O Jumento
O Jumento é um animal de origem desértica, porém existe em todos os continentes. Possui uma grande cabeça, olhos laterais, duas longas e sensíveis orelhas, uma boca larga, queixadas fortes, dentes resistentes e afiados. As orelhas, como dois radares captam numa varredura de 360º, ora para cima, para baixo, para frente e para trás, captam quaisquer tipos de sons. Nada escapa de suas duas potentes e sensíveis antenas de abas largas.
É inteligente, cheio de manias, mistérios e superstições. Não tolera esporas, é vingativo e morde as pernas do condutor quando maltratado. Enxerga e percebe, no seu trajeto, os perigos que o homem não vê e não sente. Quando empacam é um alerta aos demais, inclusive ao homem, prova maior está na passagem bíblica entre o rei Balaque, o profeta Balaão e a sua jumenta a caminho de Moabe, capitulo 22 ao 24 do Velho Testamento.
O jumento é um animal protetor para os menores de sua raça e para outras espécies que com ele convive, é um ser de grande adaptação e é territorial. Come de tudo, de camisas a sacos de algodão, palhas, capins e até solas de sapatos encontradas nos monturos. Precisa de pouca água, passa dias sem beber e é resistente às intempéries da natureza. Chova ou faça sol, lá está o asno a sobreviver, é um animal xerófilo. Vive uma média de 45 anos, diferente do cavalo, que vive de 25 a 35 anos e é mais exigente e seletivo no comer, percebe se o alimento está contaminado. Ao cruzar com uma égua gerará uma belo burro, um muar, um animal híbrido e de carga, o mesmo acontece quando um cavalo cruza com uma bela asinina. O muar herda a força, a coragem e a perspicácia do asinino; herda o equilíbrio, a beleza, o garbo, a elegância, a altura e a cumplicidade do equino com o seres humanos.
Num
raio de quatro quilômetros, é o jumento quem manda na caatinga, é um
verdadeiro medidor dos tempos e das horas. É testosterônico em demasia e
se enfeitiçado pelo hormônio feminino, é um perigo. Derruba cerca e
cargas, invade plantações, sabe usar os dentes com fortíssimas mordidas
e as pernas traseiras com certeiros coices. Não é discreto, age, reage e
atua independente dos espectadores. Como um elefante impregnado com o
hormônio sexual, a testosterona, o jumento vira um demolidor.
Foi ele quem ajudou o menino Jesus a escapar, em Belém, das garras do Rei Herodes quando este autorizou o maior infanticídio da face da terra, o Massacre dos Inocentes. (Mateus 2:16–18)
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