Em nova sentença, João de Deus é condenado a 40 anos de prisão por estupro de cinco mulheres
Esta é a terceira sentença contra o médium; violações sexuais teriam
ocorrido em seu centro espiritual, em Abadiânia (GO), durante
atendimentos individuais às vítimas
Renato Grandelle
20/01/2020 - 17:54
/ Atualizado em 20/01/2020 - 20:29
RIO — Na terceira sentença que recebeu por seus crimes, João Teixeira de Faria, o João de Deus,
foi condenado ontem a 40 anos de prisão por estupro de vulnerável,
cometido contra cinco mulheres — duas do Rio, uma de São Paulo, uma de
Brasília e uma do Rio Grande do Sul.
Na primeira condenação do médium, em novembro passado, ele havia sido sentenciado a quatro anos de prisão por posse ilegal de armas. Em dezembro, recebeu uma pena de 19 anos de prisão por dois casos de violação mediante fraude e dois de estupro de vulnerável.
Os casos julgados nesta sentença, proferida pela juíza Rosângela Rodrigues, da Comarca de Abadiânia (GO), ocorreram entre 2011 e 2017. O processo está em segredo de justiça e por isso os detalhes não podem ser revelados, sob risco de exposição das vítimas.
— O que posso dizer é que o modus operandi relatado pelas vítimas é o mesmo: todas narram que a violação sexual teria ocorrido durante um atendimento individual numa sala privativa — explica Rodrigues, que ressalta que a pena foi atenuada devido à idade avançada do médium, que tem 77 anos. Da mesma forma, é possível que tenha de cumprir pena em regime domiciliar, em função de problemas de saúde.
A Van Gualberto Advogados Associados, que representa João de Deus, afirmou, em nota, que ainda não foi intimada do conteúdo da sentença, e que, “assim que tomar conhecimento”, irá recorrer no Tribunal de Justiça de Goiás.
Rodrigues ainda julgará dez sentenças enviadas à sua comarca pelo Ministério Público de Goiás, que somam violações a 41 vítimas. A magistrada não sabe quando os casos serão concluídos, já que as decisões dependem da devolução de cartas precatórias enviadas a vítimas do médium em todo o país.
João de Deus está preso desde 16 de dezembro de 2018. Seu advogado, Anderson Van Gualberto, não respondeu ao pedido de entrevista do GLOBO.
Na primeira condenação do médium, em novembro passado, ele havia sido sentenciado a quatro anos de prisão por posse ilegal de armas. Em dezembro, recebeu uma pena de 19 anos de prisão por dois casos de violação mediante fraude e dois de estupro de vulnerável.
Os casos julgados nesta sentença, proferida pela juíza Rosângela Rodrigues, da Comarca de Abadiânia (GO), ocorreram entre 2011 e 2017. O processo está em segredo de justiça e por isso os detalhes não podem ser revelados, sob risco de exposição das vítimas.
— O que posso dizer é que o modus operandi relatado pelas vítimas é o mesmo: todas narram que a violação sexual teria ocorrido durante um atendimento individual numa sala privativa — explica Rodrigues, que ressalta que a pena foi atenuada devido à idade avançada do médium, que tem 77 anos. Da mesma forma, é possível que tenha de cumprir pena em regime domiciliar, em função de problemas de saúde.
A Van Gualberto Advogados Associados, que representa João de Deus, afirmou, em nota, que ainda não foi intimada do conteúdo da sentença, e que, “assim que tomar conhecimento”, irá recorrer no Tribunal de Justiça de Goiás.
Rodrigues ainda julgará dez sentenças enviadas à sua comarca pelo Ministério Público de Goiás, que somam violações a 41 vítimas. A magistrada não sabe quando os casos serão concluídos, já que as decisões dependem da devolução de cartas precatórias enviadas a vítimas do médium em todo o país.
João de Deus está preso desde 16 de dezembro de 2018. Seu advogado, Anderson Van Gualberto, não respondeu ao pedido de entrevista do GLOBO.
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