sábado, 20 de agosto de 2022

Batalha Juazeiro do Norte- Crato-Sedição de Juazeiro

Estátua do Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, é reaberta para visitantes -  Região - Diário do Nordeste

 File:Sedição de Juazeiro, Trincheira de Santo Antônio, 1913.jpg - Wikimedia  Commons

 Aluguel de carros em Juazeiro do Norte, CE, Brasil | Rentcars.com

MUSEU VIRTUAL DE JUAZEIRO DO NORTE: SEDIÇÃO DE 1914

 

Seduc Juazeiro realiza encontro nesta quarta-feira para alinhar a jornada  pedagógica e o início do ano letivo – Caririceara.com 

Sedição de Juazeiro: 1914 – Historiadores

 Épocas passadas: Como era a principal rua do Crato da década de 1930?

 A CIDADE DO CRATO ERA A METRÓPOLE DO CARIRI

SANTUÁRIO DE SÃO... - Juazeiro do Norte de antigamente | Facebook

 

JUAZEIRO ERA UMA VILA DO CRATO-

CHAMADA DE  TABULEIRO  GRANDE

Batalha Juazeiro do Norte- Crato-Sedição de Juazeiro

Histórico


Em 1909 O padre Cícero acerta com o Prefeito do Crato Coronel Antonio Luiz Alves Pequeno a elevação do povoado de Juazeiro à cidade , seria desmembrada do Município   do Crato , pois o povo não agüentava mais pagar tanto imposto   , a vila do Juazeiro já era maior do que a sede, estava  com 25 mil  habitantes. 

 Em 1910 nada foi feito e o prefeito informou que pensaria no assunto em 1911, a população não aceitou , criou um movimento pro Juazeiro que culminou  em 22 de Julho de 1911 com a sua independência, sendo o Padre Cícero o seu primeiro Prefeito.


 Pretendiam este cargo ,os  Srs.Jose André,Sr Joaquim Bezerra,o Padre Peixoto dono do Jornal  O REBATE e o próprio Dr Floro Bartolomeu, que posteriormente foi eleito Deputado Federal.

Está aí a razão deste cordel documentando estes fatos.

Em 1913 um batalhão do Gov .erno Estadual,sediado no Crato , comandado pelo então Coronel  Alípio  de Lima  Barros ,  menosprezando o poderio da força de Juazeiro  ,declarou guerra , prevendo que nos primeiros tiros  haveria uma debandada  dos jagunços , logo depois venceriam e acabariam com toda a  Cidade do  Juazeiro. O  tiro saiu pela culatra,pois ,surpreendido por uma trincheira de  02 metros de altura e um grande valado  de 04 metros de profundidade amargaram uma vergonhosa derrota, foram vencidos  pelos defensores do Juazeiro,o Dr Floro Bartolomeu, o organizador  e os seus jagunços.

Esta foi uma grande vitória do município do Juazeiro, mostrando para o Brasil a força e a justificativa  do seu desmembramento do Crato que não aceitava e queria acabar com a vila.  

Dados do Autor

Iderval Reginaldo Tenório., Nasceu em Juazeiro do Norte no dia 18 de Março de 1954, na rua Praça do Cinqüentenário 55, Bairro do Socorro. Filho de Jose Miguel da Silva e Antonia Reginaldo da Silva Estudou no Grupo Escolar Padre Cícero,Colégio Salesiano Dom Bosco,Ginásio Municipal Antonio Xavier de Oliveira e Instituto Moreira de Souza. Completou os seus estudos  na Escola de Medicina  da Universidade Federal da Bahia colando grau em 1982.

Medico Residente de Cirurgia e Gastroenterologia  no Hospital Roberto Santos da BAHIA. Medico do Estado no Hospital GERAL do Estado da Bahia.  

Hoje cidadão Camaçariense e Soteropolitano onde recebeu os Títulos de Cidadania pela Câmara de Vereadores dos dois Municípios. 

