sábado, 16 de agosto de 2025

60% DOS TATUS QUE VIVEM NAS FLORESTAS DO OESTE DO PARÁ. O QUE É HANSENÍASE?

 Dia de foto: tatu-galinha-pequeno - ((o))eco

Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), dos Estados Unidos e Suíça descobriram que aproximadamente 60% dos tatus que vivem nas florestas do oeste do Pará estão contaminados com Mycobacterium leprae, a bactéria causadora da hanseníase, e ainda, a manipulação do animal pode ser uma forma de contrair a doença.

Após a coleta de  fragmentos do fígado e do baço dos animais, caçados para o consumo, 60% da Mycobacterium leprae estavam presentes.

O que é hanseníase?

“a hanseníase é uma doença infecciosa de contaminação respiratória”. Ela é causada por uma bactéria que veio, inicialmente, da África e chegou à Europa, 700 anos a.C.  “No senso comum da população, a hanseníase é bíblica. Ela é conhecida  como lepra e chegou às Américas por meio das navegações. Em algum momento desse período, "os humanos infectaram os tatus que começaram a disseminar a bactéria em seu habitat natural.

De acordo com a pesquisa, 62% dos tatus-galinha (Dasypus novemcinctus) estavam naturalmente infectados pelo bacilo causador da hanseníase. O professor enfatiza que o ser humano continua sendo o principal transmissor da doença. “Consumir carne de caça é um costume entre as comunidades tradicionais.

Infecção e manifestação

A doença se manifesta lentamente. Há casos de exposição de dois à dez.  O principal sintoma  são manchas mais claras que o tom da pele. O paciente sente  a pele  dormente,  toques, dores e até  alterações de temperatura na pele.

A  pessoa que está infectada ao  espirrar ou tossir, libera uma carga da bactéria no ambiente. Os familiares ficam expostos e acabam por inalar o bacilo causador da hanseníase e adoecem.

Os tatus não são os principais transmissores da hanseníase, mas há uma chance maior de ficar doente com o consumo de sua carne. A ausência de diagnóstico da doença não significa ausência da doença.

"Existem outras formas de transmissão, animais e espécies que ainda não foram avaliadas. Até mesmo as amebas podem albergar a bactéria e que permanece viva dentro delas por meses. 

As condições de saneamento e habitação das populações mais atingidas também é importante, e precisa melhorar muito na Amazônia.

Resumo do Texto: 

Vagner Mendes – Assessoria de Comunicação da UFPA

 Iderval Reginaldeo Tenório

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