isso, defende uma avaliação nacional dos recém-formados no Brasil. Dando o exemplo, tornou obrigatório, a partir deste ano, o Exame do Cremesp no Estado de S. Paulo. Portanto, a exigência de uma melhor formação vale para todos os médicos que queiram trabalhar no Brasil, sejam procedentes de escolas brasileiras, da Bolívia, ou de qualquer outro país. “O que está em jogo é a saúde da população”, esclarece o presidente do Cremesp, Renato Azevedo. Com essa preocupação, a Ser Médico foi até Santa Cruz de la Sierra e Cochabamba, na Bolívia, conferir o ensino médico naquele país. Leia a reportagem especial nas próximas páginas.
    ”Quer estudar Medicina na Bolívia e não sabe por onde iniciar? Aqui estamos para lhe ajudar”. “Faça Medicina sem vestibular. Inscreva-se agora mesmo em nosso site”. “Seu diploma validado, agora você pode”. “A hora de ser médico chegou!”
    Assim começa o caminho para estudar na Bolívia. Na internet, inúmeras agências que se denominam de intercâmbio ou de assessoria seduzem jovens e adultos. As baixas mensalidades e o custo de vida irrisório, aliados à ausência de vestibular, são os principais chamarizes.
    Atraídos pelas facilidades, milhares de brasileiros de todas as idades chegam, anualmente, à Bolívia, para estudar em escolas médicas particulares. O preço delas é, em média, de US$ 130 a US$150 (entre R$ 270 e R$ 312, conforme o câmbio de novembro último). Apenas duas cobram cerca de US$ 300. É possível gastar – entre escola, habitação, alimentação, transporte e lazer – cerca de R$ 1,5 mil por mês.
    “É muito mais barato aqui. A mensalidade da escola fica em, aproximadamente, R$ 300. Além disso, tem aluguel e alimentação. Quase não uso transporte porque moro perto da faculdade. No total, gasto R$ 1,4 mil, por mês, incluindo um pouquinho para o lazer”, conta Kelly de Vasconcelos, de 23 anos, que juntamente com o marido, Antero Vieira, estuda na Universidad Privada Franz Tamayo (Unifranz)/unidade de Santa Cruz de la Sierra.
    Com 1,76 milhão de habitantes, Santa Cruz é o destino preferido dos brasileiros. Maior e mais populosa cidade da Bolívia, é considerada o motor econômico do país.Tem cinco universidades particulares com cursos de Medicina: Unifranz, Universidad de Aquino Bolívia (Udabol), Universidad Católica Boliviana (Católica), Universidad Cristiana Boliviana (Ucebol) e Universidad Nacional Ecológica (UNE, mais conhecida como Ecológica), além de uma estatal, a Universidad Autónoma Gabriel René Moreno. As públicas têm pouquíssimos estudantes brasileiros, em geral não mais que 20.
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    Colbert Soares Pinto Jr. Consul Geral do Brasil em Santa Cruz de La Sierra
    O número de brasileiros é tão alto nas escolas privadas que em algumas parece que se está no Brasil, tal a quantidade de pessoas falando português. As universidades, contudo, resistem em dar as cifras exatas. Dados fornecidos pelo cônsul-geral do Brasil, naquela cidade, Colbert Soares Pinto Jr., indicam que há, em Santa Cruz, pelo menos 10 mil alunos brasileiros de Medicina, assim divididos: Udabol (5 mil), Ucebol (3,1 mil), Católica (400), Unifranz (400) e Ecológica (1 mil).
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    Fernando Vidal – Consul geral do Brasil em Cochabamba
    Esse número cresce a cada ano, segundo Soares. “Em 2010, calculávamos, em Santa Cruz, 5 mil estudantes brasileiros. No ano passado, eram cerca de 7 mil e, este ano, subiu para 10 mil, aproximadamente”. Apenas na Udabol, no primeiro semestre de 2012, entraram 1,5 mil novos estudantes brasileiros, informou um funcionário dessa universidade, que não quis se identificar.
    Em Cochabamba, estudam, de acordo com o cônsul-geral brasileiro naquela cidade, Fernando Vidal, pelo menos 7 mil brasileiros. Os dados foram repassados a ele pelo Banco do Brasil na Bolívia, que fez uma pesquisa para verificar a viabilidade de instalar uma agência local. O estudo revelou que os estudantes brasileiros estão assim divididos naquela cidade: Universidad del Valle (Univalle) – 1,5 mil; Universidad Privada Aberta Latinoamericana (Upal) – 2 mil; Unifranz/Cochabamba – 2 mil; Udabol/Cochabamba – 500; Universidad Técnica Privada Cosmos (Unitepc) – 1 mil.
     Em La Paz, capital boliviana, o consulado-geral brasileiro local estima o número de brasileiros que estudam Medicina em cerca de 600. Na cidade de Cobija, na fronteira com o Acre, estudam mais 1 mil alunos. Em Oruro, Potosi e Sucre também há brasileiros em escolas médicas particulares, mas o número é bem menor que nas demais.
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    Só fachada: prédios de algumas universidades são modernos e espaçosos, mas não têm hospital próprio para aulas práticas
    Em família
    Os preços baixos e as vagas ilimitadas seduzem tanto que é comum encontrar vários membros de uma mesma família estudando Medicina. A estudante Larissa Caures, 21 anos, de Rondônia, por exemplo, faz Medicina na Ucebol juntamente com sua mãe, Cecília. Luiz Alberto Paschoal Cardoso, do Mato Grosso, que estuda na Católica, tem a companhia de sua mulher, Rubia Bandiera Cardoso, e do sobrinho Luiz Alberto Cardoso Vaz.
    Nem todos os alunos, entretanto, permanecem na Bolívia. O número de desistências é alto, principalmente entre os do primeiro ano. “Muitos desistem e voltam ao Brasil”, afirma o relações públicas da Ucebol, Ruben Chávez. Também o decano da Faculdade de Ciências da Saúde da Univalle, Carlos Iriarte, afirmou que de 30% a 40% dos alunos desistem. No caso dessa universidade, considerada “a melhor” entre as particulares, além dos que voltam para o Brasil, muitos transferem-se para outras faculdades mais baratas ou menos exigentes. A transferência de escola é livre e muito frequente.
    Em geral, os estudantes são bastante jovens, mas há muitos brasileiros com idade incomum para um curso de Medicina. Segundo Ruben Chávez, há um aluno na Ucebol, Floriano Petri, de 63 anos, que tem dois filhos como colegas de estudo. Outra brasileira, Eva da Anunciação, de 60 anos, está no 5º semestre.
    Muitos deles já se formaram em outros cursos no Brasil, geralmente na área da saúde. Rogério Machado Coelho, de 46 anos, por exemplo, era veterinário na cidade de São Paulo, e agora estuda Medicina na Católica. “Sempre quis ser médico, mas como meu irmão estudava Medicina em uma particular, no Brasil, não pude fazer também porque era muito cara. Quando me formar, quero exercer a profissão em Rondônia, onde ele trabalha”. Haroldo Salvador Freire, 38 anos, atuou por 14 anos como enfermeiro, antes de ir estudar na Bolívia, assim como sua mulher. Eles têm um filho de seis anos, que mora com ambos, em Santa Cruz de la Sierra.
    Vagas ilimitadas
    As vagas ilimitadas fazem com que o número de estudantes cresça a cada ano. Quem chegar com os documentos necessários, inscrever-se e pagar a matrícula, faz o curso, sem qualquer processo seletivo. O objetivo é arrebanhar o maior número possível de alunos.