Titulo Maria Quitéria Camara Municipal  de Camaçari, Diretor Tesoureiro do CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DA BAHIA CREMEB  , Conselheiro  por 20 anos, Função hoje além de médico, difundir a real cultura Nordestina pelo Brasil. 

Reside  na Cidade do Salvador-Ba.

driderval@bol.com.br

http://www.iderval.blogspot.com .

 

Como armas os bacamartes  e os ensinamentos simplórios,

Como munição, muitos pregos e  muitas horas de parlatório,

Os jagunços do Juazeiro dos Clementes aos Honórios,

Foram para a linha de frente como um grande adjutório.”

                                            Iderval  Reginldo Tenório

 

A Grande  Batalha Juazeiro contra o Crato

            Viva o nosso Centenário

 

 

O vilarejo do Juazeiro

Pertencia ao grande Crato,

Pagava muitos impostos

Vivia em grande maltrato,

Os homens trabalhavam muito

Mas jogavam tudo no mato,

Não voltava um só tostão

Era  tristeza e desacato.

 

Toda a riqueza era comida

Pelos homens da Prefeitura,

O Prefeito Luiz Antonio

Homem cruel e sem postura,

Não trabalhava  pela cidade

E nem  pela agricultura

Não ouvia o Padre Cícero

Só queria era  a fartura.

 

O meu Padim  Ciço Romão

Vendo Juazeiro crescer

Pediu ao povo cratense

Que ouvisse seu padecer,

Explicando ao seu Prefeito

Do seu povo o seu querer

Pedindo a sua independência

Detalhando o seu porquê.

 

Foi em mil novecentos e nove

Que o Padim  fez  o pedido,

Chegou mil novecentos e dez

Com   assunto não  discutido,

O povo esperava exausto

E ninguém foi atendido,

O povo não agüentava mais

Ouvindo o seu estampido.

 

O Prefeito negou de novo

O pedido do meu Padim,

Levou tudo na chacota

Alimentando o estopim,

Pensando que o Juazeirense

Fosse um povo muito ruim

E Na sua opinião boba

Só comia era capim.

 

Juazeiro virou um formigueiro

O povo todo a se reunir,

Querendo uma satisfação

Para o assunto discutir,

Fizeram um grande palanque

Para este mesmo povo subir

Pedindo a sua independência

Deixando o Prefeito a latir.

 

Juntou uma grande multidão

Para o assunto ser discutido

Convocado pelo O REBATE

Nosso Jornal destemido,

Tinha mais de vinte mil homens

Todos eles bem precavidos

E fizeram um grande comício

Sem confusão e sem alarido

 

Na frente tinha o Dr Floro

E o grande Padre Peixoto

A Praça Grande ficou cheia

E O povo  em alvoroço,

Sonhava com a independência

Pois carne só de pescoço

O Prefeito  chupava as frutas

 Só lhe sobrava o caroço.

 

A multidão tomou o rumo

Da casa do padre Cícero,

Pararam na sua frente

E recomeçaram o comício,

Foi um grande alvoroço

Sem falar do sacrifício,

Foi uma grande festança

Com   fogos de artifícios.

 

O Padre falou sem parar

Pedindo a compreensão,

Daquela grande passeata

Com amor e compaixão,

Convocando  aquele povo

Com muita fé e união

Pra defender Juazeiro

A Sua família e o seu pão.

 

Isso foi no fim de julho

De mil novecentos e dez,

Precisamente no dia  trinta

Que começou o revestrez,

O povo não aceita mais

Pagar tantos contos de reis

A prefeitura tomava tudo

Até as   alpercatas dos pés.

 

Este foi  o grande passo

Para a nossa independência,

Juazeiro vivia ameaçado

Pelo governo da intendência,

Minando as suas economias

Tirando toda  a sua paciência

Enquanto o povo do Crato

Já previa a decadência.

 

No dia sete de setembro

Independência do  Brasil,

Foi comemorado em Juazeiro

Com muitos tiros de fuzil,

A independência da cidade

Pelo grande  povo varonil.

