Dando continuidade a pagina literária de minha raiz, postarei uma poesia do grande Zé Praxedes, obra que muito marcou no Cariri Cearense a vida daquela juventude sedenta pelo saber. Ao mesmo tempo faço pequenos agradecimentos aos homens que plantaram a pura e verdadeira cultura na hora certa e para as pessoas certas.
Acredito que pela pureza destes baluartes do Rádio Caririense, os mesmos não tinham ideia , nem a percepção da importância dos seus atos ao recitarem os grande poetas populares do século .
Como Deus ao lançar a sua luz para todos do Universo , estes baluartes, nos seus programas matutinos, lançavam esta providencial cultura a todos que tivessem ouvidos e consciência para saborear.
Aproveito o ensejo e envio uma poesia conhecida
pelos cancioneiros nordestinos. Nós aí do Cariri ouvíamos todas as manhãs o
grande Eloy Teles de Morais plantar e dividir os frutos com todos os
privilegiados que tinham acesso à Rádio Araripe do Crato .
Acho inclusive que nós do Cariri deveríamos prestar uma homenagem a todos os ícones do Radio Caririense, que transmitiam cotidianamente estas pérolas enriquecendo a nossa cultura. Não sei se tinham a noção da grandeza , noção da importância para todos ao transmitir para a juventude nordestina aqueles dilúvios de cultura. Enxurradas poéticas transmitidas cotidianamente pelas ondas curtas e sonoras das Rádios AM.
A nossa infância e a nossa juventude fazem parte do rol das melhores do mundo, pois nascer na Serra do Araripe ou no seu pé, conviver com Eloy Teles de Moraes, Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré, Pedro Bandeira de Caldas, João Sobreira ( O LAMPIÃO), Alcely Sobreiras, Daniel Walker , Cego Oliveira e uma plêiade de nomes do mais alto gabarito é privilégio de poucos, ainda por cima na terra do Padre Cícero Romão Batista(JUAZEIRO DO NORTE) por onde peregrinou o grande Frei Damião.
Bela infância, abençoada juventude.
Obrigado a Seu Eloy Teles de Moraes pelas aulas de cultura reverberadas para quem quisesse ouvir nos seus Gente da Gente, Coisas do Meu Sertão, Acorda Nordeste, Tribuna do Povo, Meu Sertão, Festa da Casa Grande e Baú das Velhas Recordações,
Um abraço- Iderval Reginaldo Tenório
ZÉ PRAXEDES
JOSÉ PRAXEDES BARRETO (1916 - 1983), nasceu a 15 de novembro na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN).
JOSÉ PRAXEDES BARRETO (1916 - 1983), nasceu a 15 de novembro na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN).
Filho de Francisco Praxedes Barreto e Maria
Segunda Barreto.
Casou-se com Hilda Pinheiro, em 1941, e geraram José Praxedes Filho.
Casou-se com Hilda Pinheiro, em 1941, e geraram José Praxedes Filho.
Em 1950, como quase todos os nordestinos faziam
à época, tomou um ITA, navio, juntamente com a mulher e o filho, e desembarcaram
no Rio de Janeiro
DOTÔ INTÉ ÔTO DIA
Dotô inté
ôto dia
basta vancê precisá
de um criado as suas orde
na Serra do Jatobá
basta vancê precisá
de um criado as suas orde
na Serra do Jatobá
Pro armôço tem galinha
tem quaiada pro jantá
água cheirosa de tanque
pra vosmicê se banhá
Leite quente ao pé da vaca
quando o dia amanhecê
café torrado no caco
de quando invez pra vancê
Aguardente potiguá
caso goste de bebê
capim mimoso verdinho
pra seu cavalo comê
Pra vosmicê fazê lanche
mé de abeia cum farinha
tem da fonte milagrosa
água fria na quartinha
Pra vosmecê se deitá
uma rede bem arvinha
Mas leve a sua muié
proque lá só tem a minha
(Zé Praxedes)
ZÉ PRAXEDES
ZÉ PRAXEDES
JOSÉ PRAXEDES BARRETO (1916 - 1983), nasceu a 15 de novembro na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN).
JOSÉ PRAXEDES BARRETO (1916 - 1983), nasceu a 15 de novembro na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN).
Filho de Francisco Praxedes Barreto e Maria
Segunda Barreto.
Casou-se com Hilda Pinheiro, em 1941, e geraram José Praxedes Filho.
Casou-se com Hilda Pinheiro, em 1941, e geraram José Praxedes Filho.
Em 1950, como quase todos os nordestinos faziam
à época, tomou um ITA, navio, juntamente com a mulher e o filho, e desembarcaram
no Rio de Janeiro
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