Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), dos Estados Unidos e Suíça descobriram que aproximadamente 60% dos tatus que vivem nas florestas do oeste do Pará estão contaminados com Mycobacterium leprae, a bactéria causadora da hanseníase, e ainda, a manipulação do animal pode ser uma forma de contrair a doença.
Após a coleta de fragmentos do fígado e do baço dos animais, caçados para o consumo, 60% da Mycobacterium leprae estavam presentes.
O que é hanseníase? -
“a hanseníase é uma doença infecciosa de contaminação respiratória”. Ela é causada por uma bactéria que veio, inicialmente, da África e chegou à Europa, 700 anos a.C. “No senso comum da população, a hanseníase é bíblica. Ela é conhecida como lepra e chegou às Américas por meio das navegações. Em algum momento desse período, "os humanos infectaram os tatus que começaram a disseminar a bactéria em seu habitat natural.”
De acordo com a pesquisa, 62% dos tatus-galinha (Dasypus novemcinctus) estavam naturalmente infectados pelo bacilo causador da hanseníase. O professor enfatiza que o ser humano continua sendo o principal transmissor da doença. “Consumir carne de caça é um costume entre as comunidades tradicionais.
Infecção e manifestação -
A doença se manifesta lentamente. Há casos de exposição de dois à dez. O principal sintoma são manchas mais claras que o tom da pele. O paciente sente a pele dormente, toques, dores e até alterações de temperatura na pele.
A pessoa que está infectada ao espirrar ou tossir, libera uma carga da bactéria no ambiente. Os familiares ficam expostos e acabam por inalar o bacilo causador da hanseníase e adoecem.
Os tatus não são os principais transmissores da hanseníase, mas há uma chance maior de ficar doente com o consumo de sua carne. A ausência de diagnóstico da doença não significa ausência da doença.
"Existem outras formas de transmissão, animais e espécies que ainda não foram avaliadas. Até mesmo as amebas podem albergar a bactéria e que permanece viva dentro delas por meses.
As condições de saneamento e habitação das populações mais atingidas também é importante, e precisa melhorar muito na Amazônia.
Resumo do Texto:
Vagner Mendes – Assessoria de Comunicação da UFPA
Iderval Reginaldeo Tenório
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