Se desligando do Crato

Deixando de ser servil.

 

Foi alarmante a confusão

Que o nosso povo se meteu,

O prefeito  prometia bala

O Jornal O REBATE rebateu,

Cobrariam os seus impostos

Como o homem prometeu

Não apareceu um só fiscal

E com medo se escafedeu.

 

O Crato mandou três homens

Da sua alta sociedade,

Pra discuti com o Juazeiro

Com muita civilidade,

Prometendo com documento

O dia da nossa  liberdade.

Eram três cidadãos de bem

Com muita cordialidade ..

 

Falaram aos Juazeirenses

Qual era a sua intenção,

O povo pagaria os impostos

Que devia  com precisão,

Zerando as suas dívidas

Era aquela a decisão

Depois vinham os documentos

Da sonhada  libertação.

 

Foi em mil novecentos e onze

No dia dezoito  de   fevereiro,

Que os homens se reuniram

Com o povo   alvissareiro

Prometendo a tal liberdade

Para um povo cativeiro.

Juazeiro pegou fogo

Atiçaram um  formigueiro.

 

Barbalha , Milagres e Missão Velha

Logo apoiaram  o Juazeiro,

Mandando os seus mandatários

Homens fortes e altaneiros

Pra  proteger o povo pobre

Os jagunços e aos romeiros,

Se ajuntando ao Padre Cícero

Combatendo os desordeiros.


Os jornais de Fortaleza

Botaram a boca no mundo,

Diziam em alto e bom tom

Falavam pra todo o mundo

Que Juazeiro seria uma vileza

E vivia em sonho profundo,

Só pensava em esperteza

E  matracava nos fundos.

 

Foi em   vinte e dois julho

Com uma grande comitiva

Todo o  povo  em pavorosa

Com sua liberdade cativa

Foi aprovado em Fortaleza

Com muito fervor e assertiva

A independência do Juazeiro

Pela  Assembléia Legislativa.

 

Juazeiro  virou cidade,

Ficou logo independente,

Afastando os dois candidatos

Com campanhas muito ardentes

Joaquim Bezerra  e José André

Que eram grandes pretendentes

E Como  primeiro prefeito

Teve o  Padre competente.


Em mil novecentos e treze

Era grande a confusão,

Mesmo sendo independente

Foi grande a perseguição

O governo do Estado

Promoveu grande aleijão

Mandou invadir Juazeiro

Foi uma grande rebelião.

 

Foi travado muitas batalhas

Com o governo Estadual

Juazeiro com  vitória e fé

Crescia o seu cabedal,

Os romeiros viajando a pé

Por cima de pedra e pau

Derrubando os dirigentes

Lá dentro da Capital

 

Amigos do Juazeiro

Termino com esta história,

Sei que o amigo já conhece

Vou reavivar a sua memória,

Foi em mil novecentos e treze

Depois de  lutas e glórias,

Levantando a sua bandeira

Numa causa libertatória.

  

O Padre Cícero  Romão Batista

Homem simples e destemido,

Junto a Floro Bartolomeu

Cabra macho e muito atrevido,

Convocando o povo simples

Foram ambos logo atendidos,

Construíram um grande valado

Pra proteger os desvalidos.

 

Juazeiro ficou cercado

Pelos soldados do Crato,

Do santo sepulcro do horto

Da cidade até no mato,

Os homens todos armados

Foi um grande desacato

Não havia um só lugar

Que não existissem macacos.

 

Trouxeram um grande canhão

Feito lá em Fortaleza,

Derretendo todo o bronze

De toda aquela redondeza,

Encheram de bala até a boca

Sem nenhuma delicadeza,

Quando chegaram no valado

Foi   decepção e tristeza.

