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1806 Napoleão Bonaparte mandava na metade do mundo e em 75% da Europa. Neste ano, a França para bloquear a Inglaterra e suas Colônias, instituiu o Bloqueio Continental, fechou os portos para os ingleses.
Em 1807 invadiu Portugal e expulsou o Rei D. João para o Brasil, este abandonou o seu país no mes de novembro, protegido por uma escolta da Inglaterra.
A Caravana era constituída de 62 Navios, mais de 10mil pessoas ( a cúpula governamental, a elite portuguesa e os criados). A frota fugiu vigiada por 13 navios ingleses com armas, munições e mantimentos. Era Jorge III o Rei do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda.
A VIAGEM
55 dias de viagem. Sol, fome, ventanias, tufões, sol, doenças gastrointestinais, calor infernal e frios noutros momentos, promiscuidade, insalubridade, sujeiras por falta de sanitários, deficiência de vitaminas, frutas, verduras e sais minerais( não existia refrigeração), O ESCORBUTO GRASSAVA nesta viagem. Parou varias meses em alto mar devido as intempéries, quebras de velas e outras dificuldades.
Trouxe armas, pratarias, móveis, dinheiro, bibliotecas, documentos e artes (muitos quadros, esculturas e utensílios domésticos ). Pela pressa deixou muitos patrícios e coisas importantes para trás.
O DESEMBARQUE NO BRASIL
Desembarca em Salvador no dia 22/01/1808, com muita festa, frutas e danças, neste dia Dom João e equipe se empanturraram de alimentos frescos, diz a literatura que os glutões mergulharam sem freio no banquete oferecido.
Permaneceram em Salvador por 34 dias e neste período Dom João teve duas grandes ações.
1-Fundou a Escola de Cirurgia do Brasil, que depois se transformou na primeira ESCOLA DE MEDICINA DO BRASIL, 1808 no TERREIRO DE JESUS, junto à Igreja Catedral da Sé, construída em 1672.
2-Abriu os Portos do Brasil para os estrangeiros, leia INGLATERRA, quem lhe patrocinou e salvou PORTUGAL de NAPOLEÃO BONAPARTE.
3-Chegou ao Rio de Janeiro no dia 08/03/1808.
4-Desalojou toda a classe media e rica do Rio, as suas casas foram ocupadas pela Corte, os assessores e os seus amigos portugueses.
Dom João VI governou por 13 anos. Foi convocado a voltar para Portugal em 1821 devido à Revolução Liberal do Porto, em 1820. Concretizou o retornou a Lisboa em abril de 1821 para não perder o trono em Portugal. Deixou o seu filho Dom Pedro I, nascido em Portugal em 1798, este estava com 23 anos de idade e foi o primeiro imperador do Brasil, governmou de 1822 a 1831. No dia 07 de abril de 1931 abdica do drono em favor do filho, D.Pedro II. Viajoiu para Portugal e depois de uma guerra interna contra o irmão D.Miguel, o expulsando de Portugal. Venceu o embate, porém adoeceu e faleceu de tuberculose no dia 24 de setembro de 1834.
Dom João fez coisas boas e ruins para o Brasil. O Bom é que introduziu o Brasil na rota do comércio do mundo.
Criou:
· O Banco do Brasil
· Teatro Nacional
· Biblioteca Nacional
· Jardim Botânico
· Casa da Moeda
· Academia Real Militar
· Escola de Medicina no Rio de Janeiro e em Salvador
· Imprensa Régia
· Real Fábrica de Pólvora
Ao voltar teve as seguintes atitudes e deixou uma gigantesca dívida, teve tempo suficiente para articular o seu retorno.
1-Levou o ouro do Brasil que estava nos cofres do país e do Banco do Brasil.
2-Passou o rodo em todo o dinheiro do Banco
3-Levou todas as joias: Ouro, diamante, rubi e outras riquezas da classe alta, ninguém mais viu a cor do seu patrimônio.
O Banco do Brasil, por falta de fundo e credibilidade, foi liquidado em 1829 e só recriado em 1851 pelo Barão e Visconde de Mauá, um novo Banco do Brasil.
O Brasil sempre foi assaltado pelos seus dirigentes. Naquela época muitos apoiaram o Dom João VI ao levar as riquezas do país. Veja que hoje existem grupos que apoiam, com extremismo, a pseudo esquerda e outros a direita mesmo sem saber o que estão apoiando.Dom João nasceu em 1767 e faleceiu 1826 com 58 anos de idade.
Este episódio mostra a consagração da idolatria e da subserviência de um povo sofrido, maltratado e que tem a memória curta.
Mesmo os que estudaram continuam com a herança paternalista, patriarcal e de domínio, ainda não entenderam o que é ser cidadão e mantêm o comportamento de servos. Enxergam os palácios governamentais, notadamente a casa presidencial, de quem quer que esteja ocupando o cargo, como a Casa Grande e as suas casas como as Senzalas. Reflexo do colonialismo, do coronelismo, do senhor de engenho e da escravização, muito bem documentado por Gilberto Freyre na sua monumental obra: "Casa Grande & Senzala" publica em 1933 e por Sérgio Buarque de Holanda em "Raízes do Brasil", publicada em 1936.
Tudo para os grandes e migalhas para o povo. Estes pagam os luxos do reis e de todos os assessores que mandam na província chamada Brasil.
Entra governo e sai governo, e o povo continua enganado, subserviente e até mesmo, muitos são verdadeiros idólatras.
Um comentário:
Muito bom, já conhecia alguma coisa dessa historia mas agora me interei de vez.
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