 

Achavam que os jagunços

Só tinham pernas pra fugir

Pois diante do forte exército

Todos procurariam  escapuli ,

Deixando Juazeiro só

Como  cachorros a latir

Pois só  tinham como armas

Feijão , farinha e  óleo de pequi


Mas na hora da verdade

O Canhão foi só  alvoroço,

O Besta Fera  enganchou no chão

E as balas voavam pouco,

Encontrando o grande valado

Os soldados ficaram rouco,

As balas dos jagunços a tinir

E os soldados ficando mouco.

 

Depois de seis horas de luta

Diversos homens sucumbiram,

Os soldados com fome e frio

Muitos deles escapuliram,

Deixando o grande canhão

Os morteirnadores se baniram

Os jagunços com os tiros certeiros

Todos os soldados fugiram.

 

Com a batalha  perdida

Se entranharam pelo mato,

Procurando um  coronel frouxo

Que se escondera como um  rato,

Os soldados rasgados e famintos

Só pensavam em comer no prato,

Esta foi uma grande vitória

De Juazeiro contra o Crato.

 

Hoje Juazeiro   e  Crato

Falam o mesmo  vocabulário

Andam com  mãos juntas

Rezam o mesmo escapulário

Depois de uma centena de anos

Usam o mesmo dicionário,

Estão alegres e unidas

Festejando o Centenário

 

Iderval ReginaldoTenório

          MEDICO

22 de julho de 2011 

 

Viva Meu Padin - YouTube  

 DE JOÃO SILVA E LUIZ GONZAGA

Música Viva Meu Padin com Luiz Gonzaga. ... Meu avô teve o privilégio de ser batizado por meu padim ciço, e hj com 85 anos,ele sofreu um AVC ...
YouTube · Pedro · 17 de mar. de 2012

SEDIÇÃO DE JUAZEIRO (minissérie completa) - YouTube

www.youtube.com › watch
Sedição de Juazeiro é uma minissérie brasileira produzida para a rede pública de televisão cearense, dividida em 4 capítulos, ...
YouTube · JLS Comunicação e Editora LTDA · 14 de out. de 2014


 


 

 



A IDOLATRIA POLÍTICA

 

 Idólatras AO Extremo - Eles nem sabem q vcs existem, e vcs ofendendo uns  aos outros por causa deles. Misericórdia. Não idólatra seu político!  Política também é um tipo de idolatria! | FacebookContra a idolatria do Estado. A política brasileira está em crise. O… | by  Allenylson Ferreira | MediumCuba deixa para trás o século XX com a morte de Fidel | Internacional | EL  PAÍS BrasilIDOLATRÍA POLÍTICA: Culto a los partidos, líderes e ideologías políticas

           A IDOLATRIA POLÍTICA

Os grandes heróis , na vardade na verdade, não são verdadeiros quando se conhece a história.

Nunca idolatre um comedor de feijão aqui na terra, todos são corruptos , desonestos , sem pudor e sem coração, notadamente na política e na atualidade.

Cuidado com a idolatria política. Quem idolatra um político é sinal que perdeu a personalidade, a cidadania e o seu Eu.

 É a mais baixa das propriedades humanas.

Iderval Reginaldo Tenório

.

Um violeiro mada este recado sobre a vida. Assistam .

O que um violeiro  arquitetou expontaneamente com o mote.

"Para que tanta ganância e correria se ninguém veio aqui para ficar."

 

Estes recados dos moradores dos canmcioneiros do  Nordeste têm grandes significados para nós viventes.

Iderval Reginaldo Tenório

Massacre na Guerra do Paraguai pelo Exército d T´riplice Aliança-Brasil/Uruguai e Aregentina

O massacre de Acosta Ñu . 

 O Dia das Crianças Paraguaio: o massacre, protagonizado pelo Exército  Brasileiro, que criou a data no país - Iconografia da História

Imagem em Destaque - A fotografia na Guerra do Paraguai - Ciência em Revista

Tratado da Tríplice Aliança - O que foi, resumo, acordo, objetivos

 

Fatos  Históricos da Guerra do Paraguai. 

O massacre de Acosta Ñu .  

A Tríplice Aliança- Brasil, Uruguai e Argentina massacra crianças em 1869 . Eliminam mais de 3mil crianças e saem como heróis. Conhecer os fatos faz parte da cidadania.

Em 16 de agosto de 1869, em Eusebio Ayala (Paraguai), os brasileiros degolam 3500 soldados de 9 a 15 anos no massacre de Acosta Ñu .

No ano de 1869, o exército paraguaio estava em retirada e Assunção ocupada pelos aliados. Francisco Solano López se recusou a render-se, prometendo continuar lutando até o fim. 

 O comandante brasileiro Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, concluiu que a guerra estava militarmente encerrada, mas Pedro II, imperador brasileiro, exigia a rendição de Solano López. 

O duque se afastou por motivos de saúde e foi substituído pelo genro do imperador, Luis Filipe Gastão de Orléans, o conde d’Eu

Sob o novo comando, o Exército brasileiro continuou a campanha no Paraguai até finalmente matar López em1870. 

Com a maioria dos homens adultos paraguaios mortos ou capturados, tiveram que lutar meninos, mulheres e anciãos no exército para continuar a luta contra a Aliança. Alguns desses meninos lutaram com barbas falsas a fim de esconder a pouca idade.  O exército paraguaio composto por 3500 meninos que por mais de 6 horas enfrentou 20.000 homens do exército aliado.

 Pelo massacre produzido nesse episodio considerado um ato de heroísmo sem igual, esse dia se comemora como o dia do menino no Paraguai.  

Segundo  Chiavenatto, nosso conhecido de Ribeirão Preto,  “Os meninos de seis a oito anos, no fragor da batalha, apavorados, se agarravam às pernas dos soldados brasileiros, chorando que não os matassem. E eram degolados no ato. Escondidas na selva próxima, as mães observavam o desenrolar da luta. Não poucas agarraram lanças e chegaram a comandar um grupo de meninos na resistência.

 Finalmente, depois de um dia de luta, os paraguaios foram derrotados. O conde D’Eu, o comandante da guerra, depois da insólita batalha de Acosta Ñu, quando estava terminada, ao cair a tarde, as mães dos meninos paraguaios saíam da selva para resgatar os cadáveres de seus filhos e socorrer os poucos sobreviventes, o conde D’Eu mandou incendiar a mata, matando e queimando meninos e mães.

 Mandou fazer cerco ao hospital de Piribebuí, mantendo em seu interior os enfermos ―em sua maioria jovens e crianças―  e o incendiou. 

O hospital em chamas ficou cercado pelas tropas brasileiras que, cumprindo as ordens, empurravam com a ponta da baioneta para dentro das chamas os doentes que milagrosamente tentavam sair da fogueira. Não se conhece na historia de América do Sul, pelo menos, nenhum crime de guerra mais hediondo que esse”.

 

Matérias / Coluna

Há 151 anos, mais de 3 mil crianças eram mortas na Batalha de Acosta Ñu

Com um resultado catastrófico, Solano López enviou crianças e jovens disfarçadas no campo de batalha

M. R. Terci Publicado em 16/08/2020, às 00h00

da batalha (à esqu.) López (à dir.) - Wikimedia Commons

A costa Ñu, 16 de agosto de 1869” – respondem as crianças em uníssono quando inquiridas pela professora. São meninas e meninos que aprenderam desde cedo a refletir sobre o passado, alunos do ensino fundamental paraguaio que sabem de cor o nome das escaramuças mais encarniçadas.

Dentre as datas oficiais celebradas no país, está o 16 de agosto – Dia das Crianças –, quando 3.500 meninos, recrutados para lutar na Guerra do Paraguai, morreram na batalha de Acosta Ñu. De dezembro de 1864 a março de 1870, os exércitos da Tríplice Aliança – Brasil, Argentina e Uruguai – combateram as forças paraguaias.

Após atacar o Brasil e invadir a província do Mato Grosso, o mariscal Solano López enfrentou uma enorme sucessão de batalhas em seu próprio território. Embora inferior às forças da Tríplice Aliança, o exército paraguaio obteve muitas vitórias. Contudo, após cinco anos de conflitos ininterruptos, a guerra já estava perdida para o Paraguai.

A determinação insana do líder paraguaio transformou o Paraguai em ruínas e estima-se que 75% de sua população tenha perecido ao longo do conflito, nas frentes de batalha, no fogo cruzado ou devido à fome e pandemias que se espalhavam incontrolavelmente.

Derrota e humilhação se tornaram a herança do aguerrido López. Mas incumbia ao ditador, que prometera “morrer lutando”, um último sacrifício aos sanguinários deuses da guerra.

Posteriormente à tomada de Assunção, em janeiro de 1869, Caxias retornou ao Brasil, como também o fizeram os contingentes uruguaios e argentinos. Assumia a liderança das tropas brasileiras, Gastão de Orléans, o Conde D’Eu, consorte da Princesa Isabel e um dos personagens mais contraditórios da Guerra do Paraguai.

Entre muitos sucessos no front, o Conde D’Eu foi o responsável por escrever alguns dos mais vergonhosos capítulos da guerra.

Gaston de Orleans, o Conde D'Eu / Crédito: Wikimedia Commons

O mariscal Solano López já não dispunha de número suficiente de homens treinados para manter os combates, que se intensificavam em todas as linhas. Nesse período, idosos, mulheres e crianças estavam sendo recrutadas, porque a artilharia de coalizão já havia dizimado os contingentes formados por soldados adultos.

Na Batalha de Acosta Ñu, López colocou adolescentes e também crianças de 6 a 8 anos, disfarçadas com barbas postiças, atrás das trincheiras. De longe, os soldados brasileiros viam soldados paraguaios adultos e atacaram brutalmente. O combate durou mais de seis horas. Mães auxiliavam no enfrentamento levando paus e pedras às crianças.

No clímax da luta, durante a tomada das trincheiras, assustadas, as crianças menores se agarravam às pernas dos soldados brasileiros e imploravam chorando para que não as matassem. Não houve piedade. Cerca de 3.500 infantes foram chacinados por 20 mil soldados profissionais.

Finda a batalha, quase anoitecendo, as mães saíam das matas em derredor para resgatar os cadáveres de seus filhos e socorrer as crianças feridas. O Conde D’Eu ordenou, então, que fossem incendiadas todas as casas. A determinação era matar “até mesmo o feto no ventre da mãe”.


M.R. Terci é escritor e roteirista; criador de “Imperiais de Gran Abuelo” (2018), romance finalista no Prêmio Cubo de Ouro, que tem como cenário a Guerra Paraguai, e “Bairro da Cripta” (2019), ambientado na Belle Époque brasileira, ambos publicados pela Editora Pandorga.


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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

VALE A PENA SER MEDICO - TODOS OS DIAS SÃO DIAS DO MEDICO.

 A equipe bem-sucedida de médicos formou um círculo e deu cinco uns aos  outros juntos, como sinal de uma operação bem-sucedida e de vitória. | Foto  Premium

 Você nunca verá na TV: as verdadeiras dificuldades dos jovens médicos  brasileiros

personagens de velhos médicos felizes 1877136 Vetor no Vecteezy

VALE A PENA SER MEDICO - TODOS OS DIAS SÃO DIAS DO MEDICO.VALE A PENA SER Conceito de equipe de equipe médica no hospital. Médico e enfermeira  personagens de desenhos animados. 618898 Vetor no Vecteezy

ASSITAM ESTE VÍDEO, FELIZ DIA DO MÉDICO E COMPARTILHEM, NOTADAMENTE COM OS JOVENS

VALE A PENA SER MEDICO - TODOS OS DIAS SÃO DIAS DO MEDICO.. 

Iderval Reginaldo tenório


Vale a Pena ser Médico - YouTube


https://www.youtube.com/watch?v=0Qbqllvm538


23 de out de 2013 - Vídeo enviado por Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR)